Powered By Blogger
Mostrando postagens com marcador caloteiro. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador caloteiro. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Brecha na lei impede que parte dos servidores contrate empréstimo para 13° salário no Banrisul

Regras impostas pelo banco geraram reclamações e queixas de funcionários públicos que foram até as agências para receber o dinheiro

A dificuldade enfrentada por parte dos servidores para contratar empréstimo no Banrisul nesta terça reflete a imprecisão na lei aprovada pela Assembleia na semana passada que previa o pagamento do 13º salário em seis parcelas, de junho a novembro de 2016, e a possível antecipação do dinheiro, por meio dos bancos, em dezembro.
O projeto não especifica nenhuma restrição a funcionários do Executivo que desejam fazer o financiamento, mas também não impede que as instituições financeiras adotem suas próprias limitantes para liberar o crédito. As regras impostas geraram reclamações e queixas de servidores que foram até as agências para receber o dinheiro.
Durante o primeiro dia do prazo para contratação do empréstimo, pessoas listados no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) ou Serasa, que recebiam salário em outro banco ou que tinham ação judicial contra o Banrisul, não tiveram verba liberada. O presidente da instituição,
A ausência de informação ao longo do dia gerou uma "peregrinação" de servidores por órgãos públicos em busca de explicações. O entendimento era de que o empréstimo seria liberado a todos, mesmo aqueles na lista de devedores, já que o valor a ser retirado é uma obrigação do governo do Estado. Durante gravação do Programa Frente a Frente (TVE), na segunda-feira, o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, atribuiu o problema à "falha de comunicação" do banco ao explicar os critério para tomada de empréstimo.
"É uma linha de crédito comercial, em uma relação normal entre cliente e banco", diz presidente do Banrisul
Após ter o crédito negado no site do Banrisul e se dirigir a uma agência, Aristeu Vieira, aposentado há cinco anos pela Brigada Militar, descobriu que não poderia receber a quantia referente ao 13º salário porque estaria em litígio judicial com o banco. Depois, foi encaminhado a buscar informações na Secretaria da Fazenda, na Avenida Siqueira Campos. Chegando lá, foi direcionado a Divisão de Pagamento de Pessoal, situado junto ao Tudo Fácil, na Borges de Medeiros, onde recebeu a cópia do Diário Oficial nas mãos e foi prevenido de que pouco haveria a fazer frente às exigências do banco e que a Secretaria da Fazenda "lavava as mãos".
Leia as últimas notícias
"A orientação que recebemos é encaminhar as pessoas ao Banrisul novamente" — explicou um servidor, que reclamava de também ter tido o 13º parcelado.
A falta de direção afetava também os funcionários da Secretaria da Fazenda que atendiam o público, na medida em que algumas regras estabelecidas no início da manhã iam mudando ao longo dia. Inicialmente, servidores que tinham feito a portabilidade da conta e recebem por outro banco estavam impedidos de receber empréstimo pelo Banrisul. No início da tarde, o financiamento em outros bancos foi liberado, mas não era informado ao servidores — que não tiveram acesso ao contracheque do 13º — o valor que poderia ser requerido em outras instituições.

Como solicitar o empréstimo

Os servidores têm quatro formas de solicitar o empréstimo no valor do 13º salário no Banrisul:

Agência, terminais eletrônicos, home banking e aplicativo no celular
  • Quem terá de ir até a agência:  
- Menores de idade: pensionistas com menos de 18 anos devem ir à agência com seu representante legal e fazer o empréstimo.
- Litígio com o banco: correntistas terão de renegociar suas dívidas para sair do cadastro negativo. Feita a renegociação, ficarão livres para tomar o empréstimo.
- Portabilidade: servidores que migraram para outro banco terão de procurar uma agência do Banrisul para fazer o empréstimo. Não será preciso abrir conta no Banrisul. Na agência, assinarão um documento dizendo que não querem a portabilidade do valor referente ao 13º salário.
  • Perguntas e respostas: Quem fez antecipação do 13º salário de 2015 no início deste ano, como deve proceder?
Deve procurar o Banrisul para fazer o empréstimo até o dia 18 e, com o dinheiro recebido, quitar o débito.
  • Será possível antecipar o 13º salário de 2016?
Sim. A partir do dia 18, o Banrisul abrirá uma nova linha de crédito para quem quiser antecipar o 13º salário do próximo ano. Essa é uma operação com custo elevado. Embora se fale em antecipação, trata-se de uma operação de crédito, com custo elevado.
Crise nas finanças
"Parece que a ideia é que cada funcionário possa acessar de maneira virtual o valor de referência, mas até o momento isso não é possível" — disse o servidor da Fazenda, às 15h30.
No entendimento da diretora do Procon estadual, Flávia do Canto Pereira, a exigência que o servidor tenha nome fora da lista do SPC e Serasa para tomar empréstimo não é ilegal na medida em que está dentro das regras do Banco Central. O mesmo não vale para quem tem ação contra o banco.
"Procurar a Justiça é um direito de todos, não pode servir como justificativa para negar o crédito ao servidor" —avalia.
A defensora pública Fernanda Santos Peres ressalta que é preciso diferenciar a restrição para quem tem nome sujo daqueles que estão em litígio judicial com o banco.
"Esta é uma política do Banrisul, mas estamos em conversa com o banco para que haja um relaxamento dessa regra e que cada situação seja avaliada de maneira separada, de maneira a atingir o mínimo de pessoas" — disse.
Procurada, a Secretaria da Fazenda informou que o servidor que por algum motivo não se enquadrar nos critérios de crédito dos bancos deverá receber o salário parcelado em seis vezes a partir de junho de 2016 e que as exigências feitas aos tomadores de empréstimo são aplicadas por todo o sistema financeiro e não apenas pelo Banrisul.

Por Cadu Caldas/ZH 

domingo, 29 de novembro de 2015

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Os salários dos servidores públicos do RS são dos piores do Brasil

Os salários dos servidores públicos do Rio Grande do Sul estão piores no governo principalmente no Sartori, um caloteiro, covarde, um governicho, que pagou em quatro vezes em setembro. O que nos espera para Outubro ninguém sabe!
Temos um dos menores salários do Brasil - pagou mais de 70% dos salários dos funcionários pagando R$ 2.800,00 - e ainda são parcelados.
Com isso, aliado a péssima situação da segurança, educação e da saúde pública pensamos se não caberia um Impeachment!

domingo, 20 de setembro de 2015

Desfile Farroupilha tem protestos contra Sartori e pedido de "unidade" do governador

Evento realizado em Porto Alegre combinou vaias e gritos de apoio a José Ivo Sartori, um governicho, caloteiro e contra os servidores públicos do RS

Manifestantes exibiram faixas e vaiaram o governador
Foto: Diego Vara/Agência RBS
O desfile de 20 de Setembro, realizado na manhã deste domingo, em Porto Alegre, teve protestos contra o governo estadual entre o público e pedido de "unidade" e "compreensão" por parte do governador José Ivo Sartori.
Enquanto a Avenida Beira-Rio era palco de encenações da Revolução Farroupilha, com figurantes vestidos a caráter simulando batalhas, nas arquibancadas era travada uma outra disputa. De um lado, representantes do Sindicato de Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia (Ugeirm) seguravam faixas criticando o tarifaço proposto pelo governo e a falta de segurança no Estado sob a inscrição "comemorar o quê"?
Próximo a eles, em um setor reservado da arquibancada onde somente ingressava quem tinha autorização prévia, ficaram reunidos defensores do governador. A cada grito de "caloteiro" direcionado ao palanque em razão do parcelamento do salário do funcionalismo, o grupo de apoiadores do Piratini gritava "Rio Grande! Rio Grande!" e agitava bandeirolas do Estado.
A presença do público em geral foi tímida na manhã de tempo bastante nublado, e havia muitos espaços vazios nas arquibancadas de madeira e metal montadas próximo ao Guaíba. O governador José Ivo Sartori deu uma breve declaração à imprensa logo depois do desfile e respondeu a duas perguntas dos jornalistas. Sartori fez uma comparação entre a luta dos farrapos e o atual cenário político e econômico do Estado — que paga uma pesada dívida à União:

"Nossos antepassados plantaram uma semente de mudança, que foi a luta contra a injustiça tributária e a centralidade administrativa brasileira. Era uma luta para constituir a República e o federalismo brasileiros, e isso ainda está presente nos dias de hoje".

Perguntado sobre os protestos e a baixa adesão das forças de segurança ao desfile, Sartori disse que a Brigada Militar e a Polícia Civil estiveram presentes na avenida, e voltou a fazer um apelo por "compreensão" e pelo fim da "raiva política".

"O resultado não se constrói com raiva política. Esse é o exemplo que foi dado pela família Farropilha. Quando foi preciso parar, sentar e fazer a paz, fizeram a unidade para a construção da paz do Brasil e do Rio Grande. O desafio não se vence com raiva política, se vence com unidade, solidariedade e compreensão das dificuldades".


A comemoração do 20 de setembro teve participação da Banda da Brigada Militar e de duas dezenas de viaturas da Polícia Civil, que chegou a ameaçar um boicote ao evento. A parte temática do desfile contou com centenas de participantes que reproduziram traços culturais do gaúcho na avenida e reencenaram partes da história da Revolução Farroupilha, culminando com a conquista da paz com o governo central por meio do tratado de Ponche Verde.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Deputados adiam votação de pacote de Sartori após servidores bloquearem acesso à Assembleia

Estavam em pauta propostas como a criação do regime de previdência complementar e a extinção das fundações do Estado

Por: Bruna Vargas

Após servidores estaduais bloquearem por mais de sete horas todas as entradas da Assembleia Legislativa, e uma reunião entre sindicalistas e lideranças partidárias terminar sem acordo, deputados cancelaram a sessão da tarde desta terça-feira. No encontro, os parlamentares votariam polêmicos projetos apresentados pelo governo Sartori — como a criação do regime de previdência complementar e a extinção das fundações do Estado. Segundo os parlamentares, o motivo é a falta de segurança.
A mobilização para pressionar os deputados começou por volta das 6h30min, com um acampamento em frente à Casa. Segundo os parlamentares, seria a primeira vez em 180 anos que o local foi fechado.

Por volta das 9h, o presidente da Assembleia, deputado Edson Brum (PMDB), dialogou com os manifestantes e, a pedido deles, agendou uma reunião entre as lideranças partidárias do Legislativo e os representantes do Movimento Unificado dos Servidores, que reúne mais de 40 categorias.

Como a reunião começaria somente às 11h30min, os deputados tentaram deixar a frente da Assembleia pouco depois das 10h, quando se iniciou um tumulto. Alguns parlamentares foram cercados e houve empurra-empurra entre parte dos manifestantes, seguranças e assessores de deputados.

Um grupo que incluía lideranças dos servidores tentou conter parte dos manifestantes e acompanhou os parlamentares até os fundos do chamado Palacinho, por onde os deputados acessaram a Casa Rosada, sob os gritos de "corruptos" e "retira", referindo-se à pauta do dia.
"Houve uma tensão que é natural, porque os deputados estavam tentando avançar e algumas pessoas não queriam. Mas isso é um gesto político, não é um gesto de força" — defendeu um dos diretores da União Gaúcha dos Escrivães, Inspetores, Investigadores, Rádio-telegrafistas e Mecânicos (Ugeirm/Sindicato), Cládio Wohlfahrt.

Pouco depois das 11h30min, teve início a reunião em que os sindicalistas apresentaram seu descontentamento em relação aos projetos de Sartori. O encontro a portas e janelas fechadas, que começou tranquilo, também teve momentos de atrito entre parlamentares e servidores.

Enquanto os servidores pressionavam os líderes a pedirem ao governador Sartori a retirada dos projetos polêmicos do regime de urgência, deputados da base aliada do governo e o presidente da Assembleia, Edson Brum (PMDB), insistiam na liberação dos acessos da Casa como condicional para reunirem as bancadas e encaminharem as reivindicações do grupo.

Os ânimos se exaltaram quando o presidente do Sindicato dos policiais civis, Isaac Ortiz, disse que "não podia controlar servidores", alguns deles armados. Parte dos deputados entendeu a colocação como ameaça.

Por volta das 13h30min, o encontro foi suspenso para que os líderes dos servidores discutissem com demais representantes do movimento a proposta de Edson Brum: portas abertas para a reunião de líderes em troca do encaminhamento das reivindicações do grupo a Sartori.

Após reunião interna e negociações com os deputados, os servidores prometeram as entradas, mas, apesar dos apelos das lideranças, alguns integrantes do Cpers e representantes de movimentos estudantis seguiram bloqueando a entrada da Casa.

Sem acesso à Assembleia Legislativa, a sessão foi suspensa pelo presidente da Casa por volta das 14h30min.

"Estendemos nosso diálogo ao máximo e não usamos a força exatamente para evitar qualquer tipo de conflito. Fizemos nossa parte e continuamos a disposição dos sindicatos que quiserem permanecer em diálogo" — disse o deputado, lamentando que parte dos servidores não tenha desobstruído as passagens.
O mais polêmico dos projetos que deveriam ser votados nesta terça — alvo de críticas do funcionalismo e da oposição — é o que prevê a criação de um regime complementar de previdência para os servidores públicos estaduais. Líderes sindicais chegaram a pedir ao governo para que voltasse atrás e retirasse o texto do regime de urgência. Alguns parlamentares também fizeram a solicitação, mas não conseguiram sensibilizar Sartori.

Também integravam a leva que seria votada nesta terça os projetos que extinguem duas fundações — a Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (Fepps) e a Fundação de Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul (Fundergs). Ambos são alvo de críticas por parte de servidores públicos.

"Teríamos colocado em primeiro lugar os salários", afirma Tarso Genro

Confira os projetos do Poder Executivo aptos à votação, nesta terça-feira, na Assembleia:

PROJETO DE LEI Nº 207
— Cria a Câmara de Conciliação de Precatórios, que permitirá a negociação de acordos com credores com desconto de 40% do valor da dívida.
— Regime de tramitação: urgência.
— Justificativa do governo: tende a desestimular o mercado paralelo dos precatórios e a ampliar o número de credores pagos.

PROJETO DE LEI Nº 212
— Inclui nas atribuições do Corpo Voluntário de Militares Inativos da BM atividades de vide monitoramento nos municípios que têm os equipamentos e necessitam de servidores para operá-los.
— Regime de tramitação: urgência.
— Justificativa do governo: medida auxiliará as prefeituras na prevenção de crimes.

PROJETO DE LEI Nº 213
— Altera a lei que institui o Imposto sobre Doações ou Transmissões Causa Mortis (ITCD), cobrado em doações e herança. A ideia é restabelecer alíquotas progressivas.
— Regime de tramitação: urgência.
— Justificativa do governo: deve elevar a arrecadação anual em R$ 43,9 milhões.
Deputados da base divergem sobre tarifação

PROJETO DE LEI Nº 215
— Extingue fundos públicos que já cumpriram finalidades e aqueles que estão inativos há três anos ou mais, atendendo ou não a suas finalidades.
— Regime de tramitação: urgência.
— Justificativa do governo: contribuirá para o "aperfeiçoamento da gestão financeira e orçamentária do Estado".

PROJETO DE LEI Nº 243
— Propõe mudanças na legislação para que possa avançar a transformação do Laboratório Farmacêutico do Estado (Lafergs) em empresa pública.
— Regime de tramitação: urgência.
— Justificativa do governo: eliminaria amarras burocráticas que hoje dificultam a retomada da produção.

PROJETO DE LEI Nº 255
— Autoriza o Poder Executivo a prorrogar os contratos de sete cargos em comissão/funções gratificadas da Fundação Orquestra Sinfônica de Porto Alegre.
— Regime de tramitação: urgência.
— Justificativa do governo: os profissionais são importantes para a rotina de trabalho da orquestra.
Governo faz campanha na internet para convencer sobre aumento do ICMS

PROJETO DE LEI Nº 299
— Autoriza a extinção da Fundação de Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul (Fundergs).
— Regime de tramitação: urgência.
— Justificativa do governo: alcançar "metas de controle de despesas" do Estado.
— Está entre as medidas polêmicas e contestadas por servidores.

PROJETO DE LEI Nº 301
— Autoriza a extinção da Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (Fepps).
— Regime de tramitação: urgência.
— Justificativa do governo: fazer o "enxugamento da máquina administrativa".
— Está entre as medidas polêmicas e contestadas por servidores.

PROJETO DE LEI Nº 209
— Impede que o servidor público incorpore função gratificada (FG) para fins de aposentadoria se tiver obtido o benefício ao exercer o cargo em outro poder.
— Regime de tramitação: urgência.
— Justificativa do governo: reduzir custos.
Discursos de Sartori podem aumentar ansiedade e criar clima de pânico
PROJETO DE LEI Nº 303
— Institui o regime de previdência complementar para os servidores públicos estaduais.
— Regime de tramitação: urgência.
— Justificativa do governo: conter o déficit previdenciário, já que quem ingressar no serviço público terá de contratar previdência complementar se quiser receber acima do limite do INSS (R$ 4,6 mil).
— Está entre as medidas polêmicas e contestadas por servidores.

* Zero Hora