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quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Muito boa esse governicho do Estado/RS: só R$ 350


Estado deposita somente R$ 350 na conta dos servidores do Executivo

A nona parcela do 13º salário de 2016 também será paga. O valor estará disponível na conta dos servidores nas primeiras horas do dia.

Grêmio está vendendo os melhores jogadores. E o Brasileirão e a Copa dos Libertadores? Assim, não vai ser campeão!!!

Grêmio encaminha venda de Pedro Rocha ao Spartak por R$ 45 milhões

Clube russo optou por acertar com atacante após recusa de Luan; clube gaúcho lucrará 100% do valor

Desorganizada a Susepe: "Crise na cadeia, reflexo nas ruas"

Presos expulsos de galeria elevam tensão no Central

Com detentos há cinco dias na área externa, direção busca transferências para outras unidades

O Presídio Central de Porto Alegre já é conhecido por não ter celas e manter os presos soltos em galerias superlotadas. Agora, nem esses locais limitam a presença dos detentos. Completaram ontem cinco dias que 164 deles, expulsos por líderes de uma facção criminosa da 2ª Galeria do Pavilhão A, dormem em um dos pátios da casa prisional. O impasse entre os presos agrava ainda mais a falta de vagas no sistema prisional gaúcho, revela o descontrole dentro da maior cadeia do Estado e tem reflexo direto nas ruas da Capital.
A expulsão é consequência do assassinato de João Carlos da Silva Trindade, o Colete, 39 anos, apontado pela polícia como um dos líderes do tráfico de drogas na zona leste da cidade. Ele foi executado quarta-feira passada, na Vila Maria da Conceição, bairro Partenon. Colete era quem mantinha o elo entre dois grupos que dividiam a 2ª Galeria do Pavilhão A, controlada pelos traficantes da zona leste. Até a morte dele, também ocupavam lugares na galeria criminosos ligados a uma quadrilha originária da Vila Cruzeiro, zona sul da cidade. Foram justamente estes os presos expulsos pela liderança da facção após a execução.
"Era o Colete quem mantinha o elo entre esses grupos. Desde o dia da sua morte estamos atentos, colhendo informações e tentando agir preventivamente, sobre possíveis represálias do grupo que levou a pior na cadeia" - diz o delegado Rodrigo Reis, da 1ª Delegacia de Homicídios de Porto Alegre (DHPP).
O diretor do Central se reuniu ontem de manhã com representantes da Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) e da Vara de Execuções Criminais, na tentativa de encontrar uma saída para a situação dos presos e evitar confrontos dentro do presídio. À tarde, com o Ministério Público. Familiares de detentos protestam contra a transferência e alegam que os homens estão no pátio sem água e comida desde quinta-feira.
"A situação é crítica, mas no Presídio Central não temos mais o que fazer por estes presos. Estamos mantendo a situação sob controle dentro da prisão, mas falta espaço em outras galerias para colocá-los. O que estamos fazendo é garantir alimentação e local para a higiene dos detentos" - afirma o diretor do Central, tenente-coronel Marcelo Gayer.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Susepe limita-se a dizer que está buscando vagas em outras casas prisionais "na medida do possível". E não estabelece prazo para que a situação dos detentos seja solucionada.
"Conversamos com os familiares dos presos sobre as possibilidades de alocarmos alguns em outras casas prisionais ou internamente, em outros espaços do presídio" - detalha o comandante.
Nas ruas

A crise na cadeia, avalia a polícia, representa o maior risco de explosão de novos conflitos do tráfico em Porto Alegre. O impasse dentro do Central tem reflexo direto nas ruas.
Na noite de segunda-feira, a morte de Alexandre Vieira da Silva, 38 anos, na Rua Irmã Neli, no coração da Vila Maria da Conceição, foi mais um capítulo da guerra do tráfico de drogas na região que teve seu estopim com a execução de Colete. No ataque de segunda, uma mulher também acabou atingida por uma bala perdida em um dos braços.
Durante toda a noite de segunda- feira e a madrugada de terça, os ônibus não circularam pela região. No começo da manhã, com o policiamento reforçado, as coletivos retornaram às ruas. De acordo com o delegado Rodrigo Reis, o homem morto na segunda não tinha antecedentes criminais ou qualquer envolvimento com a criminalidade. A polícia apura se os atiradores, em um Idea, teriam feito disparos a esmo pela vila. O crime é investigado como sendo uma ação de represália de possíveis comparsas do grupo expulso.

EDUARDO TORRES/ZH

Agentes da Susepe vencem torneio nacional de jiu-jitsu em Porto Alegre

Dois agentes da Susepe conquistaram, nesse domingo, importantes colocações durante a 3ª Copa Pedro e Paulo de Jiu-Jitsu

Atletas Caio Oliveira (1º lugar) e Ben Hur Goulart (2º lugar) representaram a Susepe em torneio nacional – Foto: Divulgação/Susepe
O evento, promovido na sede do 9º Batalhão da Brigada Militar, em Porto Alegre, reuniu mais de 300 atletas entre policiais, bombeiros e militares das forças armadas de todo o Brasil.
Servidor da Divisão de Segurança e Escolta (DSE), Caio Larré Silva de Oliveira conquistou o primeiro lugar na categoria adulto/faixa marrom/peso médio. O delegado da 9ª Delegacia Penitenciária Regional (DPR), Ben Hur de Oliveira Goulart, ficou com a segunda colocação na master 2/meio pesado.
Este ano, a Copa Pedro e Paulo teve a participação inédita das forças policiais do Amapá e Santa Catarina. Também competiram membros da BM, Polícia Civil e Susepe do Rio Grande do Sul; Civil amapense; Bope e Corpo de Bombeiros catarinense; Polícia Rodoviária Federal; e militares do Exército, Aeronáutica e Marinha. A inscrição foi solidária, envolvendo a doação de alimentos.

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Esse governicho sem segurança, educação, saúde...Até no 3° ano o Sartori e Feltes não sabe como governar o Estado/RS

Estado irão parcelar salários de agosto 

Servidores ligados ao Executivo estadual terão valores parcelados pelo 19º mês consecutivo 

Os salários de agosto dos servidores estaduais serão parcelados pelo 19º mês consecutivo. Na próxima quinta-feira (31), a previsão é de que o depósito da primeira parcela não ultrapasse R$ 650. O valor é o mesmo pago em julho. No entanto, o déficit mensal deverá ser superior ao dos últimos meses, passando de R$ 1,3 bilhão.
O secretário estadual da Fazenda, Giovani Feltes, acredita que o Piratini poderá ter encontro de folhas nos próximos meses, ou seja, um novo calendário de pagamento se iniciar sem a conclusão do outro.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

O recado dele é claro: “O sistema entrará em falência, os bancos quebrarão e as poupanças serão confiscadas”

O caos fiscal e econômico gerado no país desde o governo Dilma Rousseff e continuado pelo presidente Michel Temer poderá acabar de modo trágico, alerta o financista Luiz Cesar Fernandes

Segundo Fernandes, que é criador dos bancos Garantia e Pactual, em um curto período de tempo, a dívida interna pública atingirá 100% do PIB […] trocando em miúdos, toda a riqueza produzida no país será ‘sugada’ pelo governo federal para pagar contas que foram feitas de maneira irresponsável.
“A situação será insustentável e o país entrará em uma total ingovernabilidade […] o sistema entrará em falência e atingirá não só os grandes bancos como também (por consequência) as pessoas físicas.” declarou Fernandes.
Ele explica que as grandes instituições bancárias não terão outra saída senão impedir seus clientes saquem suas poupanças, seja à vista ou a prazo.
” O caos levará ao calote da dívida interna brasileira com o consequente confisco de aplicações financeiras.” explicou.
Não se trata de teoria da conspiração ou de pessimismo:
“Temer e sua equipe econômica aprofundaram a depressão econômica e o rombo fiscal poderá ultrapassar a casa dos R$ 800 bilhões.” escreveu o banqueiro.

Abaixo o artigo que foi publicado no perfil do Linkedin do financista.
APERTE O BOLSO: O CALOTE VEM AÍ
Por Luiz Cezar Fernandes – sócio da Grt Partners.
O PRÓXIMO GOVERNO SE SENTIRÁ SEDUZIDO, INEVITAVELMENTE, POR UM CALOTE NA DÍVIDA PÚBLICA.
O crescimento da dívida pública interna atingirá 100% do Produto Interno Bruto – PIB do Brasil, já na posse do próximo governo. A situação será insustentável, gerando uma completa ingovernabilidade.
Os bancos, hoje cartelizados em 5 grandes organizações, têm diminuído assustadoramente os empréstimos ao setor privado e vêm aumentando, em proporção inversa, a aplicação em títulos da dívida pública.
Os países que recentemente entraram em default, como a Grécia, não causaram grandes impactos internos, pois sua dívida era sobretudo externa e em grande parte pulverizada, inclusive em bancos centrais, fundos mútuos e de pensão.
O caso do Brasil é essencialmente diverso. Um default nossa dívida interna implicará na falência do sistema, atingindo de grandes bancos a pessoas físicas, passando por family offices e afins.
Para evitarem uma corrida bancária, as grandes instituições bancárias terão, obrigatoriamente, que impedir seus clientes de efetuarem os saques de suas poupanças à vista ou a prazo.
Caso contrário, teremos uma situação ainda mais grave que a vivida pela Venezuela Reformas já ou só restará o CALOTE.
E-mail do Dilson Machado

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Tráfico das drogas na novela "A Força do Querer" da Globo

Estou vendo a novela A Força do Querer da Globo e acho que está muito voltada para o crime do tráfico de drogas. A Bibi (Juliana Paes) que antes estava na faculdade para ser advogada, casada com o Rubinho (Emilio Dantas) o qual ganhou muito dinheiro com o tráfico de drogas. O marido foi preso e depois está foragido na favela com a esposa. Lá é um reduto do tráfico onde alguns traficantes tem muito dinheiro.

Agora Rubinho é considerado o “Rei do Pó” e a Bibi é “Baronesa do Pó”. Essa novela da Globo está incentivando os bandidos e também os que trabalham com carteira profissional, mas recebem um por cento com os salários contra os traficantes que ganham muito mais.

O bandido Rubinho, o chefe Sabiá e a esposa Bibi, transitam e compram armas e drogas livremente, e a polícia não pega eles. O Rei e a Baronesa do Pó estão ganhando muito dinheiro em pouco tempo, programam ter R$ 1 milhão com as drogas.

Eu acho que tem muitos bandidos e também com essa novela da Globo A Força do Querer incentivando o tráfico das drogas, mesmo que depois sejam presos, mas logo estarão em liberdade, pois logo fogem da cadeia.

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Mais esse governicho: "com crise e homicídios, qualidade de vida no RS cai"

Estado teve segundo ano consecutivo de queda no Índice de Desenvolvimento Estadual

Atingido pela crise na economia e com homicídios crescendo, o Estado teve o segundo ano consecutivo de queda na qualidade de vida da população, destoando da média nacional, que segue avançando. As conclusões fazem parte da quarta edição do Índice de Desenvolvimento Estadual — Rio Grande do Sul (iRS).
O indicador, elaborado com dados de 2015, mostra que os gaúchos permaneceram em quarto lugar no ranking geral, mas aumentou a distância em relação a Santa Catarina, na terceira colocação, enquanto o Paraná, na quinta posição, se aproxima.Uma novidade deste ano é o aperfeiçoamento metodológico na dimensão da educação. Além de levar em conta o desempenho nas séries iniciais, avaliado pela Prova Brasil, e o grau de distorção entre a idade ideal e a efetiva no Ensino Médio, foi agregada a análise da taxa de matrícula, também no Ensino Médio. Com isso, toda a série histórica foi revisada.
A intenção foi robustecer o indicador com a inclusão de dado que retrata um problema central da educação atual, o atendimento aos jovens pelo Ensino Médio. O ajuste não alterou as colocações do Estado no índice geral do iRS nos anos anteriores. Outra inovação diz respeito ao formato de discussão das conclusões. Nos anos anteriores, eram promovidos debates separados sobre cada uma das dimensões, para estimular a troca de ideias e tentar encontrar soluções em cada área.
Agora, será realizado em 22 de agosto, na PUCRS, um fórum único para discutir os resultados do iRS e as perspectivas para o Estado. O evento será aberto ao público. À frente da equipe que elabora o iRS, o coordenador do curso de Economia da Escola de Negócios da PUCRS, Ely José de Mattos, avalia que a iniciativa está cumprindo o seu papel:
"O iRS completa quatro de anos de contribuição ao debate sobre desenvolvimento no Estado. Como ressaltamos desde a primeira edição, a ideia desse projeto é provocar o debate e não encerrá-lo, pois não existe consenso. O que buscamos é incentivar a sociedade para discutir, para que seja protagonista diante dos desafios que temos pela frente" — afirma Mattos.
Em 2015, último ano em que todos os dados analisados estão disponíveis, o Rio Grande do Sul permaneceu entre as cinco unidades da federação com melhores indicadores, mas o índice final, de 0,646, teve o segundo recuo consecutivo e, desta vez, mais significativo, de duas casas depois da vírgula – o que é significativo em um índice que varia entre zero e um. Enquanto isso, a média nacional, mesmo abaixo do índice gaúcho, seguiu avançando.
Mesmo assim, o Estado manteve as posições nas dimensões avaliadas: quinto em padrão de vida, terceiro em longevidade e segurança e, no quesito onde o Estado tem a pior posição relativa, educação permaneceu na oitava posição, fora do pelotão de elite.Na dimensão padrão de vida, o Rio Grande do Sul teve queda. Vale lembrar que foi o ano em que o Brasil entrou oficialmente em recessão e o recuo também foi observado nas demais unidades da federação. Em educação o avanço foi tímido, também em linha com o país. Com isso, uma das principais influências veio da dimensão que avalia longevidade e segurança. O Estado até melhorou, mas foi um avanço inferior na comparação com a média nacional e os principais pares. 
Pelo lado positivo, o Rio Grande do Sul teve melhora na expectativa de vida e redução nas mortes por acidentes de trânsito. Pesou contra, porém, a piora, também pelo segundo ano seguido, da variável de homicídios, na contramão da média nacional e da maior parte das unidades da federação. No ranking geral da qualidade de vida, uma novidade em 2015: o Distrito Federal assumiu a ponta no país. Tirou a liderança que São Paulo tinha desde o início da série.

Por que os dados são de 2015?
 
O iRS avança até o ano dos dados mais recentes disponíveis para todas as variáveis. O atraso das estatísticas é um problema comum em função do tempo de coleta, processamento e divulgação das informações. O iRS busca utilizar as alternativas mais rápidas para reduzir ao máximo este tempo.

Senadora do PT Gleisi Hoffman hostilizada em aeroporto

sábado, 12 de agosto de 2017

Saudade de você Pai

Susepe desorganizada. Um complexo prisional, uma cadeia de falhas

Penitenciária de Canoas, uma promessa de sete anos sem prazo para ser cumprida

Obra se arrasta por diferentes governos e retrata como a burocracia emperra construções. A primeira das quatro unidades deveria ter ficado pronta em nove meses, mas levou dois anos e sete meses. As outras três sequer têm prazo para serem concluídas

Por: José Luis Costa/ZH
Foto: Omar Freitas / Agencia RBS
Em janeiro de 2013, o então vice-presidente da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris), Eugênio Couto Terra, saudou assim a construção da Penitenciária de Canoas:
"Tomara que este seja o ano da virada e que possamos chegar ao seu final dizendo que foi um novo e diferente capítulo para a história do sistema prisional."
Acreditava-se que o Rio Grande do Sul vivia a maior crise nas cadeias, necessitando com urgência de novas prisões. O déficit superava 10,7 mil vagas, com 4,3 mil apenados em casa por falta de espaços em albergues.
A frase do juiz Couto Terra foi citada no acórdão do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-RS) que autorizou a construção com dispensa de licitação da Penitenciária de Canoas 1 (Pecan 1) para 393 presos. 
A empresa escolhida foi a Verdi Sistemas Construtivos, que dispunha da tecnologia exclusiva para erguer com rapidez o empreendimento aos moldes de como desejava o Estado, com custo inferior ao de outras empreiteiras. A obra se justificava sem concorrência em razão da necessidade de ações imediatas para minimizar o quadro caótico das prisões, sobretudo do Presídio Central de Porto Alegre, alvo de denúncia à Organização dos Estados Americanos (OEA), por causa das péssimas condições.
A Pecan 1 foi a primeira penitenciária do complexo instalado em uma área de 50 hectares de mata de eucalipto doada pela prefeitura de Canoas ao governo do Estado em 2010. Outras três prisões — Pecan 2, 3 e 4 — para 2,4 mil presos seguiram a mesma decisão do TJ. O custo total superou R$ 117 milhões. A estimativa inicial era de nove meses de trabalho para erguer a Pecan 1, mas levou dois anos e sete meses para o ingresso de presos. As redes de água potável e de esgoto cloacal e pluvial que deveriam estar prontas em 2014, conforme o Estudo de Impacto de Vizinhança para o complexo, só foram conectadas à tubulação da Corsan em fevereiro de 2016. No mês seguinte, a Pecan 1 recebeu presos e logo lotou. As obras das outras três unidades começaram em abril de 2014, com seis meses de atraso. Eram para ficar prontas em 180 dias, mas levaram três anos e três meses.
A ocupação tímida começou em julho de 2017, com déficit no sistema prisional gaúcho 30% maior do que em 2013, ano em que o juiz Couto Terra acreditava que a crise nas cadeias seria superada.
"O sentimento de frustração é muito grande. O problema do sistema prisional é crônico no país. Historicamente, não é tratado como prioridade pelos governos" — lamenta o magistrado, atualmente na 10ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre.
Chuvas, falta de sistema elétrico, desnível e licitações desertas
Uma série de falhas e percalços atravancou as obras das Pecan 2, 3 e 4. A licença ambiental demorou 180 dias, sendo obtida no mês em que a obra deveria estar pronta. Faltava, ainda, uma casa de força para interligar a energia elétrica do complexo, o que atrasou em 10 meses as obras, e chuvas paralisaram os trabalhos por mais 60 dias. As três unidades estão em uma área de várzea, cerca de oito metros abaixo do nível da Pecan 1 — o que exigia uma estação elevatória de bombeamento do esgoto cloacal e pluvial até a tubulação da Pecan1, para, depois, lançar na rede da Corsan. Um sumidouro chegou a ser sugerido, mas foi rejeitado pela prefeitura de Canoas por ferir a lei ambiental.
Não se sabe exatamente quando o Estado se deu conta do problema, mas, em dezembro de 2015, o Piratini criou uma força-tarefa para acelerar projetos prisionais, e a estação elevatória de esgoto entrou na pauta. Um ano depois, duas licitações foram abertas e nenhuma empresa se candidatou. Em recente audiência pública na Assembleia para discutir o assunto, o deputado Ronaldo Santini (PTB), que presidiu a Comissão Especial da Segurança Pública, criticou a demora da obra e disse que o engenheiro responsável pelo projeto sem a estação elevatória deveria ser "preso e o primeiro morador da cadeia".
Em março de 2017, a Corsan assumiu o serviço e, conforme o governo do Estado, a conclusão está prevista para 25 de agosto. A pavimentação e a iluminação da estrada de acesso ao complexo prisional de Canoas, previstos no Estudo de Impacto de Vizinhança para serem concluídas em 2014, foram interrompidas em outubro daquele ano. O R$ 1,8 milhão, repassado pelo Estado a uma empreiteira por meio de convênio com a prefeitura de Canoas, foi suficiente apenas para um trecho de asfaltamento e, mesmo assim, a conta com a empresa só foi quitada pelo Estado em outubro de 2015. Uma das razões para isso foi que os recursos reservados em 2014 para o complexo prisional foram gastos com pagamento da folha salarial de servidores.
A continuidade da pavimentação da estrada até as penitenciárias 2, 3 e 4, indispensável para o funcionamento, deveria ser retomada em junho de 2016, mas o Estado destinou, novamente, R$ 1,8 milhão, valor aquém do preço de mercado. Duas licitações abertas pela prefeitura de Canoas restaram desertas porque o custo chega a R$ 2,5 milhões. Sem candidatas para a obra, a administração municipal abriu um desvio de chão batido coberto de brita e rachão até o portão das prisões, e pediu ao Estado os R$ 700 mil para inteirar o preço do serviço — o valor foi negado pelo Piratini, que entendeu que o convênio não podia ser aditado. A prefeitura, então, por conta e risco, decidiu assumir a obra sem o dinheiro, acreditando na promessa do Estado de pagar a diferença por meio de outros repasses.
"Estamos refazendo o edital que deve estar na rua neste mês (em agosto), e a previsão de conclusão da obra é de 90 dias, após a contratação da empresa" —afirma o prefeito Luiz Carlos Busato (PTB).
Há dois anos, três módulos estão 99% prontos e vazios
Os módulos 2, 3 e 4 estão 99% prontos desde julho de 2015. A demora em ocupar as prisões tem relação direta com presos amontoados em viaturas, tira PMs do patrulhamento de rua, lota e tumultua Delegacias da Polícia Civil Estado afora. Desde o segundo semestre de 2015, conforme a promessa do governo brasileiro à OEA, o complexo de Canoas estaria em operação, o que aliviaria a crise no Presídio Central de Porto Alegre, alvo de denúncia na também Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

Por ordem da Justiça, o Central só pode receber presos provisórios (sem condenação). O presídio segue superlotado e produzindo situações insólitas como a que envolve o assaltante Maicon de Mello Rosa, 25 anos, denunciado pela morte do policial Rodrigo Wilsen da Silveira, 39 anos, em Gravataí, em junho. Em ação judicial, Maicon exige R$ 60 mil do Estado a título de indenização por já ter ficado preso no Central em condições degradantes.
O complexo de Canoas está 19% ocupado. A Pecan 2 tem 144 presos. As prisões 3 e 4 seguem fechadas sem previsão de abertura. Contrário à realização da obra sem licitação, o procurador-geral do MP de Contas, Geraldo da Camino, lamenta a situação.
"Questionamos contratações sem licitações para construção de presídios desde 2010. Dizíamos que não se tratava de situação de emergencialidade, nos termos da Lei 8.666/93, mas de graves deficiências de planejamento, devendo ser realizadas licitações. Os problemas hoje constatados confirmam o acerto daquele posicionamento. Se as licitações tivessem sido realizadas, com projetos básicos e executivos efetuados adequadamente, provavelmente o sistema carcerário já dispusesse dessas vagas, hoje ainda mais criticamente necessárias."
O juiz-corregedor Alexandre Pacheco, coordenador do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do TJ, é enfático:
"O que está acontecendo em Canoas é reflexo da incompetência do Estado em gerir o sistema prisional."
O presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do RS (Amapergs-Sindicato), Flávio Berneira, concorda:
"A verdade é que não tem gente. Se fizer esforço, é uma questão de dias para terminar essa obra. Se inaugura hoje, não tem funcionário. Para não ficar tão feio, é melhor atribuir a outros problemas."
CONTRAPONTOS

O que diz Yeda Crusius, governadora entre 2007 e 2010:
"A questão da segurança, como evoluiu, mostra que estávamos nos antecipando aos problemas. Nosso projeto foi sepultado. A gente paga pelas escolhas. O governo atual está com o cofre vazio e furado. Tudo que entra, sai. Herdou uma situação fiscal que o impede de fazer as coisas. Tenho muita pena do que está acontecendo. Quem paga é a população. A situação na segurança pública é grave.

O que diz Gelson Treisleben, superintendente da Susepe entre 2011 e 2014:
Sobre o projeto
"Infelizmente, não conseguimos concluir o complexo na nossa gestão. Não reconheço erro no projeto. Foi analisado por técnicos habilitados e considero bom projeto. É lógico que se, no decorrer da existência do estabelecimento prisional, for constatado algum erro, que se faça adequação. No primeiro momento, o sistema de bombeamento de esgoto não estava no projeto, mas durante a obra foi constatado e consultada a PGE para o bombeamento, a eletrificação e o arruamento. Fiz obra para 2,8 mil vagas. Está lá, pronta. O que é o mais difícil. Quanto tempo leva para fazer o bombeamento do esgoto? É só por falta de esgoto? Por que a Pecan 2 só tem 144 presos? Se eu estivesse lá, o esgoto seria o menor dos problemas."


Sobre muros e guaritas
"Existe normativa do Departamento Penitenciário Nacional que sugere não ter muros. Acredito nos técnicos da Susepe, não só da engenharia, mas também do departamento de segurança. Se entenderam que não era necessário guaritas naquele local (área administrativa), tem de respeitar a posição deles. Daqui a pouco, vão querer fazer um buraco e colocar jacaré como na idade média."


O que diz Cezar Schirmer, titular da SSP:
- Sobre obras do complexo
"Na verdade, essa é uma história cheia de capítulos, uma novela antiga, que peguei andando. Quando assumi (em setembro de 2016), percebi que era um problema. Identifiquei 14 itens não resolvidos e perguntei quais são indispensáveis para abrir. Era pessoal, esgoto e a abertura do acesso, e isso está sendo resolvido."


Sobre contratação de agentes
"O concurso está em andamento com 720 candidatos. Uma das razões para não abrir todo o complexo é a falta de pessoal. Antes era o esgoto, mas está em vias de resolver. A Corsan prometeu entregar a obra para todo o complexo em 25 de agosto. Aí vamos começar a ocupar a segunda galeria da Pecan 2. Vamos abrir progressivamente, pagando diárias e horas-extras para servidores."


- Sobre ocupação 100% do complexo
"O custo de operação é de R$ 9 milhões por mês. Tem processo que envolve finanças, pessoal. Não posso dar uma data. As provas do concurso já se encerraram. Agora está sendo feita análise da vida pregressa dos candidatos. Depois, tem o curso. Só posso dar o cronograma depois de homologado o concurso. A ideia que se tem é ocupação progressiva, com a seleção de presos. Mobiliário e computadores estão comprados. Estamos comprando uniforme, tênis, jaqueta, chinelo, moletom, camiseta, calça. Já tem licitação na rua, com prazo de 30 dias. Estamos adquirindo cozinha, lavanderia e material de atendimento médico, veículos, scanner corporal, equipamento de videomonitoramento, com prazo para 60 dias. Coletes balísticos, algemas e equipamentos de segurança, em 45 dias."


Sobre bloqueador de celulares
"Nosso desejo é instalar, não só em Canoas, mas em outras penitenciárias. Tivemos reunião recente entre secretários de segurança e de administração penitenciária com o ministro da Justiça e surgiram questões envolvendo operadoras. É um problema geral em todo o país. Voltaremos a tratar do assunto, em Brasília, dia 16."


O que diz a Susepe:
A Susepe informou que se pronunciará na segunda-feira (14).

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Susepe desorganizada

‘Cenário de guerra’: Vídeo mostra presos algemados a janela, volante e camburões lotados

Um vídeo gravado na Delegacia de Pronto Atendimento de Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre, registra um minuto da rotina com a qual agentes da Polícia Civil e policiais militares têm de lidar todos os dias. A gravação começou a circular em redes sociais nesta quarta-feira (26), mas não revela quando teria sido feita. O autor também não se identificou.
Com um sistema penitenciário que há anos opera com superlotação, desde 2015, se tornou comum que delegacias de polícia no Rio Grande do Sul sejam obrigadas a manter em suas carceragens, sem estrutura ou recursos humanos, presos provisórios.
O vídeo começa mostrando cinco presos sentados em um mesmo camburão de uma caminhonete da Brigada Militar, enquanto outros três estão algemados em uma viatura ao lado e diz: “Olha aí, o banho de sol direto da turma aí”. Em seguida, as imagens mostram três homens em pé, algemados às grades de uma janela e outra caminhonete da BM que, além de um camburão lotado, tem dois homens algemados junto ao volante.
Uma pessoa que não aparece no vídeo se dirige a quem filma e diz: “Vem mais lá, olha, delegado”. “Onde? Mais presos?”, pergunta quem faz a filmagem. Quando a resposta é afirmativa, ele comenta irônico: “Aí sim, né?”.
A delegacia de Gravataí onde a filmagem foi realizada fica na região do Parque dos Anjos, uma zona central da cidade. “Está um cenário de guerra, tem preso para todo lado. Montaram um presídio de campanha na frente da delegacia de Polícia. As vítimas tem que passar por meio dos presos para fazer seus registros. Tem a Brigada Militar custodiando os presos na rua, enquanto a Polícia Civil faz custódia dentro da delegacia”, conta Isaac Ortiz, presidente da Ugeirm – Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores da Polícia Civil, que esteve no local nesta quarta.
Desde 2015, a situação das carceragens de delegacias de polícia superlotadas vem sendo denunciada pela Ugeirm pelo desvio de função de agentes e situação de risco a que expõe policiais, civis que frequentam os espaços em busca de serviços e os próprios presos. No último sábado (22), um policial civil foi ferido com um tiro na perna, durante a fuga de seis presos da carceragem lotada do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), na zona leste de Porto Alegre.
É o caos e abandono total do Estado. A impressão que temos é de que vivemos num Estado sem governo, legalmente constituído”, diz Ortiz. Ele diz que a mesma situação tem se repetido em delegacias de São Leopoldo, Novo Hamburgo e Porto Alegre. A de Gravataí, onde o vídeo foi gravado, estava mantendo 40 presos até a noite desta quarta.
No ano passado, denúncias de presos sendo mantidos em viaturas e até mesmo nos porta-malas de carros, além da imagem de dois homens algemados à uma lixeira em frente ao Palácio da Polícia, obrigaram a Secretaria de Segurança Pública a dar uma resposta. O secretário Cezar Schirmer (PMDB) chegou a cogitar a possibilidade de adotar contêineres que funcionaram como celas para presos provisórios, mas acabou executando o projeto de um Centro de Triagem. O local porém, além de ter sido inaugurado sem ter todas as vagas disponíveis, foi insuficiente e registrou fuga de presos logo no início. A SSP ressuscitou ainda o ônibus Azul Trovão para funcionar como cela. Mas a ideia também não funcionou. Sem local para estacionar, o veículo o governo chegou a colocá-lo com presos dentro, nas ruínas do Estádio Olímpico.
Em abril, durante uma audiência pública realizada pela Comissão Especial de Segurança Pública da Assembleia Legislativa, a superintendente da Susepe (Superintendência dos Serviços Penitenciários ), Marli Anne Stock, disse ao público composto majoritariamente por policiais civis: “Hoje, não tenho o que dizer para o senhores. Estaria mentindo se dissesse que vamos esvaziar as delegacias. Não temos condições de colocar todos esses presos dentro do sistema. A solução são novos estabelecimentos e eles levam tempo. Parar de prender não dá, então a gente vai ter que ir se virando do jeito que dá”.

Tricolor na Copa Libertadores!!!


terça-feira, 8 de agosto de 2017

Esse governicho do Federal é desorganizado nos serviços prisionais

Programa do Governo Federal que deveria criar 45 mil vagas penitenciárias não atingiu nem 2 mil

Entre os anos de 2012 e 2015, foram repassados ao Departamento Penitenciário do Ministério da Justiça R$ 1,2 bilhão

Programa deveria reduzir o número de presos em delegacias de polícia com a construção e ampliação de cadeias públicas
Alexandre Gondim/ JC Imagem 

Iniciado em 2011 com a promessa de criar 45.730 mil vagas nos presídios brasileiros, o Programa Nacional de Apoio ao Sistema Prisional (PNASP) atingiu apenas 2,6% do objetivo e só gerou 1.190 vagas.
A constatação é do Ministério da Transparência (CGU), que fez um relatório sobre a gestão do programa, coordenado pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), órgão do Ministério da Justiça.
O estudo da CGU também aponta para a precariedade dos dados acerca do sistema carcerário no país. Segundo a CGU, a situação é “grave”, pois os números que se tem hoje não são totalmente confiáveis, o que “dificulta a implementação de políticas públicas” por parte do Executivo federal.
O principal problema seria a divisão entre os módulos de gestão e de estatística do Sistema Nacional de Informações Penitenciárias (InfoPen), o que resulta em números sem lastro no próprio sistema, indica o relatório.
Lançado em 2011, o PNASP foi criado para auxiliar os estados na construção e ampliação de cadeias públicas, que somariam 99 obras. O estudo afirma que o controle dos recursos repassados pelo governo federal são adequados, mas não suficientes em relação à fiscalização in loco
Na maioria dos casos, os problemas que levaram ao fracasso do PNASP dizem respeito aos governos estaduais.  
Por isso, a CGU recomenda ao Depen que estabeleça com as unidades da federação o compromisso de encaminhamento periódico das informações sobre a evolução das obras, incluindo registros fotográficos e o resultado de ensaios. O ideal, aponta o estudo, seria criar um módulo de monitoramento de obras como o usado no Ministério da Educação com o Sistema Simec.
Dentre as dificuldades para tirar o programa do papel, a CGU destaca a inadequação do local de construção; mudanças nas estruturas administrativas dos governos; incompletude dos projetos complementares de engenharia, falhas nos editais de licitação; e resistência das população à construção de unidades prisionais.
Clique aqui para ler o relatório.
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sábado, 5 de agosto de 2017

Grêmio aparece entre os 10 melhores times do mundo em ranking de site

A boa fase do Grêmio nas três competições que está disputando - Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores - colocou o clube como o melhor time brasileiro em um ranking divulgado nesta quinta-feira pelo site Club World Ranking. Segundo a lista, o Tricolor está em 8º lugar, atrás de outros grandes times como Real Madrid, Barcelona, Juventus e Bayern de Munich.

No ranking, o Grêmio soma 10.099 pontos. A pontuação é calculada com base nos resultados dos jogos realizados pelas equipes nas últimas 52 semanas e atualizada semanalmente. 

O Inter está na posição de número 188.

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

O Estado não paga os salários e depois, os funcionários entram na Justiça

Os Estados do Brasil não pagam os funcionários públicos. Os mesmo tem direito legalmente, mas os governadores não cumprem seus compromissos com os servidores.

Logicamente, os servidores entram na Justiça para que os estados tenham que pagar, mas depois da sentença dos juízes, os governadores entram com precatórios, para pagar quando tem dinheiro. Muitas das decisões dos juízes são para que o Estado pague os funcionários, porém isso só acontece depois de cinco, dez, ou vinte anos. 
Há alguns anos tem de origem na Justiça uma lei no Brasil, que os estados teriam até 2020 para pagar os precatórios. Apesar desta lei, os governadores falaram para os deputados federais que propuseram outro projeto no qual os estados teriam mais 10 anos para pagar todos os precatórios.
Isso é assim: os estados não pagam, não cumprem as leis e depois os processos que tem sentença contra o Estado ficam nos precatórios que levam anos para serem pagos.