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terça-feira, 25 de setembro de 2018

Agente penitenciário é preso suspeito de facilitar entrada de drogas no presídio de Osório

Este é o segundo caso em que agentes públicos são investigados na penitenciária de Osório em dois anos

A Polícia Civil prendeu na manhã desta terça-feira (11) um agente penitenciário de 38 anos suspeito de facilitar a entrada de objetos e drogas na Penitenciária Modulada Estadual de Osório, no Litoral Norte. A operação é resultado de uma investigação de mais de três meses.
"As informações partiram da direção e dos próprios apenados que denunciaram o agente. Foram três meses de investigações que resultaram na segunda prisão de agentes penitenciários em dois anos na penitenciária de Osório" — destaca o delegado João Henrique Gomes. 
As investigações apuraram ainda que o servidor cobraria valores de apenados para facilitar a entrada de bebidas alcoólicas, drogas e celulares para presos do regime semiaberto. Na residência do suspeito foram apreendidos diversos documentos, carregador de pistola, munições e objetos pertinentes aos crimes investigados.
Ainda conforme o delegado, as investigações prosseguem para apurar a participação de mais agentes da penitenciária de Osório. A ação, que tem como objetivo combater os crimes de corrupção passiva e tráfico de drogas, recebeu o nome de Operação Ponto Cego. 
O agente preso está na delegacia de Osório, onde aguarda definição da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) para onde será levado. Ele deve responder a um processo disciplinar e ter suspenso o vínculo funcional com o Estado.

Por meio de nota, a Susepe afirmou que a atitude do agente penitenciário é "inaceitável" e "posturas como essas são exceções". Leia a nota na íntegra:

"A Susepe acompanhou hoje (11) a Polícia Civil na prisão de um agente penitenciário que trabalha na Penitenciária Estadual Modulada de Osório (PMO). Já há algum tempo a Direção do Estabelecimento Prisional desconfiava que o servidor tivesse alguma ligação com o crime, tendo, por isso, a Superintendência designado um corregedor penitenciário para acompanhar especificamente o agente. A suspeita se confirmou durante uma Revista Geral na PMO. Esta ação foi provocada pela Susepe, que solicitou ao Ministério Público e à Policia Civil as averiguações das suspeitas, o que resultou na prisão do servidor, o qual, em seguida, foi conduzido à Cadeia Pública de Porto Alegre. Enquanto isso, todas as medidas de averiguação e sindicância terão continuidade. A Susepe reitera que é inaceitável esse tipo de atitude de um servidor, sendo implacável na reprovação e na repressão a esse tipo de conduta, na certeza de que posturas como essas são exceções que só confirmam a regra geral de lisura e comprometimento de todo o nosso quadro funcional."

domingo, 28 de fevereiro de 2016

RS tem projeto para tratar apenados com dependência de drogas e álcool

Coordenadoria de Saúde Mental e Susepe trabalham em conjunto.
Para especialista, essa é uma das formas de se reduzir a violência.

Do G1 RS
Presídio Central  deve receber atendimento
especializado (Foto: Reprodução/RBS TV)
O Rio Grande do Sul deve dar início, em breve, a um programa para capacitação de profissionais para tratar apenados com algum tipo de sofrimento mental. A informação é do coordenador de Saúde Mental do estado, psiquiatra Luiz Carlos Illafont Coronel.
Segundo a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), é alto o índice de presos que apresentam dependência de drogas e álcool no estado. Serão quatro região contemplandas. Incialmente, o projeto será executado em Santa Maria, na Região Central.
As equipes de atendimento serão compostas de médicos, psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais e advogados. Ainda de acordo com Coronel, o projeto é pioneiro no país e envolve um atendimento específico e individualizado na rede prisional. Os presos poderão deixar as cadeias para receber o tratamento especializado.
"Fechamos com a Susepe um programa de capacitação em saúde mental, com ênfase nas partes mais necessitadas, como Charqueadas, Santa Maria, Canoas e o Presídio Central", disse ele em entrevista à Rádio Gaúcha nesta quarta-feira (24).
"Uma das formas que tem mais a mão para reduzir a violência, a criminalidade, é tratar os dependentes químicos que estão nos presídios", salientou.
"O dependente químico grave, que usa crack, cocaína, etc, a vida inteira fica em função da droga. Temos que interromper esse circuito", Luiz Carlos Illafont Coronel.
De acordo com a Susepe, o alto número de apenados que apresentam problemas de saúde mental - sem especificar quantos são no total - acabam sobrecarregando o Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), em Porto Alegre, para atendimento.
"Estamos empenhados para viabilizar a formação destas equipes que vão diminuir as remoções ao IPF, de forma que haverá redução de custos e prestação de um serviço mais ágil, rápido e humanizado", explicou recentemente a superintendente da Susepe, Ane Sotck, após reunião com Coronel em 19 de fevereiro para tratar do assunto.
Somente no Presídio Central, em Porto Alegre, o coordenador de Saúde Mental diz que metade dos cerca de 4 mil detentos são dependentes químicos.
"E de crack, sem nenhum tipo de assistência. Eles terão essa atenção. E isso vai diminuir a criminalidade e o agravamento das doenças", destacou à rádio.
O projeto é piloto, e envolve a Coordenadoria de Saúde Mental do RS, com parceria da Susepe e dos municípios. A expectativa é que o trabalho seja encaminhado a partir de março.
"Um que tu melhore, ele não vai reincidir com tanta facilidade. Tratando, se diminui esse 'exército'", disse o coordenador. Segundo ele, os presos que recebem liberdade já saem dos presídios com tarefas a cumprir fora dele, ou seja, se mantêm na criminalidade. O especialista, que é psiquiatra, entende que tratando os dependentes químicos, eles não seguirão mais esse caminho.
"O dependente químico grave, que usa crack, cocaína, etc, a vida inteira fica em função da droga. Temos que interromper esse circuito", completou.
Para o atendimento de pessoas que sofrem de problemas de saúde mental, fora dos presídios, existem no Rio Grande do Sul 200 Centros de Atenção Psicossocial (Caps), 1,5 mil leitos destinados pincipalmente a usuários de drogas em hospitais, e outros 800 en hospitais psiquiátricos.