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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Impeachment a "presitenda" Dilma

Fora a Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e todos do PT condenados ou que ainda estão processados. Promete apontar a participação deles na sistemática de cartel e corrupção na estatal – com rombo reconhecido até aqui de 6,2 bilhões de reais.

O Procurador do TCU disse que a Dilma cometeu crime de responsabilidade.

É Impeachment!!!

Agora a hora de pegar "o chefe" Lula



terça-feira, 30 de agosto de 2016

Para baixar a violência

Eu acredito que a chegada da guarda da Força Nacional e a contratação de mais policiais, irá diminuir pouco a violência da sociedade. É preciso investir na educação e família das crianças, principalmente, de zero a 6 anos, evitando que estas sofram com falta de cuidados dos pais e abusos de estranhos. Formando melhor as pessoas, irá reduzir à longo a criminalidade.

Outro ponto são as penalidades atribuídos aos criminosos hediondos, que logo são soltos e voltam a praticar crimes.

A leis precisam ser mudados e a dinâmica dos prisões e penalidades devem ser mais rigorosas.

Governicho do RS. Sem salários o que é a solução para a Segurança Pública

Estado parcelará salários de agosto; primeira parcela deve ser de R$ 1 mil

Valor estimado deve ser depositado na conta dos servidores do Executivo na próxima quarta-feira. Não estão descartados outros depósitos na data.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Painel RBS debate segurança pública no Rio Grande do Sul

Encontro reúne autoridade para discutir surto de violência após Porto Alegre registrar o 25° latrocínio em oito meses

O vídeo: http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2016/08/painel-rbs-debate-seguranca-publica-no-rio-grande-do-sul-7334508.html#

Um dia após Porto Alegre registrar o 25° caso de latrocínio no ano, autoridades e especialistas se reúnem para discutir o surto de violência no Rio Grande do Sul. O Painel RBS "Segurança Já", que ocorre nesta sexta-feira, às 15h, no estúdio da RBSTV, traz o desembargador do Tribunal de Justiça, Túlio Martins, o advogado da ONG Brasil sem Grades, Alexandre Contêssa, o diretor do Colégio Dom Bosco, Padre Marcos Sandrini, o subprocurador para assuntos institucionais do Ministério Público, Fabiano Dallazen e o comandante-geral da Brigada Militar, Alfeu Freitas, para debater a crise na segurança pública.


quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Procurador do TCU diz que Dilma cometeu crime de responsabilidade. É Impeachment.

Primeira testemunha a ser ouvida no julgamento do impeachment, Júlio Marcelo de Oliveira reafirmou a conduta criminosa da presidente afastada.

O procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) Júlio Marcelo de Oliveira afirmou nesta quinta-feira, no Senado Federal, que a presidente afastada Dilma Rousseff cometeu crime de responsabilidade ao autorizar abertura de créditos orçamentários suplementares sem autorização do Congresso Nacional. A abertura desses créditos é justamente a base do processo de impeachment da petista. A participação de Oliveira no processo foi alterada de testemunha de acusação para informante após pedido da defesa da presidente afastada. Ele é a primeira testemunha a ser ouvida pelos senadores no julgamento do impeachment.
Oliveira disse que Dilma violou a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que estabelece que os decretos só podem ser abertos mediante autorização do Congresso, órgão competente para autorizar os gastos da União. Além disso, acrescentou, o TCU determinou que os decretos precisam ser compatíveis com a meta fiscal em vigor, o que também não foi observado por Dilma. Logo após seu depoimento, o procurador responde a perguntas dos senadores.

domingo, 21 de agosto de 2016

Muito bem as Olimpíadas no Rio de Janeiro que vai encerrar hoje, mas notícia de política do mais corrupto do PT

Duque negocia delação e vai citar Lula, Dilma e o PT

Indicado pelo PT para Diretoria de Serviços da Petrobras, ele foi citado por delatores como recebedor das propinas operadas por Vaccari

Ex-diretor da Petrobras é condenado a 20 anos de prisão (VEJA.com/VEJA/VEJA)

O ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque, condenado na Operação Lava Jato a mais de 50 anos de prisão como braço do PT no esquema de propinas na Petrobras, retomou as negociações para um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal. Duque está preso há um ano e cinco meses, em Curitiba.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, entre os temas que estão sendo negociados estão informações sobre o partido, a presidente afastada, Dilma Rousseff, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Duque promete apontar a participação deles na sistemática de cartel e corrupção na estatal – com rombo reconhecido até aqui de 6,2 bilhões de reais.
Lula é um dos pontos centrais das tratativas com a força-tarefa da Lava Jato. O ex-diretor da estatal se compromete a apresentar provas documentais de que o ex-presidente sabia do esquema. As negociações envolvem membros da Procuradoria-Geral da República – por citar políticos com foro privilegiado – e da Procuradoria Regional da República, na capital paranaense.

Esta é a terceira tentativa de delação de Duque, que foi diretor da Petrobrás entre 2003 e 2012, indicado na cota controlada pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. As tratativas estão em fase de discussão de anexos, na qual a defesa elabora um esboço dos crimes que ele vai confessar e os novos fatos ilegais que vai relatar, em troca de benefícios e redução de pena.

A colaboração premiada do ex-diretor, se for aceita pela Procuradoria e homologada pela Justiça, pode ser a primeira a ligar diretamente Dilma ao esquema na Petrobrás. Nesta semana, a presidente afastada virou alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal por tentativa de obstrução às investigações.

Duque mudou seu endereço prisional no mês passado. Deixou o Complexo Médico-Penal, em Pinhais, onde está a maioria dos detidos do caso, e voltou para a carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba para facilitar as entrevistas com investigadores.

Apesar das duas outras tentativas frustradas, o contexto agora é considerado outro. As negociações avançam às vésperas do julgamento final da cassação do mandato presidencial de Dilma, no Senado, e da conclusão dos primeiros inquéritos que têm Lula como alvo da força-tarefa da Lava Jato.

O ex-presidente é investigado em pelo menos três inquéritos que tramitam em Curitiba. Um deles, que apura a compra, a propriedade e as reformas do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), está em fase final. A suspeita dos investigadores é de que o imóvel seria propriedade oculta da família do petista, reformada pelas empreiteiras OAS e Odebrecht, como contrapartida por negócios na estatal.

A defesa do ex-presidente nega e diz que não há relação das obras e da propriedade com os desvios na estatal.

‘Propaganda opressiva’ – Sobre as negociações envolvendo uma delação de Duque, a assessoria de imprensa do Instituto Lula afirmou, em nota, que o petista “não cometeu nenhum ato ilegal nem antes nem durante nem depois do exercício de dois mandatos como presidente da República, eleito pelo voto popular”. “Não comentaremos supostas negociações de delações para a obtenção de benefícios judiciais”, disse a nota.

Os operadores da Lava Jato persistem na prática ilegal e inconstitucional de antecipar juízos sobre investigações em curso e de fomentar propaganda opressiva contra o ex-presidente Lula. Mesmo depois de uma devassa, os investigadores não conseguiram produzir uma prova sequer para denunciar Lula”. Procuradas, as assessorias da presidente afastada e do PT não se pronunciaram.

Engenheiro e funcionário de carreira da Petrobras, Duque foi indicado em 2003, no primeiro ano do governo Lula, pelo PT para cuidar da estratégica Diretoria de Serviços da estatal, responsável por licitar os contratos e acompanhar as obras. Deixou a Petrobrás e 2012 e virou consultor em 2013.

Duque foi citado por delatores como recebedor de propina operada principalmente pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Braço direito de Duque, o ex-gerente Pedro Barusco disse que Vaccari arrecadou, de 2003 a 2013, 200 milhões de dólares de propina, cujo porcentual, por contrato, variava de 1% a 2%. Segundo Barusco, ele e Duque ficavam com metade da comissão.

Ele foi preso em 14 de novembro de 2014, na 7ª fase da Lava Jato (Juízo Final), que mirou em empreiteiras. Foi solto um mês depois, por ordem do Supremo. Em 15 de março de 2015 voltou a ser preso, na 10ª fase da operação (Que País é Esse?), após tentar movimentar propina oculta no exterior. Duque foi sentenciado em três ações penais. Em duas delas, Vaccari também foi condenado.

(Com Estadão Conteúdo)

Chegando ao final da Olimpíadas...uma pedrada com boa música

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Exposição conta 20 anos de história do Presídio Central e do olhar de um juiz

Exposição de Sidinei Brzuska

Marco Weissheimer / Sul21
"O Tribunal de Justiça criou um projeto, que durou até 2012, para o qual eu fui designado. Eu tinha que ir ua vez por mês nas 27 casas, ou seja, ia a uma por dia, praticamente". Foto: Guilherme Santos/Sul21
Até 2008, o sistema prisional gaúcho era fechado para a imprensa. Em função disso, havia poucas imagens sobre o que acontecia dentro dos presídios. No final daquele ano, o juiz Sidinei Brzuska, recém-chegado a Porto Alegre, decidiu abrir o sistema prisional à imprensa para que a sociedade pudesse ter conhecimento do que acontecia lá dentro. Brzuska chegou a Porto Alegre já com uma relação especial com o registro de imagens em presídios, desenvolvida em trabalhos anteriores em Santa Rosa e em Santa Maria. Tudo começou com fotos de presos e seus familiares durante visitas no presídio de Santa Rosa. “Eu percebi que a maioria dos presos não tinha fotos suas com seus familiares, uma realidade que não mudou até hoje”. A máquina fotográfica passou a ser um instrumento de trabalho constante do juiz que hoje é responsável pelo Juizado do Presídio Central, na 2ª Vara de Execuções Criminais de Porto Alegre.
Parte desse trabalho está disponível ao público agora na exposição fotográfica 20 anos de Presídio Central, que ficará aberta ao público, com entrada franca, até o dia 15 de setembro no átrio do Foro Central II de Porto Alegre (Rua Manoelito de Ornelas, 50 – Bairro Praia de Belas), com visitação de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h. A exposição traz fotos feitas por Sidinei Brzuska e imagens do acervo do juiz Marco Antônio Bandeira Scapini, falecido em 2014, com fotos do fotógrafo Marco Aurélio Couto.
Em entrevista ao Sul21, Sidinei Brzuska conta como a fotografia entrou em sua vida e em seu trabalho como juiz e como suas fotos ajudaram a convencer autoridades em determinadas questões, como a construção de um novo presídio em Santa Maria, durante o governo Rigotto, e a ampliação da estrutura de execução penal em Porto Alegre. A mostra tem também a função de mostrar à sociedade uma realidade que muitas vezes ela não quer ver. “A ideia do quanto pior melhor é muito forte entre nós. As pessoas não se dão conta de quanto pior, melhor é para o crime”, assinala Brzuska.
Sul21: Como iniciou essa tua relação com a fotografia no trabalho como juiz?

Sidinei Brzuska: O momento exato disso nem eu sei, mas começou na cidade de Santa Rosa. Eu fui juiz lá de 1998 a 2002. Na época, nem existia a fotografia digital. Era o tempo do filme ainda. No interior, há uma relação bem estreita do juiz de execução penal com o presídio e com a comunidade. Possivelmente eu tenha ido num daqueles eventos de confraternização que ocorrem nos presídios no dia das mães, dia dos pais, uma data como estas. Provavelmente eu tenha levado uma máquina num dia destes. Eu percebi naquele momento que a maioria dos presos não tem fotos suas com seus familiares. Essa é uma realidade que não mudou até hoje. Como eu estava por ali, algumas pessoas pediram que eu fizesse algumas fotos delas com seus familiares. Lembro que conversei depois com o pessoal de uma loja que fazia a revelação dos filmes e pedi que não me cobrassem muito caro.

Bem, eu comecei a tirar essas fotos e dá-las como uma lembrança de família. Constatei naquele momento que os presos passaram a fixas essas fotos nas paredes das celas e que aquilo dava um ambiente bom. Eles passaram a cuidar mais da cela, com mais organização, mais limpeza, menos palavrão. Causaram uma transformação boa. Muitos deles não tinham fotos com seus familiares e a maioria, até hoje, não têm, sobretudo fotos com crianças, fotos de pai com filho pequeno. Foi assim que começou.

Depois eu fui juiz em Santa Maria. Em Santa Rosa eu trabalhava com cerca de 200, 250 presos. Em Santa Maria, esse número pulou para 700, 800 presos. Em Santa Rosa eu conhecia todos os presos pelo nome. Em Santa Maria eu já não conseguia mais ter essa memória. Eu continuei fazendo aquele trabalho que comecei em Santa Rosa e comecei também a tirar fotos dos presos, mais para uma lembrança minha. Quando eu pegava o processo de um determinado preso e não lembrava quem era, eu olhava a foto dele em meu computador e via quem era. Isso facilitava o meu trabalho. O presídio de Santa Maria era muito antigo, da década de 70, e havia a necessidade de se construir uma nova penitenciária. Então, eu comecei a fotografar o presídio de Santa Maria para mostrar que ele não tinha mais condições de funcionar. Na época, foi feito um abaixo assinado com 35 mil assinaturas. Foi o maior abaixo assinado para a construção de um presídio da história do Rio Grande do Sul. Aí o presídio saiu. Dentro desse processo pela construção de um novo presídio em Santa Maria, eu tirei muitas fotos.

Sul21: Que acabaram ajudando no processo de construção do novo presídio…

Sidinei: Brzuska: Sim. Na época, o governador era o Germano Rigotto e o secretário de Segurança era José Otávio Germano. Houve um momento em que percebi que essa campanha para a construção do novo presídio em Santa Maria não estava chegando de forma clara no Rigotto. Havia um certo filtro, e o tema não chegava nele como devia chegar. Então, dois empresários de Santa Maria marcaram uma reunião com o governador e eu fui para esta reunião com várias fotos do presídio, que eu já havia mostrado para os empresários locais. Aí eu apelei. Usei as fotos das crianças e mostrei para o governador o local onde as crianças estavam frequentando no presídio. Aí o Rigotto se impressionou, pois nunca tinha visto aquilo.


Em Santa Maria, eu comecei a registrar o presídio para este fim. Quando eu cheguei em Porto Alegre, foi criado um projeto para a fiscalização dos presídios. Um pouco antes disso, tinha ocorrido um problema no Pará, onde uma adolescente havia sido colocada junto com adultos numa cela. Em cima desse fato, o Conselho Nacional de Justiça determinou que, mensalmente, o juiz de execução remetesse um relatório dizendo o que ele viu no presídio. Aqui em Porto Alegre havia apenas dois juízes e 27 casas prisionais. Não havia como atender a demanda do Conselho. Os juízes ficariam só indo nas casas prisionais e não conseguiriam trabalhar. Aí o Tribunal de Justiça criou um projeto, que durou até 2012, para o qual eu fui designado. Eu tinha que ir uma vez por mês nas 27 casas, ou seja, ia a uma por dia, praticamente. Para cada uma dessas casas prisionais foi aberto um processo administrativo, onde descrevi a realidade de cada uma com muitas fotos. Eu fotografei todas essas casas. Uma delas, a maior de todas, é o Presídio Central. Eu comecei, então, a fazer um registro fotográfico do Presídio Central sem qualquer propósito de exposição ou divulgação. Eu tinha que fazer o relatório e aquilo que eu via eu fotografava.

Eu fui pegando gosto pela fotografia e melhorando os meus equipamentos. No final de 2008, logo que cheguei em Porto Alegre, dei uma decisão abrindo o sistema prisional para a imprensa. Os presídios estavam completamente fechados. A sociedade não sabia o que acontecia lá dentro. É um espaço público onde um serviço público está sendo prestado e é natural que a sociedade saiba o que ocorre nele. A Ordem dos Advogados fez um pedido para que a imprensa tivesse acesso aos presídios e eu dei uma decisão assegurando a presença da imprensa nos presídios.

Sul21: Até então não era permitida a entrada da imprensa nos presídios?

Sidinei Brzuska: Não. Ninguém entrava. A partir dessa decisão, o fotógrafo Daniel Marenco entrou no presídio e eu fui com ele. Nós tiramos fotos do mesmo lugar, com a mesma luz. Pedi para ver as fotos dele e elas eram muito melhores que as minhas. Ele fez fotos maravilhosas. Aí eu vi que, além do talento do fotógrafo, eu também estava mal de equipamento. Ele me indicou um equipamento e comprei uma máquina nova. Minhas fotos ganharam uma qualidade maior e segui fazendo os meus registros.
Sul21: Como nasceu a ideia de fazer a exposição?

Sidinei Brzuska: Em um domingo ensolarado eu estava andando pela avenida Beira Rio quando encontrei um colega que tem um olhar muito refinado e técnico. Ele comentou que eu estava entrando em lugares aos quais as pessoas não têm acesso normalmente e que talvez pudesse sair algo daí. Fiquei com aquilo na cabeça. Os anos foram se passando e a nossa situação aqui estava muito ruim e não me refiro apenas a nossa estrutura de presídios. A nossa estrutura judicial também estava muito ruim. O Judiciário estava devendo muito à sociedade. Continuava existindo apenas uma vara de execução aqui e as decisões dos juízes levavam até seis ou sete meses para serem cumpridas. Isso criava problemas de toda ordem. Eu fiz um pedido ao Tribunal de Justiça, observando que o Judiciário não teria nenhuma moral para cobrar algo do Executivo se não fizéssemos a nossa parte.

A partir daí, iniciou-se um trabalho de convencimento do Tribunal de Justiça sobre a necessidade de ampliar a estrutura judiciária da execução. E, de modo similar ao que aconteceu em Santa Maria, eu utilizei fotografias que tirei. As fotos tiveram esse poder transformador da realidade. Neste processo de convencimento do Tribunal, eu levei alguns desembargadores ao Presídio Central para conhecer in loco a situação. Nós entramos nas galerias sem nenhuma maquiagem, com o calor, o cheiro e tudo o que havia lá. Todo mundo saiu de lá com uma sensação de indignação. O desembargador Claudio Baldino Maciel, que sempre teve um olhar muito humano, ficou impressionado com o que viu e disse que eu precisava mostrar à sociedade as fotos que retratavam aquela realidade. Essa ideia foi amadurecendo na minha cabeça.

Muitas pessoas acabam me solicitando fotos, para trabalhos de conclusão de curso, de mestrado, teses de doutorado. Já há vários livros que estão ilustrados com fotografias minhas. A própria Assembleia Legislativa, quando faz alguma publicação envolvendo presídios, acaba me solicitando imagens. Mais recentemente, vários professores resolveram fazer um livro com vários artigos e esse livro acabou sendo escrito com base em imagens minhas. Os autores escreveram sobre essas fotos. Já que as coisas estavam neste nível, eu resolvi então fazer uma exposição.

Sul21: Quais foram os critérios de escolha para montar a exposição?

Sidinei Brzuska: Eu devo ter entre 10 e 15 mil fotos do Presídio Central. Acabei selecionando mil fotos, tiradas em muitos momentos diferentes. Deixei todas essas mil fotos num mesmo padrão de textura, luz e contraste, como se fossem todas tiradas no mesmo dia, na mesma hora. Dessas mil, foram selecionadas um pouco mais de 80 fotos que integram a exposição agora. Ela está dividida em cinco momentos onde é mostrada a inteireza do Presídio Central. Não é uma exposição sensacionalista. Há uma parte da exposição que trata do andar das visitas, retratando a sua passagem desde o momento em que está fora do presídio, como ela ingressa e as partes às quais ela tem acesso. Ela também mostra as partes administrativas do presídio, sala de aula, enfermaria, local de trabalho dos profissionais. Além disso, mostra o tipo de material que a Brigada Militar utiliza em seu trabalho e o dia-a-dia nos corredores do presídio.
O Presídio Central é administrado pela Brigada Militar e tem uma regra segundo a qual da boca da galeria para dentro o controle é dos presos. A exposição também traz fotos desses ambientes onde os presos vivem, mostrando como eles se arrumam nas galerias, como se arrumam nas celas e como se ajeitam nos pátios. É uma exposição bem ampla, portanto. Muitas das fotos estão legendadas, contando a história da foto e o conjunto dessas legendas conta toda a história do presídio, abordando questões como o tráfico de drogas e de armas, crimes cometidos do lado de dentro e do lado de fora. Tudo isso vai sendo contado pelas imagens e pelas legendas. A exposição conta, por exemplo, que em um período curto de tempo foram apreendidas 58 armas industriais dentro do presídio. Uma dessas armas, que está na exposição, é uma pistola 9 milímetros nova, fabricada pela Taurus. Indagada sobre o comprador daquela pistola, a empresa informou que ela foi comprada em Miami, nos Estados Unidos. Poucos meses depois, estava dentro do Central.

A exposição também traz uma crítica ao sistema de Justiça, em uma foto onde aparecem duas mãos estendidas. Um dia eu estava caminhando no Central e deparei-me com um preso que era, literalmente, um farrapo. Vestia roupas totalmente rasgadas, uma por cima da outra. Tinha dois ou três calções. Um calção por cima de um moletom. Meias furadas uma de cada cor. Além disso, estava com um olho vazado.
Perguntei para ele porque estava ali ele, instantaneamente, me mostrou as mãos totalmente calejadas. “Olha as minhas mãos, eu sou um traficante?” – me disse.
Esse sujeito era um carroceiro que andava pelas ruas e, num certo dia, deve ter exagerado na cachaça, talvez tenha atrapalhado o trânsito, foi detido pela polícia e deve ter mandado os policiais para aquele lugar. Acabou sendo preso por tráfico e ficou preso um ano e oito meses

Sul21: Como o acervo do magistrado Marco Antônio Bandeira Scapini, composto por imagens do fotógrafo Marco Aurélio Couto, entrou na exposição?

Sidinei Brzuska: Quando o Ministério Público pediu a interdição do Presídio Central, em 1995, Scapini contratou um fotógrafo para fotografar o presídio. Quando ele se aposentou, ele guardou essas fotos em casa. Ficou com medo que elas se perdessem aqui. Um belo dia, ele entrou na minha sala e disse que ia me entregar essas fotos, pois talvez eu pudesse fazer um uso delas. Eu até não o conhecia tanto assim. Nos conhecíamos mais lateralmente, pois temos uma briga em comum: ele era gremista doente e eu sou colorado doente. Infelizmente ele nos deixou muito cedo.

Sul21: Há uma tendência na sociedade de não querer ver realidades como esta do Presídio Central. Essa exposição também parece ter uma função de mostrar o que as pessoas não querem ver.

Sidinei Brzuska: Sim. Essa é uma questão cultural nossa. A ideia do quanto pior melhor é muito forte entre nós. As pessoas não se dão conta de quanto pior, melhor é para o crime. Na verdade, todo mundo colabora, de um jeito ou de outro, para que esse quadro esteja do jeito que está.


Exposição






domingo, 14 de agosto de 2016

Dia dos Pais

Hoje é o dia dos pais e eu sou um deles, com muito orgulho. E acho que sou um ótimo pai, pois sinto isso através do relacionamento extraordinário que tenho com minha filha, que hoje está com 28 anos de idade. Infelizmente, meu pai não está mais conosco há bastante tempo - desde 1982 - mas ele sempre está presente em nossos pensamentos.
Há pais que só fazem filhos, muitos com mais de uma mulher, mas não os acompanha no dia a dia, procurando dar exemplos, protegendo e ensinando através de atitudes e princípios. Esses tipos talvez até sejam homenageados por seus filhos neste dia, contudo, tenho certeza que isso acontecerá por pura formalidade.
Há outros pais que até se fazem presentes, mas são omissos, até negligentes, não acompanhando o dia a dia de seus filhos.
Há pais ainda piores, que maltratam e até matam seus próprios filhos, fatos que acabam chocando pessoas que, como eu, não entendem como pode alguém que tem por principal missão a de proteger, tirar a vida de um ser que ele mesmo gerou.
Há outros que falam muito o que o filho deve fazer, no entanto, adotam atitudes que contrariam seu próprio discurso, tornando-se maus exemplos ao agir no dia a dia sem respeitar princípios éticos, morais e até legais. Alguns desses canalhas até possuem uma ótima retórica, contudo, na prática eles acabam sendo exemplo daquilo que ninguém deve ser. O problema é que os filhos sempre fazem o que seus pais fazem e não o que falam.
Por isso, a minha preocupação desde que nasceu minha filha Laura sempre foi o de dar exemplos e passar princípios, principalmente através de atitudes.
Laura hoje está com 28 anos, formada em Direito, plenamente habilitada para atuar na sua área, com muita competência e pautando sua atuação pelos princípios éticos e morais que aprendeu a cultivar desde que nasceu. Além disso, é uma pessoa adorável, muito inteligente, talentosa e sociável.

Eu sempre procurei ser parceiro dela em todas as fases de sua vida, incluindo o período de gestação, sempre brincando na sua fase infantil, acompanhando todas as suas atividades na escola, a protegendo quando houve necessidade e ensinando também a se defender.
E eu me sinto orgulhoso por esse resultado, pois acho sou um vencedor quanto à missão de pai, não sendo apenas protetor, ou educador, mas, além de tudo, um companheiro amigo e fiel, deixando a certeza à minha filha que ela sempre terá em seu pai alguém com quem ela poderá contar por toda a vida, em qualquer situação.
Eu acho que o mundo seria bem melhor, com menos violência inclusive, se todos os pais fossem assim.
Um feliz dia dos pais.
De 12/08/2012

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

O que sempre faltou foi gestão inteligente

Em hoje (12/08/2016) o Estado/SSP/Susepe sem as soluções


Por Antonio Carlos de Holanda Cavalcanti* - 27/06/2010 no Sul21

Trabalho há 30 anos no sistema penitenciário gaúcho, sendo que na primeira década exerci minhas funções no Presídio Central de Porto Alegre (PCPA). Lembro que por volta de 1985, o pessoal da segurança demonstrava apreensão com o número de presos que dava entrada diariamente no presídio.

Já naquela época, conversando com colegas, identificamos que o PCPA recolhia presos não apenas da capital, mas também de várias cidades das redondezas que não possuíam presídios. O problema foi identificado. E a solução era óbvia, qual seja: era preciso construir penitenciárias em Canoas, São Leopoldo, Cachoeirinha, Viamão, Alvorada, Novo Hamburgo, etc. Infelizmente não tínhamos qualquer poder decisório, apenas opinávamos.

Outro problema que identifiquei e que desde o final da década de 90 tenho abordado, até em relatórios da minha primeira fase como corregedor, é o aumento da população carcerária feminina em todas as regiões, que exigia urgência na construção de uma penitenciária na capital e ao menos um presídio feminino em cada região. Mas nada foi feito também em relação a isso e os presídios do interior têm que adaptar espaços, pois a Penitenciária Feminina Madre Pelletier (a única unidade feminina do regime fechado no Estado) não possui condições de recolher mais ninguém e a situação em muitos estabelecimentos do interior é caótica quanto a situação das mulheres presas.

Sabemos que a construção de uma prisão de grande porte é demorada, pois exige uma área extensa, recursos extras, parcerias, empresas com reais condições de construí-las, o que causa uma série de contratempos e demanda tempo. Já uma prisão média, com capacidade entre 150 a 300 presos, custa bem menos, sua manutenção é mais barata, exige menos servidores e equipamentos de menor custo.

Identificado o problema, encontrada a solução, seria necessário estabelecer um plano de ação no sentido de paulatinamente construir mais e menores prisões na Região Metropolitana e assim desafogar o Presídio Central. Mas nada foi feito nesse sentido pelas chefias da época, tampouco pelos que os sucederam. Foram abertas vagas apenas em Charqueadas, insuficientes, como vemos hoje. Diante de tanta omissão e incompetência, era previsível que em certo momento a situação viria à tona e se tornaria caótica.

No interior o problema não é diferente. Em Caxias do Sul a crise é também provocada pelos municípios vizinhos que produzem criminosos às pencas, mas não querem saber de prisões em suas áreas. Farroupilha é um desses exemplos. Se houvesse determinação e um planejamento a longo prazo, Farroupilha contaria com uma penitenciária, assim como Flores da Cunha, São Marcos e outras cidades da região. Se isso fosse feito, não haveria superlotação na Penitenciária Industrial. O mesmo ocorre em Santa Maria, Passo Fundo, Pelotas, Rio Grande e outros municípios.

O que falta é gestão profissional de longo prazo. Não é possível executar um bom trabalho em quatro anos, nem em oito em uma área como a do sistema penitenciário. Contudo, para que isso ocorra, será preciso mudar os critérios de gestão na Superintendência dos Serviços Penitenciários. Não se consegue dar continuidade a nenhum projeto, por mais importante que seja. Cada governo que assume, começa tudo da estaca zero, arquivando tudo o que foi feito até então, não importando se era algo viável, de qualidade, ou não.  O pior é quando aparecem alguns “gênios” que inventam novos projetos totalmente fora da realidade e do que realmente o sistema penitenciário necessita.

Entendo que a SUSEPE deve ter o seu status elevado ao de uma Secretaria de Estado. Um secretário para lidar apenas com o sistema penitenciário. Seria um grande avanço, pois atualmente não passamos de uma vinculada da Secretaria da Segurança Pública, em que o secretário tem que desempenhar a coordenação da Brigada Militar, Polícia Civil e do Instituto-Geral de Perícias, além da SUSEPE, cuja função é bem diferente das outras corporações.

O fato é que o grave problema da superlotação carcerária atualmente em quase todas as prisões do Estado, poderia ter sido evitado se alguns dos gênios que nos comandaram – a maioria promotores de Justiça –  tivessem enxergado o óbvio em termos de soluções e adotado as medidas necessárias. Caso isso acontecesse, hoje não estaríamos em situação tão crítica, tendo que aguentar ainda o baixo nível das reportagens do grupo RBS, que nada acrescentam na busca de soluções. O objetivo dessa imprensa marrom parece ser o de apenas tumultuar o sistema e com isso conseguir manchetes bombásticas às nossas custas.

*Servidor da Susepe. Texto publicado em seu blog

"Seminário Sistema Prisional e Direitos Humano"


Juiz da VEC enviou ofício para a Susepe cobrando projetos

05/03/2011

Reportagens publicadas hoje na imprensa dão conta de que o juiz Sidinei José Brzuska, da Vara de Execuções Criminais (VEC) de Porto Alegre, enviou um ofício para a administração central do sistema penitenciário gaúcho cobrando a divulgação de projetos do novo governo para cinco problemas que elencou como os mais urgentes de serem resolvidos.

Brzuska afirmou que aguardou cinquenta dias da nova gestão de governo, para saber sobre os projetos na área penitenciária. O governo até o momento não divulgou ao público em geral, em detalhes, seus projetos para resolver os problemas mais críticos das prisões do Estado. Assim, o magistrado resolveu solicitar à Susepe uma manifestação por escrito a respeito das providências que pretende adotar em relação a cada item listado por ele.

Os cinco pontos cobrados pelo Juiz:

1. Desde 1995 há uma ordem da Justiça no sentido de que o Presídio Central de Porto Alegre (PCPA) recolha apenas presos provisórios, contudo, devido à carência de vagas na Região Metropolitana, com a necessidade de construir novas penitenciárias de grande porte, ainda não foi possível cumprir a determinação;

2. O grande número de fugas do regime semiaberto, o que aumenta os índices de criminalidade;

3. O uso de celulares por detentos dentro das prisões;

4. O grande número de mortes de presos - a maioria com menos de 40 anos de idade - acometidos por doenças como tuberculose, meningite e aids;

5. A Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (PASC) recolhe os presos mais perigosos do Estado, mas necessita ser reaparelhada, aumentando a fiscalização sobre os presos ali recolhidos.

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

O governador, ou governicho, José Ivo Sartori disse que irá “responsabilizar quem desrespeitar normas civis e militares”.

Quinta-feira em estado de alerta

O governicho cumpre as leis? Pagam os salários públicos/RS? É governo? NÃO.

Diante da pressão de sindicatos do funcionalismo, que orientaram paralisação de serviços públicos hoje em protesto ao atraso dos salários, Entidades da Polícia Civil e da Brigada Militar (BM) lideram a mobilização e reagiram à fala do governador.

O dia de paralisações

segurança
Polícia Civil
-O Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do RS orientou a categoria a manter em atividade só 30% dos servidores nas delegacias do Estado.
-O Sindicato dos Servidores da Polícia Civil pediu aos servidores para paralisarem o trabalho das 6h às 21h e evitarem a circulação de viaturas. A intenção é de que todos os veículos permaneçam nas garagens. Outras medidas incluem o não cumprimento de mandados de prisão e de buscas e apreensão, operações policiais, serviço de cartorário, tomada de depoimentos e remessa de inquéritos. O sindicato orientou que as delegacias de Pronto Atendimento e os demais plantões só atendam aos flagrantes e casos de maior gravidade – homicídios, estupros, ocorrências envolvendo crianças, adolescentes e idosos e Lei Maria da Penha.
-A Associação dos Delegados de Polícia do RS decidiu aderir à paralisação. A recomendação é só realizar serviços com base em flagrantes e ida aos locais de crime – a decisão de fazer ou não o procedimento será tomada pelo delegado envolvido no caso. A operação-padrão começou à meia-noite e irá até as 21h de hoje.
Brigada Militar
-A Abamf, associação dos servidores de nível médio da Brigada Militar (BM), informou que vai manter em atividade apenas o número necessário de policiais militares (PMs) para atender a emergências.
-Por meio de nota, a Associação dos Oficiais da BM defendeu a adoção de 12 medidas durante a paralisação. As principais são:
-Dar folga aos PMs que já cumpriram a carga horária limite, se não houver horas extras disponíveis.
-Só determinar deslocamentos para fora das sedes se houver pagamento antecipado das diárias de viagem.
-Recomendar a desativação das estações de bombeiros que tiverem apenas três militares em serviço por turno.
-Só empregar PMs no policiamento ostensivo se houver equipamento disponível e em situação adequada. Com isso, brigadianos para os quais não haja uniforme e ferramentas em perfeito estado e viaturas com problemas mecânicos ou de documentação não devem deixar os batalhões.
Susepe
- A Susepe informou que vai trabalhar normalmente. Já a Associação dos Monitores e Agentes Penitenciários orientou a categoria a participar da mobilização, reduzindo atividades.
Perícias
-A assessoria de comunicação do Instituto- Geral de Perícias (IGP) do Estado informou que as atividades de todos os setores do órgão vão funcionar normalmente. Ainda segundo o IGP, o atendimento ao público não sofrerá alterações. O sindicato dos peritos defende a operação-padrão.
EDUCAÇÃO
Ensino público estadual
-O Cpers, sindicato dos professores do Estado, vai aderir à paralisação dos servidores da Segurança. A orientação repassada pela entidade às escolas públicas é de que não haja aulas hoje.
-Por meio de comunicado oficial, a Secretaria Estadual da Educação informou que as atividades nos estabelecimentos de ensino da rede estadual não terão alterações hoje. A secretaria orienta que as instituições “permaneçam abertas e em funcionamento normal”. De acordo com a nota, “a redução de períodos traz prejuízos para a comunidade escolar, especialmente para os alunos”. “Para que ocorra a validação do ano letivo, será exigido pela Secretaria da Educação o cumprimento da carga horária mínima estabelecida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional”, finaliza o documento.
Ensino público da Capital
-Segundo a Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre, a paralisação dos servidores da Segurança Pública não envolve o órgão. Portanto, todas as atividades na rede municipal de ensino devem funcionar normalmente hoje.
Ensino privado da Capital
-O Sindicato do Ensino Privado do Estado (Sinepe) afirmou, por meio da assessoria de comunicação, que as escolas particulares de Porto Alegre funcionarão normalmente hoje. O sindicato disse que fez levantamento prévio com 18 instituições da Capital. Todas informaram que vão manter os trabalhos sem alteração na data, mas não vão realizar atividades que possam prejudicar o ano letivo dos alunos que faltarem.
TRANSPORTES
Ônibus
-A Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP) de Porto Alegre garantiu que todas as empresas de ônibus da Capital vão operar normalmente.
-A Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan), seguiu o mesmo discurso, dizendo que os ônibus da Região Metropolitana não vão alterar seus serviços durante a paralisação.
Trensurb
-As operações do trensurb não serão afetadas. De acordo com a empresa, os serviços vão funcionar na integralidade hoje.
COMÉRCIO
-O Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas) orienta que os comerciantes da Capital abram seus estabelecimentos normalmente hoje. Em nota, o sindicato afirma que “apoia a decisão dos trabalhadores de buscarem melhores condições de trabalho e remuneração, e repudia qualquer ato que prejudique a sociedade e que deixe a população sem serviço básico, como o da segurança pública”.
BANCOS
FECHADOS POR LIMINAR
-A Justiça determinou que os bancos de todo o Estado não abram das 6h às 21h de hoje. Agências de Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Banrisul, Banco Safra, Banco HSBC, Itaú Unibanco e Banco Bradesco ficarão fechadas. Em caso de descumprimento, a instituição será multada em R$ 1 milhão. A decisão foi tomada após pedido feito pelo SindBancários e pela Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do Estado (Fetrafi-RS).
SAÚDE E OUTROS SERVIÇOS
Estado
-Por meio de nota, o governo estadual disse que “respeita as manifestações sindicais marcadas para esta quinta-feira (hoje), mas espera que as mesmas ocorram de maneira pacífica e ordenada, sem prejudicar os mais de 11 milhões de gaúchos”. A Secretaria Estadual da Saúde garantiu que todos os serviços nos estabelecimento públicos não sofrerão alterações.
-O presidente da Federação dos Sindicatos de Servidores do Estado (Fessergs), Sérgio Arnoud, disse que a entidade convidou todas as categorias vinculadas a paralisarem suas atividades.
Porto Alegre
-A prefeitura da Capital não determinou alterações nos serviços municipais hoje. A Secretaria Municipal da Saúde reiterou que todos os serviços da área na Capital estarão funcionando normalmente.
Cultura
-A Fundação Iberê Camargo, na Capital, informou que não abrirá hoje devido à paralisação. O local voltará a funcionar normalmente na sexta-feira, das 12h às 19h.
-A apresentação comemorativa aos dois anos da Companhia Municipal de Dança de Porto Alegre, programada para hoje no Theatro São Pedro, foi cancelada porque a paralisação estava gerando “apreensão no público do evento, nos artistas e nos familiares dos estudantes envolvidos”.