Susepe registrou 27 casos até esta semana, contra 12 em todo o ano passado
A Superintendência dos
Serviços Penitenciários (Susepe) apreendeu, em 2021,
pouco mais do que o dobro de drones no entorno dos presídios gaúchos em relação
a 2020. Foram recolhidos 27 equipamentos até esta penúltima semana do ano
contra 12 apreensões durante todo o ano passado. Devido às festas de fim de
ano, a fiscalização foi reforçada.
Apesar do aumento neste ano, o ápice de apreensões foi registrado em 2019,
quando 43 drones foram apreendidos durante tentativas de entregas de drogas a
presidiários.
Um
balanço final sobre este tipo de ação será divulgado novamente nos primeiros
dias de 2022. O Estado tem 153 unidades prisionais, sendo duas delas sob a
direção da Brigada Militar (BM),
e a maioria dos casos registrados foi na Região
Metropolitana e no complexo de Charqueadas.
A atenção redobrada e o reforço de rondas nesta semana e na
próxima ocorrem dentro das casas prisionais, mas também nas imediações. E não
só Susepe, mas a BM também reforça as operações para monitorar possíveis ações
de criminosos pilotando os equipamentos. As capturas ocorrem quando os
aparelhos perdem o sinal por terem sido utilizados em grande distância ou
porque são puxados por agentes de segurança, a partir dos próprios fios que
carregam. Outros são confiscados pela Polícia Civil em
investigações.
Em
novembro, GZH revelou
imagens e detalhes de como a "força aérea" do tráfico levava drogas para presídios
gaúchos. Imagens
gravadas por presos mostraram aparelhos enviando materiais para o Presídio
Central. Além de drogas, foram encaminhados celulares, cabos, modens e até
arma. As gravações são feitas para confirmar a entrega ao destinatário. Por
exemplo, se a encomenda for perdida, quem enviou tem de se explicar ao chefe da
quadrilha.
Os drones
operam mais de dia do que à noite nos presídios, não importando as condições do
tempo. Além disso, os equipamentos estão cada vez mais potentes e sofisticados,
com motores capazes de driblar ventanias. Por isso, as autoridades estão
realizando uma maior fiscalização. Uma preocupação é a capacidade dos
equipamentos em carregar cada vez mais peso. Eu um dos casos, um aparelho
transportava cinco quilos de celulares.