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quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Testemunhas depõem sobre caso de 49 agentes penitenciários suspeitos de fraudes em diárias da Susepe

Acusação identificou desvios em pelo menos 769 notas fiscais falsas de hotéis

A 11ª Vara Criminal do Foro Central de Porto Alegre realiza nesta terça-feira (31) uma série de audiências para ouvir dezenas de testemunhas no caso de 49 agentes penitenciários denunciados em 2015 por fraude em diárias da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). Os desvios superaram R$ 1,5 milhão em apenas um ano, mas o Ministério Público acredita que podem chegar a R$ 11 milhões.
Estão sendo ouvidas as testemunhas que residem em Porto Alegre e que envolvem dez réus investigados por crimes contra a administração geral. Na quarta e na quinta-feira serão ouvidas, por videoconferência, testemunhas de outros municípios.
Devido à complexidade dos fatos, o caso foi dividido em três processos. Além deste, há outro sobre crimes contra a administração em geral e um terceiro envolvendo ação de improbidade administrativa. Todos eles têm audiências marcadas para agosto e setembro deste ano. Além da Capital, há testemunhas dos três processos em Pelotas, Ijuí, Charqueadas, Santa Rosa, Taquara, Montenegro, Santo Ângelo, Santa Maria, Cerro Largo, São Luiz Gonzaga, Tucunduva, Bento Gonçalves, além de Florianópolis, Curitiba e Sinop, no Mato Grosso. Alguns deles, bem como réus, pelo menos dois, não estão sendo localizados. 
Em 2015, o Ministério Público denunciou 49 agentes penitenciários envolvidos em esquema para fraudar diárias da Susepe. Só em 2014, o prejuízo foi superior a R$ 1,5 milhão.
Entre os denunciados há dois suspeitos que eram supervisores da divisão de monitoramento eletrônico na época das investigações. Ao todo, foram apontados mais de 900 fatos criminosos resumidos em peculato e falsidade ideológica. Os envolvidos foram investigados na chamada Operação $u$epe, da Promotoria Especializada Criminal.
Na ocasião, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em quatro hotéis da Capital para a localização de registros relativos aos hóspedes dos estabelecimentos, nos anos de 2013 e 2014, bem como as segundas vias das notas fiscais emitidas naqueles anos. Alguns dias depois da ação, a Susepe trocou toda a chefia de monitoramento.
As investigações identificaram desvio de diárias envolvendo 158 agentes penitenciários, que utilizaram nas prestações de contas junto à Susepe pelo menos 769 notas fiscais falsas de hotéis. As notas foram apresentadas por agentes penitenciários que desempenhavam suas funções no monitoramento eletrônico, para a comprovação de hospedagem em Porto Alegre. Os agentes moravam na cidade e estavam lotados apenas formalmente no Interior com o intuito de obter os valores.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Ministério Público de Contas do RS pede multa a ex-dirigentes da Susepe

Em abril, MP descobriu esquema de falsificação de notas fiscais.
Eles recebiam milhões em diárias após apresentar notas fiscais frias

Do G1 RS
O Ministério Público de Contas (MPC) pediu uma multa de mais de R$ 6,5 milhões para dois ex-dirigentes da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). O motivo são supostas irregularidades em diárias de agentes penitenciários em 2013.
No parecer, assinado pelo procurador-geral do estado, Geraldo Da Camino, o órgão pede punição aos servidores "por infringência de normas de administração financeira e orçamentária." Agora, o parecer do MPC será julgado por conselheiros do Tribunal de Contas do Estado. Caso sejam condenados, eles terão de devolver a quantia aos cofres públicos.
Uma investigação iniciada em abril deste ano apontou o esquema de falsificação de notas fiscais envolvendo 158 agentes penitenciários. Na época, a apuração indicou que, em um ano, funcionários receberam mais de R$ 1,6 milhões em diárias.
Mesmo morando em Porto Alegre, eles recebiam diárias como se morassem no interior do estado. Juntos, eles teriam apresentado mais de 700 notas fiscais frias.