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sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Alternativas ao Caos Prisional

Painel RBS reuniu promotor, juiz e secretário da Segurança Pública para discutir soluções às cadeias gaúchas. Déficit de vagas no RS supera 11 mil e, a curto prazo, não há propostas

Possíveis alternativas para amenizar a superlotação carcerária – que chegou ao auge nesta semana quando presos tiveram de ficar detidos dentro de viaturas por falta de vagas no Presídio Central –, diminuir o índice de reincidência e mudar a dinâmica do sistema prisional nos próximos anos foram discutidas ontem no Painel RBS Segurança Já.

Dados do Tribunal de Justiça revelam que 42 a cada cem condenações dadas em Porto Alegre em 2015 foram com réus reincidentes, ou seja, condenados pela segunda vez. Se considerar os presos que passam pelo sistema antes de receber sentença, o índice chega a 70%, afirmam os especialistas. A prática de retornar ao crime é um dos combustíveis para a crise do sistema carcerário do RS, hoje com 11 mil presos além da capacidade.
Mediado pelo editor de Segurança do Grupo RBS e editor-chefe do Diário Gaúcho, Carlos Etchichury, e pelo comentarista da Rádio Gaúcha e colunista de Zero Hora Cláudio Brito, o debate contou com a presença de três convidados: o secretário da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Cezar Schirmer, o juiz da Vara de Execuções Criminais de Porto Alegre Sidinei Brzuska e o procurador de Justiça Gilmar Bortolotto.

O magistrado destacou o caos a que chega o sistema prisional do Estado com exemplo simples. Cerca de 6 mil presos ingressaram no cárcere recentemente. Na avaliação dele, se as prisões continuarem no mesmo ritmo, seria necessário construir um presídio por mês, o que equivale ao investimento de R$ 30 milhões por unidade. Alternativas emergenciais foram tomadas pelo Judiciário ao longo dos anos, mas o principal presídio do Estado continua sendo vulcão prestes a entrar em erupção.
O problema é recorrente e vem aumentando bastante. Como não há dinheiro (para investir), os presídios lotam, e a cena é essa - diz.
Além da superlotação, Bortolotto lembrou que o Estado perdeu força na ordem dos presídios. As galerias são comandadas por facções, da mesma forma como ocorre na rua. Destacou ainda que o preso, quando deixa a unidade prisional, sai endividado com as organizações criminosas e sem alternativa senão a de reingressar para o crime.
Quando colocamos excesso de presos, o espaço do Estado se reduz e as facções é que identificam o espaço prisional como de investimento - avaliou.
Schirmer concordou que o sistema atual de encarceramento está em crise e a atribui ao descaso aos governos anteriores. Prometeu apresentar diagnóstico do sistema prisional em até 30 dias e revelou meta audaciosa. Embora seja necessário o investimento de R$ 10 milhões ainda inexistentes, a promessa da secretaria é deixar o Presídio de Canoas (há 2,4 mil vagas ociosas) pronto até o primeiro semestre de 2017, o que ajudaria a desafogar o sistema.

Os três painelistas foram unânimes num aspecto: a solução compreende o envolvimento da comunidade tanto no cuidado dos presos quanto em alternativas de ressocialização.
A comunidade é fundamental na prevenção e na recuperação não só da segurança pública, mas em tudo que envolve o Estado - disse o secretário.
SCHIRLEI ALVES

Soluções


Novas metodologias para as cadeias
O procurador de Justiça Gilmar Bortolotto sugere que as novas unidades prisionais, como o Presídio de Canoas comecem a atuar com metodologia diferenciada. Os presos ainda não vinculados às facções devem ser separados dos demais. Além disso, a unidade deve promover atividades que ocupem o tempo do preso e oferecer tratamento aos viciados em drogas. Após sair da prisão, o detento também deve ter acompanhamento, com oportunidade de emprego, por exemplo.
A maioria dos presos são dependentes químicos, com baixa instrução e jovens. Os espaços novos não podem levar os métodos velhos, porque o resultado vai ser o mesmo – completou.
Dentro da mudança de metodologia, o procurador sugere a criação das Associações de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac), como ocorre em Nova Lima, em Minas Gerais. O envolvimento da comunidade e o trabalho incentivam a diminuição da reincidência.



Educação e trabalho para reduzir população prisional
O juiz da Vara de Execuções Criminais, Sidinei Brzuska, acredita que a mudança precisa ser pensada a longo prazo. Em pesquisa que fez nas comarcas onde atuou, o magistrado constatou que a maioria dos presos tem baixa escolaridade. Os detentos com curso superior no Presídio Central, por exemplo, correspondem a 0,03% do total.
A chance da pessoa com curso superior ser presa é 67 vezes menor do que aquele que tem Ensino Fundamental incompleto. O preso ingressa no sistema na 5ª série e sai com a mesma escolaridade. Não há meta para aumentar o grau de educação. Ele também chega ao presídio sendo usuário de droga e continua sendo lá dentro.
Para o juiz, o governo precisa criar políticas públicas com o objetivo de manter o aluno na escola o maior tempo possível (na foto acima, presos trabalham em Canoas). Para isso, a escola precisa ser atrativa. Depois, esse aluno precisa ter a garantia do primeiro emprego e conseguir manter-se empregado até, pelo menos, os 25 anos. Na avaliação do magistrado, a estratégia diminuiria a população carcerária.

Falta de vagas em cadeias, presos em viaturas


As consequências do caos provocado pela superlotação nos principais presídios e penitenciárias do Estado, que já afetavam a Polícia Civil, atingiram, agora, o policiamento ostensivo. Das 20h de quarta-feira ao final da tarde de ontem, presos em flagrante permaneciam em viaturas da Brigada Militar (BM) e da Guarda Municipal de Porto Alegre, uma vez que as celas da 2ª e da 3ª Delegacias de Polícia de Pronto Atendimento (DPPAs) estavam lotadas.

Os veículos passaram a noite de quarta-feira, a madrugada, a manhã e a tarde de ontem estacionados junto à 3ª DPPA, na Zona Norte. Na viatura da BM, durante boa parte do tempo, policiais militares do 19° BPM escoltaram dois presos por tráfico de drogas. A dupla, conforme os PMs, estava com maconha e armas na Rua Paulino Azurenha, no bairro Partenon. No meio da tarde de ontem, um deles foi levado para o Presídio Central, a partir da abertura de vaga. O outro, permaneceu no carro. Na viatura da Guarda, dois servidores mantinham um detido por assalto a taxista.

A situação expôs PMs, guardas municipais e os presos a situação de completo improviso e sem qualquer estrutura de cárcere. Uma primeira dupla de policiais ficou cerca de 12 horas no local, até trocar o turno, às 8h de ontem. Os guardas municipais foram substituídos após 10 horas. Os presos, durante o período, puderam usar banheiro e beber água, mas não receberam alimentação. Dez presos lotam as celas da 3ª DPPA.

As celas da 2ª DPPA, no Palácio da Polícia, abrigavam, ontem, 18 presos. O delegado Marco Antônio Souza, responsável pelas delegacias de plantão, diz que há riscos de motim.

Estamos em constante contato com a Susepe tentando dar vazão a alguns presos, colocando-os no sistema penitenciário. A situação é grave - disse.
Um policial da 2ª DPPA, que pediu para não ser identificado, disse que os servidores passam por estresse devido à situação, com presos exigindo remoção mediante ameaças de espancamentos e de mortes dentro das celas.
As madrugadas são verdadeiro inferno. Os presos batem nas grades o tempo inteiro - relatou.
As celas são descritas como “imundas” e “fétidas”.

Dificuldade em abrir vagas é reconhecida pela Susepe

A Superintendências do Serviços Penitenciários (Susepe), por meio da assessoria de imprensa, admite problemas e diz que monitora constantemente a abertura de vagas em presídios e penitenciárias, para a remoção de presos de delegacias. Atualmente, segundo o órgão, mais de cem presos estão nessa condição (o número varia, conforme as vagas vão surgindo).

O Presídio Central, maior prisão do Estado, está interditado para novos presos. A medida é adotada por ordem judicial, desde 1995, a cada vez que a população carcerária atinge 4.650 presos, e o Estado descumpre a determinação de remoção de detentos já condenados. A capacidade é de 1,9 mil homens.

Presidente da Associação dos Delegados de Polícia (Asdep), a delegada Nadine Farias Anflor lembra que a situação de presos em celas de delegacias já dura quase um ano, provocando desvio de função e riscos para os policiais.

De modo geral, policiais acabam tendo de ficar custodiando presos, em vez de atender a população. Sabemos que a Chefia de Polícia está preocupada, mas temos de denunciar para que o Estado tome alguma atitude.
A delegada afirma ainda que, com mais 80 vagas no sistema penitenciário, o problema seria resolvido:
É absurdo o Estado não conseguir uma solução. E a situação só tem piorado.

RENATO DORNELLES


quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Ministro defende mudanças na lei e diz que "Brasil prende muito, e mal"

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse hoje (18) que o Brasil tem critérios ruins para manter presos em regime fechado e defendeu alterações na Lei de Execução Penal que permitam reduzir o número de detentos.


Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil

É uma ideia que eu tinha desde que era secretário de Segurança Pública de São Paulo. Estamos finalizando a ideia”, disse Moraes, após discutir o assunto com a bancada do PSDB no Senado. “É para acabar com uma tradição no Brasil. O Brasil, historicamente, prende muito, mas prende mal. O Brasil prende quantitativamente, mas não prende qualitativamente”, acrescentou.

Pela proposta, que será apresentada em breve pelo governo, os condenados que cometeram crimes menos graves, como furtos sem violência, por exemplo, cumpririam suas penas em regime aberto, com penas alternativas, como de prestação de serviços à comunidade.
Por outro lado, o governo quer dificultar a progressão de pena para aqueles que cometeram crimes violentos ou ligados a organizações criminosas, para que cumpram, no mínimo, "metade da pena em regime fechado”, disse Moraes. Hoje, é necessário o cumprimento de apenas um sexto da pena para que o detento possa solicitar a mudança para um regime prisional mais brando.

Rebeliões

Moraes negou que facções criminosas estejam organizando ações coordenadas em presídios do país, após a ocorrência de rebeliões e fugas de presos em Roraima, Rondônia, no Rio Grande do Sul e em São Paulo nas últimas 48 horas.

Não há, até o momento, nenhuma informação de inteligência nesse sentido”, disse Moraes, que acrescentou ter enviado, nesta terça-feira, uma equipe do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) a Roraima, onde 10 detentos morreram em motim ocorrido no domingo (16).

Ontem (17), o secretário de Segurança Pública de Roraima, Uziel de Castro, disse que a rebelião de domingo na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Boa Vista, foi uma determinação nacional da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), em São Paulo, de atacar os integrantes do Comando Vermelho, grupo criminoso do Rio de Janeiro.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Segundo turno das Eleições 2016

As eleições para Prefeito de Porto Alegre eu acho que o Marquezan vai chegar aos 60%. Será bem fácil, principalmente por que o Maurício já disse que vai com o Marquezan.
Já disseram que o 2º turno não é outra eleição, até por ter menos de um mês até a votação.

Agora (11 de outubro) um jornal com a primeira pesquisa Ibope, o Marquezan está 45% (58% votos válidos) e Melo com 33% (42%).

Marquezan trará mudanças administração. Já o Melo que agora é Vice-Prefeito não fará muitas mudanças.

Temos esperança com o resultado dos eleições, pois, Porto Alegre está com ruas e avenidas e obras ruins já 20 anos.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Governicho Sartori e Feltes são terroristas contra os servidores públicos

Governo não garante 13º em 2016

Pagamento poderá ocorrer somente no ano que vem

O pagamento em dia do 13º do funcionalismo gaúcho não está garantido pelo governo do Estado. Segundo o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, o histórico de parcelamento dos salários e as dificuldades financeiras indicam que a remuneração não ocorrerá até 20 de dezembro.
Seria temerário e, acredito, até irresponsável se disséssemos que teríamos recursos assegurados e garantidos, na medida em que o histórico de atrasos de salários seguramente não induz a percebermos essa possibilidade tão facilmente. 

Sim, denotação.
Para pagamento do 13º de 2015 foi oferecido aos servidores um empréstimo via Banrisul. Feltes ressalta que essa opção parte da diretoria do banco, que tem total autonomia em seus produtos.

Não podemos assegurar que o Banrisul vai oferecer (empréstimo aos servidores). A operação do Banrisul tem autonomia. Os bancos, de modo geral, têm esses produtos.

Crise da Segurança RS

Heliópolis - de campo minado a bairro educador

Em 15 anos, uma das maiores favelas da América Latina, localizada na região sudeste de São Paulo, conseguiu reduzir 87% o número de homicídios. A solução veio da comunidade sob a forma de educação para combater a violência. Heliópolis abre a série de reportagens que o Diário Gaúcho e Zero Hora apresentam, a partir de hoje, com exemplos de comunidades que reduziram assassinatos, roubos de veículos e reincidência de criminosos. São histórias para inspirar Porto Alegre.

Entre as prateleiras de livros da biblioteca, em meio àquela que já foi considerada a segunda maior favela da América Latina não estão as frases de Camões, Drummond ou Machado de Assis. Os pensamentos que estampam cartazes com frases inspiradoras são todos de líderes e pioneiros locais como João Miranda, Genésia Ferreira ou Antônia Cleide. Desde pequenos, os moradores de Heliópolis, dentro do distrito de Sacomã, em São Paulo, são bombardeados com doses de história da própria comunidade para aprender a valorizá-la. E o resultado não poderia ser melhor.

Em 15 anos, a região que já esteve entre as mais violentas da capital paulista, com índice de 56,8 homicídios para cada 100 mil habitantes em 2001 – bem acima dos 49,1 que apresentava a cidade, passou para 7,1 assassinatos para cada 100 mil habitantes – abaixo dos 8,5 da cidade. Percentualmente, a queda nos homicídios chegou a 87% neste período (leia quadro na página ao lado). Fluxo inverso ao que acontece em Porto Alegre. Os índices de homicídios entre os bairros Rubem Berta e Mario Quintana, que têm, somadas, população semelhante a Heliópolis, aumentaram 60% nos últimos cinco anos.

Mais do que repressão ou investigação policial, a mobilização social e a educação foram os principais antídotos – aplicados pela própria comunidade – para frear a violência.

Crianças transitam sem medo nas ruas do local

Entre as ruas e vielas da favela, a todo momento cruzam crianças com uniformes escolares e que se dirigem à sede de algum projeto social. Diferente do atual cenário da periferia de Porto Alegre, onde a presença de meninos nas ruas virou raridade, em Heliópolis as vias são essencialmente musicais. Do rap ao funk no legítimo baile de favela que acontece nas ruas, passando pelo forró, típico em um bairro com maioria de descendentes de nordestinos. Há barulho e “muvuca” o tempo inteiro. Em contrapartida, em dois dias de andanças pela região, nenhuma viatura policial foi vista pela reportagem. Não é à toa que a localidade hoje se orgulha de ser apresentada como “bairro educador”.
É questão de pertencimento. Quando conheci a história de Heliópolis, a luta dessas pessoas, também me senti responsável por cuidar daqui – diz o estudante Douglas Cavalcante Ripardo, 23 anos.

Em 2012, Douglas integrou um grupo de cinco jovens dedicados a desenvolver iniciativas de sustentabilidade em Heliópolis. Era um dos 50 projetos sociais liderados pela União de Núcleos, Associações dos Moradores de Heliópolis e Região (Unas). Hoje, ele é um dos porta-vozes da entidade que agregou as associações e os movimentos sociais de Heliópolis.

Receitas de Heliópolis Saneamento, infraestrutura, educação e oportunidades

A mobilização da comunidade

Assim como em muitos bairros da periferia, Heliópolis tem diversas associações de moradores e movimentos sociais, mas eles decidiram unir forças em nica entidade, que centraliza as reivindicações e organiza projetos para captar recursos e investimentos sociais. O resultado foi a atração de capital público, privado e até estrangeiro para a favela e a garantia de permanência de projetos na localidade, independente dos governos.

A aposta na educação

O conceito é de que tudo passa pelo estudo, e a escola precisa ser formadora de lideranças. Houve entrega dos educadores locais diante da violência que atingia as escolas, literalmente, abrindo portas para a comunidade. Os muros de um colégio foram literalmente derrubados (foto abaixo), abrindo caminho para a construção de um conceito de “bairro educador”.

Investimentos públicos

O município investiu pesado em estruturas de educação e sociais, assim como o governo federal garantiu os recursos para o saneamento a 90% da favela.

Qualificação policial

A derrubada dos homicídios em Heliópolis seguiu o ritmo de todo o estado de São Paulo, com investimentos em melhoria e aumento dos efetivos, investigação qualificada, melhoria no levantamento de dados sobre a criminalidade, policiamento comunitário pleno.

Saneamento, infraestrutura, educação e oportunidades

A redução da violência e o avanço da educação trouxeram como consequência a chegada da infraestrutura à favela. Em 2007, Heliópolis foi beneficiada pelas obras de saneamento do PAC e quase toda a comunidade está pavimentada. Um dos arroios que cortava a região foi canalizado e as famílias que viviam em zona de risco hoje moram nos apartamentos conhecidos como “redondos”, pela forma dos edifícios populares projetados pelo arquiteto Ruy Ohtake.

No final de 2015, a prefeitura inaugurou a iluminação pública com LED – projeto inédito no Brasil – até mesmo nos becos mais estreitos, como resultado de mobilização do movimento de mulheres de Heliópolis. O último levantamento feito pela associação de moradores mostrou que só há três barracos atualmente em toda a favela. Enquanto há 15 anos nem o caminhão de lixo entrava ali. Atualmente, 90% está urbanizada.
Já perdi alguns amigos para o crime, não tinha como não ter contato com o lado errado. Teve um tempo que era melhor dizer, quando saía daqui, que morava em outro lugar. Hoje eu posso dizer que quem entra para o crime é porque querdiz Nívive Ferreira Nascimento, 27 anos.
Moradora de Heliópolis, cursa Publicidade e coordena um projeto piloto do Facebook na favela:
Sinto todos os dias que estou ajudando a evitar mortes.

A localidade foi a escolhida pela empresa para desenvolver empreendedores locais. O resultado disso é uma sala repleta de computadores em meio a uma das vielas. Ali acontecem cursos de aprimoramento no uso de redes sociais para comerciantes locais. Pelo menos 40% dos empreendedores de Heliópolis são jovens.

No ano passado, aconteceu um concurso de desenvolvimento de aplicativos e o grupo vencedor desenvolveu um para buscar serviços de saúde em São Paulo. Uma empresa interessou-se no programa e o desenvolve hoje.


TEXTOS - EDUARDO TORRES / FOTOS - MATEUS BRUXEL

sábado, 8 de outubro de 2016

Olha o governador Sartori...ou é um governicho

Ideias de Beltrame para a segurança

Secretário do RJ esteve em Gramado para evento sobre tecnologia e inovação na área

Apresentado como “o homem que devolveu a sensação de segurança no Rio de Janeiro”, o secretário estadual José Mariano Beltrame foi a principal atração na manhã de ontem no 6º Fórum de Tecnologia e Inovação na Segurança Pública, que ocorre em Gramado. Beltrame desafiou os presentes a explicarem qual é o Plano Nacional de Segurança Pública de forma sucinta, sem recorrer a subterfúgios para dificultar a compreensão pelo povo.
Não há plano nacional. Não venceremos o problema de segurança pública enquanto as causas não forem enfrentadas e resolvidas. São problemas sociais e do crescimento urbano desordenado. Trabalhar a juventude é um dever municipal – resume.
Beltrame lembrou os 60 mil assassinatos que ocorrem por ano no Brasil, conforme divulgado no último Mapa da Violência, e se diz perplexo pela falta de reação.

Na opinião de Beltrame, a origem da crise na segurança pública brasileira teve início em 1998, ainda na elaboração da Constituição.
Naquela época, segurança era sinônimo de autoritarismo e por isso um tema evitado. Hoje, 30 anos depois, é primeiro lugar nos discursos dos candidatos (nas eleições) – aponta.
Natural de Santa Maria, Beltrame foi cogitado mais de uma vez para assumir a Secretaria da Segurança gaúcha. O delegado da Polícia Federal afirma que a primeira medida para enfrentar o momento conturbado é a apresentação de política pública ativa e transparente para a população:
A primeira coisa que se tem de fazer, seja pelo governador ou pelo secretário que chegar, é um diagnóstico e mostrar plano para a sociedade. Mostrar a situação em que a sociedade se encontra, que a situação é difícil, mas que há plano. Quando cheguei no Rio de Janeiro, tínhamos 41 homicídios para cada 100 mil pessoas. Hoje, temos 19. Era muito difícil. Mas apresentamos um plano.
Videomonitoramento para combater crime

A utilização do videomonitoramento a favor da segurança pública foi um dos destaques do fórum. Reconhecimento de placas, de rostos procurados e análises inteligentes de imagens foram apresentadas pela empresas participantes. Em sua palestra, Beltrame opinou sobre o tema e apresentou as centrais privadas de videomonitoramento, aposta em evolução no Rio de Janeiro.

A ideia é baseada no sistema utilizado em Londres, uma das cidades com mais câmeras no mundo. Em parceria com o poder público, associações comerciais e de bairros desenvolveriam sua própria central, ampliando o alcance das imagens.
A polícia será acionada de qualquer forma, mas, em vez do tradicional 190, pode ser feita de maneira digital e com imagens do ocorrido – aponta o secretário do Rio de Janeiro.

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Amapergs recebe o Secretário de Segurança RS Cezar Schirmer

Atendendo a solicitação da SSP, hoje a AMAPERGS-SINDICATO, recebeu o Secretário da Segurança Pública Cesar Schirmer. Neste encontro com a direção do sindicato, o Secretário frisou que o diálogo da AMAPERGS com a SSP será direto e a qualquer tempo, “O presidente ficará com meu celular pessoal e pode ligar sempre que achar necessário. Nosso diálogo deve ser direto e permanente, assumo o compromisso de estar sempre à disposição, mesmo que eventualmente não concordemos em algumas questões” destacou Schirmer.



O Secretário Cezar Schirmer fez questão de informar ainda que em sua equipe está o Agente Penitenciário, ex Superintendente da SUSEPE, Bruno Trindade.

A diretoria da AMAPERGS Sindicato por sua vez, registrou a inconformidade com questões como o parcelamento salarial e a instabilidade com relação ao porte de armas, além de abordar temas como a necessidade de concurso público, precariedade material e quanto o valor insignificante da FGs da SUSEPE. Por solicitação do secretário será encaminhado formalmente pedido de providências sobre importantes questões, como Nível Superior para o cargo de Agente Penitenciário Administrativo, Regulamentação da promoção dos colegas aposentados por acidente de serviço, Reposição Inflacionária da tabela de Subsídios, Insalubridade (Independentemente da ação judicial coletiva que está em curso).

Lembramos também que estamos acompanhando atentamente o cronograma de promoções, e que não aceitaremos protelações: “Pelo que acompanhamos, no início de novembro o processo deverá estar concluído, portanto esperamos e cobraremos que seja publicado tão logo finde este prazo” frisou o presidente do sindicato.

Outro tema que mereceu destaque foi a cobrança da publicação do Decreto Regulamentador do Porte de Armas, cuja proposta foi entregue ao secretário. “A publicação deve ser urgente, pois a recente manifestação da PGE gerou uma grande insegurança e revolta de todos” disse Flávio Berneira. O secretário se comprometeu em responder com celeridade nossos apontamentos. Não esperávamos respostas prontas, apresentamos nossa “lista” e posteriormente vão os pedidos em separado para cada pauta.
Amapergs Sindicato

sábado, 1 de outubro de 2016

Grêmio está muito ruim

O Grêmio agora perdeu contra o Cruzeiro, foi muito mal. O que fica pior são os laterais que nunca cruzam, Luan - como "craque" - é lento e não faz gol, sempre joga para fora. Ele não é craque. No meio-campo não passam bem. Só o Maicon é bem. Com o Luan e sem centroavante não fazem gol. O único melhor é o Everton no ataque.

No primeiro turno o Grêmio chegou entre os primeiros no Brasileirão com Roger como técnico estavam melhor.

Eleição para o Prefeito de Porto Alegre

Vou votar no Marchesan. Esse é o melhor. Mas apesar de bom, tem que ser cobrado como Prefeito para cumprir suas promessas na campanha.

O Melo era Vice-Prefeito, por isso  é do PMDB. Depois só talvez como o Sartori/PMDB, parcelamento dos salários do funcionário municipal. Como vice não fez nada.

Já a Luciana  Genro (é igual PT) e  o Raul Ponte, FORA esse partido.

Os outros eu não conheço.

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Salário em 9 faixas dos salários servidores/RS...Esse é um governicho

Faixas dos salários. E os juros?

30/09 - R$ 500,00 - R$ 150,00 - R$ 160,00

10/10 - R$ 170,00 - R$ 180,00 - R$ 200,00

11/10 - R$ 2.450,000

14/10 - R$ 750,00

14/10 - Saldo

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Esse Sartori e Feltes, um governicho do RS

Mais um parcelamento dos salários do servidores públicos do Rio Grande do Sul: pagamento será nesta sexta-feira, mas o governicho vai anunciar quanto vai pagar na véspera.

Esta será mais um mês de atraso, mas não quanto paga os salários.

O pior governo do RS. Pior que o PT.

sábado, 24 de setembro de 2016

Uso de tornozeleira eletrônica por apenados cresce 55% em seis meses no RS

Uma força-tarefa de agentes penitenciários da Divisão de Monitoramento Eletrônico da Susepe (Superintendência dos Serviços Penitenciários) instalou 225 novas tornozeleiras, entre os dias 1º e 7 deste mês, no Instituto Penal Pio Buck, em Porto Alegre.

A medida ocorre para possibilitar a abertura de novas vagas no regime fechado, mas necessita de autorização do Judiciário para implementação.
Nos últimos seis meses, o sistema de monitoramento georreferenciado teve um acréscimo de 55% de apenados no Rio Grande do Sul, subindo de 1,2 mil monitorados em março para 1.906 na primeira semana de setembro.

STF autoriza tornozeleiras

O Plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) aprovou, no dia 29 de junho de 2016, a Súmula Vinculante 56, determinando que a falta de estabelecimento prisional adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso. A Súmula 56 irá refletir significativamente no aumento da demanda das tornozeleiras eletrônicas no Brasil, sendo que os estados devem adquirir e dispor dos equipamentos a fim de se adequarem à realidade.

Opinião de especialistas

De acordo com o chefe do Monitoramento Eletrônico, Renato Gomes Oliveira, o controle tecnológico permite um maior controle frente ao sistema semiaberto convencional. “O custo é menor ao estado, oferece maior segurança para a sociedade e permite rigidez necessária da medida cautelar imposta”, explicou.
O monitorado em momento algum pode sair dos locais previamente delimitados, como residência, trabalho ou igreja. O custo do aluguel da tornozeleira por preso é de R$ 260 e não é cobrada a manutenção do dispositivo pela empresa. Enquanto isso, uma vaga no semiaberto custa em torno de R$ 2 mil.

Justiça interdita presídio de Osório para presos de outras regiões do RS

Segundo decisão, só podem ser recebidos detentos do Litoral Norte.
Susepe disse ao G1 que acatou decisão e tem 30 dias para remover presos.

Do G1 RS
A Justiça interditou a Penitenciária Modulada de Osório, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, para presos de outras regiões do estado. Com isso, continuam sendo aceitos detentos das comarcas de Mostardas, Palmares do Sul, Capão da Canoa, Tramandaí, Santo Antônio da Patrulha, Terra de Areia e Torres.

A decisão é de segunda-feira (5) e é assinada pelo juiz Juliano Pereira Breda. O magistrado também determinou a remoção de presos excedentes – de outras regiões do estado - em um prazo de 30 dias, a contar do dia 5 de setembro.

A penitenciária tem capacidade para 800 pessoas, mas abriga hoje cerca de 1,5 mil presos. A Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) informou ao G1 que acatou a decisão do Judiciário e que tem 30 dias para fazer as remoções.

sábado, 17 de setembro de 2016

2016: um ano recorde em roubos no Rio Grande do Sul

Escalada da violência fica ainda mais evidente se comparada a 2010

Por: Marcelo Kervalt/ZH


Os seis primeiros meses de 2016 tiveram a maior incidência de roubos desde o início da série histórica, em 2007. A incidência deste crime – caracterizado pelo uso de violência ou ameaça durante a abordagem – foi 20% maior do que no primeiro semestre de 2015.
Até a divulgação dos índices mais recentes, era o ano passado que liderava o ranking histórico de roubos nos primeiros seis meses.
A escalada da violência em 2015 e 2016 fica ainda mais evidente quando comparada com os indicadores de 2010. Nesse caso, o aumento do crime em relação a 2015 foi de 70%, e comparado a este ano, mais do que dobrou, chegando a 105%.
Entre 2008 e 2010, houve sequência de quedas nos assaltos em geral, período em que o comandante-geral da Brigada Militar era o coronel João Carlos Trindade.
O oficial lembra que a mesma diminuição dos roubos foi repetida nos latrocínios, assassinatos e roubos de veículos. Ele dá a receita dos bons resultados:
"Há dois aspectos. Um deles é questão estrutural, pois consegui incluir mais efetivo e veículos. O outro é motivacional" – afima.
O coronel explica que destinava a maior parcela das horas extras aos batalhões que mais diminuíssem a incidência de crimes.
"Havia essa disputa sadia em todo o período e barreiras para tudo quanto é lado. O ladrão tinha medo de andar nas ruas" – avalia.
Contraponto

O que diz o governo do Estado
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirma que a pasta desenvolve ações gerais e pontuais para tentar reduzir os índices de criminalidade como um todo, principalmente os roubos.
"Nesta semana (dia 13) foram chamados no Diário Oficial do Estado 1,2 mil candidatos aprovados em concurso da Brigada Militar e que devem estar nas ruas nos próximos meses. Novos policiais civis também serão convocados em breve."

Espinosa sobre volta ao Grêmio com Renato Portaluppi: "Sonho realizado"

O Grêmio não deve ficar atrás, mas agora e o futuro

Técnico campeão da Libertadores e do Mundo em 1983 será coordenador técnico do clube

Novo técnico do Grêmio, Renato Portaluppi deve ser anunciado neste domingo após o jogo contra o Fluminense ou, no mais tardar, na segunda-feira. Com ele, retorna também Valdir Espinosa, técnico campeão da Libertadores e do Mundial em 1983. Em entrevista ao Sábado Esporte, da Rádio Gaúcha, o ex-técnico confirmou que será coordenador técnico do clube.
ZH

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

‘Lula era o comandante máximo do esquema de corrupção’, diz MPF

O coordenador da força-tarefa da Lava-Jato, Deltan Dallagnol, disse nesta quarta-feira que o ex-presidente Lula era o “comandante máximo do esquema de corrupção identificado na Petrobras durante seu governo."

Hoje o MPF acusa o sr. Luiz Inácio Lula da Silva como o comandante máximo do esquema de corrupção identificado na Lava-Jato - disse Deltan, em Curitiba.
Segundo ele, a conclusão não leva em conta a história do ex-presidente ou da qualidade de seu governo:
O MPF não está julgando aqui quem Lula foi ou é como pessoa. Não estamos julgando quanto o seu governo foi ou não foi bom, o quanto ele fez ou não fez pelo povo brasileiro. O que o Ministério Público faz aqui é imputar a ele a responsabilidade por crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro, em um contexto específico, afirmando qual é a medida de sua responsabilidade com base em evidências - afirmou Deltan.
O procurador disse que a mesma ressalva se aplica ao PT:
Não se julga aqui a adequação de sua visão de mundo, sua ideologia, mas avalia sim se a agremiação se envolveu, por meio de seus diversos prepostos, em crimes específicos. 
Lula, a mulher dele, dona Marisa Letícia, e mais seis pessoas foram denunciadas nesta quarta-feira por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do edifício Solaris, no Guarujá. Também foram denunciados o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, e os ex-diretores da OAS Paulo Gordilho (responsável pela compra de móveis planejados para a cozinha do apartamento), Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Fábio Hori Yonamine e Roberto Moreira Ferreira.
(*) Sob coordenação de Flávio Freire

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

12 de setembro, Dia do Servidor Penitenciário

O melhor que escreveu no Facebook, Leonardo Leiria

"EU HOMENAGEIO A TODOS COM FORTE ABRAÇO E PARABENIZO PELA FORÇA ATENÇÃO E CORAGEM DESTAS MULHERES E HOMENS QUE DEFENDEM A SOCIEDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. E ESCREVEM SEUS NOMES NA GALERIA DE HERÓIS! !!!!!!!!
SARTORI NÃO É IGUAL A NOS. SARTORI NÃO NOS PAGOU O QUINHÃO DE HOJE, HOJE EU ESTOU COM ALTÍSSIMO VALOR NEGATIVO EM MINHA CONTA DO BANRISUL......proponho neste 12 de setembro, para comemora-lo.......UMA MOCAO DE REPÚDIO À SARTORI...............QUE CADA UM DE NÓS ESCREVA NESTE FACE........
..........
........EU REPÚDIO SARTORI!!!!!!!!!!!!!."