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terça-feira, 30 de agosto de 2016
Governicho do RS. Sem salários o que é a solução para a Segurança Pública
Estado parcelará salários de agosto; primeira parcela deve ser de R$ 1 mil
Valor estimado deve ser depositado na conta dos servidores do Executivo na próxima quarta-feira. Não estão descartados outros depósitos na data.
sábado, 5 de dezembro de 2015
Após motim, 8 'líderes' de galeria são transferidos de penitenciária do RS
Segundo delegado, presos
protestaram quando souberam de transferência.
Secretário de Segurança cogita pedir Força Nacional para a penitenciária.
Do
G1 RS
Oito apenados que cumpriam pena na
Penitenciária Estadual do Jacuí, em Charqueadas,
foram transferidos para outras casas prisionais do Rio Grande do Sul nesta
quarta-feira (2). Antes da medida ser tomada, entretanto, presos de uma galeria
realizaram um motim, em protesto contra a decisão da PEJ. A confusão durou três
horas durante a madrugada, e foi controlada pela Brigada Militar.
Conforme o delegado Rodrigo Reis, a
galeria tem 190 presos, e todos eles teriam algum tipo de envolvimento no
motim. Porém, somente os oito apenados foram identificados como os que
incitaram a confusão, além de participar dela.
"[Os apenados transferidos] seriam líderes dentro da galeria. Chamamos de 'prefeitura'. Eles fazem intermediação entre a guarda da casa prisional e demais apenados", destacou o delegado ao G1. " Em função do afastamento deles, houve esse motim. Quebraram paredes, grades, danificaram bastante a galeria", completou.
Depois que a BM controlou o motim,
os oito apenados foram encaminhados para a delegacia de Charqueadas, onde foram
autuados por dano qualificado ao patrimônio. Em seguida, foram transferidos.
A PEJ ficou de enviar vídeos e
fotos para a Polícia Civil dar sequência à investigação.
"Pode acontecer de outros presos serem identificados com precisão e serem chamados. Mas os oito líderes, que incitaram, temos certeza", pontuou o delegado.
Motim não tem relação com
ônibus queimados
Conforme o subcomandante da Brigada Militar, coronel Paulo Stocker, não há "absolutamente nenhuma" relação entre a confusão na PEJ e os ônibus incendiados em Porto Alegre. Conforme Stocker, os presos da galeria em que houve o motim são identificados como "os trabalhadores" na penitenciária.
Conforme o subcomandante da Brigada Militar, coronel Paulo Stocker, não há "absolutamente nenhuma" relação entre a confusão na PEJ e os ônibus incendiados em Porto Alegre. Conforme Stocker, os presos da galeria em que houve o motim são identificados como "os trabalhadores" na penitenciária.
Na noite de terça-feira (1), cinco
ônibus e uma lotação foram queimados na Zona Sul da capital. De acordo com a
Brigada Militar, a motivação do primeiro caso seria retaliação após um homem
ter morrido baleado em confronto com a polícia, mais cedo.
O prefeito
José Fortunati disse em entrevista à Rádio Gaúcha que, a partir das
informações que passou a receber depois dos incêndios, acredita que a ordem
para as ações tenham partido de presídios.
"Pelas informações que tenho, como foram fatos em várias localidades, é que ordens sejam emanadas de dentro dos presídios. Algo muito organizado. Não é ocasional que grupos, de forma espontânea, pratiquem esses atos. Me parecem situações planejadas em represália à ação da BM", pontuou Fortunati.
Já o secretário da Segurança
Pública do estado, Wantuir Jacini, não vê essa relação. Entretanto, ele entende
que a PEJ precise de mais segurança. A penitenciária, segundo dados de novembro
da Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), tem 2.063 detentos atualização,
mas a capacidade é para 1.372.
Em função dos problemas
identificados na penitenciária, o secretário admite que pode pedir auxílio à
Força Nacional de Segurança para atuar especificamente na PEJ.
"Vamos avaliar hoje se é o caso de solicitar a Força Nacional para a PEJ (...) Mas primeiro tenho que saber das informações. Quando eu tiver um completo conhecimento, a partir daí vou ver se precisamos de apoio. Se for necessário, vou propor ao governador", disse à Rádio Gaúcha.
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
Onda de violência: Propostas em xeque na segurança
Enquanto prefeito da capital exige que Força Nacional ou Exército atuem na cidade, governo do Estado garante que não é necessário e pede auxílio da Guarda Municipal
A onda de criminalidade que assusta os gaúchos fez florescer
ontem um embate que gerou mal-estar entre o prefeito de Porto Alegre, José
Fortunati, e o secretário da Segurança Pública, Wantuir Jacini. Enquanto o
chefe do Executivo da Capital se declarou a favor de o governo do Estado pedir
auxílio do Exército ou da Força Nacional de Segurança Pública para melhor
proteger a a cidade, Jacini propôs que a Guarda Municipal ajude a Brigada
Militar.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, falando sobre a precariedade do policiamento, Fortunati disse que o “grande problema da tropa é a desmotivação por causa do parcelamento dos salários” e que, no final de semana, pediu que fosse marcada uma reunião com o governador para discutir o assunto:
Em entrevista à Rádio Gaúcha, falando sobre a precariedade do policiamento, Fortunati disse que o “grande problema da tropa é a desmotivação por causa do parcelamento dos salários” e que, no final de semana, pediu que fosse marcada uma reunião com o governador para discutir o assunto:
“Vou pedir aumento do efetivo da BM. Como está, não pode continuar” – disse.Fortunati lembrou que, em maio, teve uma reunião com a cúpula da segurança pública porque já considerava o momento delicado. Disse que recebeu respostas positivas, mas, agora, diante da crise financeira do Estado, a situação se agravou muito.
“Servidores em operação-padrão ou paralisados e a população mal-intencionada achando que o território está livre para o crime. Este é o pior cenário” – disse o prefeito.Para Fortunati, a presença do Exército ou da Força Nacional seria “extremamente importante, pois aumentaria a sensação de segurança”. Na semana passada, um eventual apoio federal chegou a ser mencionado em uma reunião em Brasília, no Ministério da Justiça, com a participação de Sartori. Mas o governador descartou ajuda da Força Nacional, afirmando que confia na polícia gaúcha.
Secretário propõe integrar forças policiais
Na Secretaria da Segurança Pública (SSP), a proposta de Fortunati não foi bem recebida. O assunto foi discutido em uma reunião com representantes das corporações da área de segurança estadual e da Guarda Municipal. O encontro se encerrou com uma proposta do secretário Jacini de aprimoramento do trabalho integrado entre a BM e a Guarda Municipal, “visando promover ações conjuntas e com efetividade”.
Na prefeitura, Fortunati enfatizou as atribuições legais da Guarda de proteger o patrimônio municipal:
“Não posso simplesmente começar a retirar os guardas de uma hora para outra de seus postos. Com isso, estaria desprotegendo os prédios municipais, ou seja, vestindo um santo, mas desvestindo outro”.Em Brasília, Sartori sinalizou que intervenção federal, no momento, não é cogitada:
“Temos uma Brigada Militar que tem 177 anos. Até o momento em que ela tiver condições de dar conta do recado e fazer o trabalho que vem fazendo, apesar de todas as dificuldades, está cuidando da sociedade”.
ADRIANA
IRION
JOSÉ LUÍS COSTA
ZH
O QUE SÃO
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A FORÇA NACIONAL DE SEGURANÇA
PÚBLICA
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-Coordenada pela Secretaria Nacional de
Segurança Pública (Senasp), em Brasília, foi criada em 2004 para auxiliar
Estados em situações emergenciais, atendendo pedidos de governadores, mas
também atua para dissolver distúrbios em áreas federais como invasão de
usinas e de rodovias.
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-É formada por cerca de 1,2 mil PMs e
bombeiros de esquadrões de elite das polícias militares estaduais, contando
com agentes civis (para investigações) e peritos criminais (para necropsias)
escolhidos para missões por até dois anos. Os PMs atuam com capacetes e
escudos, armados com carabinas calibre .556 e pistola calibre .40. Desde que
foi criada, 11 mil policiais já atuaram em ações em 14 Estados como Rio de
Janeiro e Santa Catarina.
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A GUARDA MUNICIPAL DA CAPITAL
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-Existe em Porto Alegre desde 1892 com a
função de proteger o patrimônio do município, como escolas, postos de saúde,
repartições, parques e praças.
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-Está subordinada à Secretaria Municipal
de Segurança, contando com cerca de 500 agentes divididos em equipes que atuam
24 horas, com efetivos fixos, e em carros e motos, habilitados a portar arma
(usam revólver calibre 38).
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-Por meio de central de operações,
monitora 230 prédios municipais dotados de alarmes e também recebe queixas
referentes a pichação e danos ao patrimônio público. A Guarda também atua em
eventos na segurança de autoridades do Executivo municipal.
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terça-feira, 8 de setembro de 2015
Fortunati defende que Sartori peça auxílio à Força Nacional e ao Exército
Para o prefeito, presença de auxílio externo ajudaria a diminuir a sensação de insegurança das ruas da Capital
Esse governicho, acorda Sartori.
Em entrevista ao programa Gaúcha
Atualidade, da Rádio Gaúcha, o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati,
confirmou ser a favor de um pedido, por parte do governo estadual, de auxílio
externo na segurança do Estado. Para Fortunati, a presença de homens da Força
Nacional de Segurança Pública e do Exército nas ruas gaúchas poderia fazer com
que a população se sentisse mais protegida.
"Mesmo que o exército esteja preparado para outro tipo de ação, e a Força Nacional atue com um contingente pequeno, a presença deles nas ruas ajuda. Não resolve, mas ajuda" — avaliou o prefeito.Além disso, Fortunati disse aguardar um contato do governador José Ivo Sartori para marcar uma reunião e discutir a questão da segurança em Porto Alegre. Apesar das dificuldades financeiras do Estado, o prefeito disse que pedirá o aumento do efetivo da Brigada Militar. Na avaliação de Fortunati, a população está "amedrontada".
"Estamos diante de um impasse que diz respeito a todos nós" — observou.
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