As conquistas, como 13.º salário, férias, FGTS, licença maternidade, entre outras, são resultados de muitas lutas entre empregados e patrões, os empregados se organizaram em sindicatos, que é um movimento social, que busca mudanças na estrutura da sociedade para melhorar as condições de vida dos trabalhadores e de todas as pessoas. Se tivéssemos deixado para nossos patrões a obrigação de fazer as mudanças que queremos, estaríamos estagnados, parados no tempo, estaríamos no regime escravagista, seríamos escravos dos patrões.
O Estado deveria dar exemplos de melhorias
na vida dos trabalhadores e ser o guardião das Leis que protegem os mais
fracos, e o que temos assistido aqui no Rio Grande do Sul é o contrário. Este
governo e os deputados que o apóiam, diz ter coragem para fazer as mudanças
necessárias, só que estas atingem sempre os mais fracos, isso é covardia.
Temos, então, um governo covarde. Que com seus ataques e projetos, querem nos
remeter ao um passado que os trabalhadores tinham que se organizar na
clandestinidade, isso é um retrocesso.
Ao invés de avançarmos, retrocederemos.
Nem sempre o que é bom para um estado é bom para o outro. Queremos ser um
estado exemplar , porém o governo nada faz nesse sentido, e pior, copia outros
estados e até mesmo a União. Alega não ter recursos e estar quebrado, no
entanto impede que a sociedade tenha acesso às contas financeiras, diverge
sobre valores com o tribunal de contas. No mínimo, ficamos na dúvida sobre a
verdade. Deixa de atacar os mais fortes, aqueles que sonegam 7 bilhões de reais
ao ano e os que possuem e usufruem das renúncias de impostos na ordem de 15
bilhões de reais ao ano, ou seja só nestes dois itens são 20 bilhões ao ano,
sem contarmos com os juros de uma dívida duvidosa, este mesmo governo diz
que faltam 5 bilhões ao ano para os cofres públicos, é muita hipocrisia.
Estes mais de 20 bilhões de reais anuais
que o nosso estado perde, deveria de ser a pauta diária do governo, dos
deputados e da mídia. Mas o que vemos é mais do mesmo.
Mais do mesmo. Parece que a história se
repete. O que adiantou a venda do Banco Meridional? A extinção da Caixa
Econômica Estadual? Entre outras liquidações. Todos os serviços continuam
piorando, nada melhorou de lá para cá, e o atual governo com estes deputados,
vendidos por poder, e em parceria com a mídia, querem convencer que reduzindo
os salários, o número de servidores, extinguindo fundações de pesquisa,
leiloando a folha de pagamento dos servidores para outro banco, comprometendo
assim a viabilidade do Banrisul, entre outros cortes de investimento, será bom
para o Rio Grande e para a sociedade.
Quem devolve os impostos arrecadados pelo
estado aos contribuintes são os serviços públicos, são os servidores ao prestar
os serviços esperados pela população, isto é o real investimento que a
sociedade espera. Do jeito que está e como este governo e seus deputados estão
fazendo, teremos mais crime, mais violência, mais doentes, mais sofrimento.
A grande maioria, de nossas crianças e
jovens, precisa de escolas públicas e professores felizes para ensinar, o nosso
futuro e presente dependem muito disto. Se continuarmos a aceitar esta política
de governo, vamos encher presídios e hospitais. Só citei um exemplo da
importância dos serviços públicos com qualidade.
Enquanto países desenvolvidos, que vivemos
a idolatrar, investem em pesquisas para novas tecnologias, o nosso governador e
seus deputados querem extinguir fundações de pesquisas e outras de suma
importância para o desenvolvimento social e econômico.
Mas para estes deputados que estão
apoiando o atual governo, parece que quanto pior é melhor.
Fomos todos enganados mais uma vez nas
eleições, mas outras eleições virão, municipais e estaduais, até lá,
informaremos, sem cansar, quem são estes enganadores.
Agora querem calar os sindicatos, que são
um dos poucos movimentos sociais que estão lutando contra esta política de
governo equivocada. Aqueles que apóiam este governo também sofrem e sofrerão
com as conseqüências danosas, cada vez mais terão que se proteger de mosquitos,
doenças, violências, entre outros tantos problemas. As pessoas sofrerão sem
serem selecionadas, seja ela rica ou pobre em patrimônio, seja ela homem ou
mulher, seja ela adulto ou criança, e assim por diante.
Essa ótica economicista, propagada pelos
grandes meios de comunicação e adotada por sucessivos governos, está tomando
conta de todas as opiniões. As questões de ordem social e humana, como amor,
carinho, educação, união, solidariedade, bem estar e outras, são substituídas
pela questão da viabilidade econômica e financeira, o resto é o resto.
Estamos frente a um grande retrocesso aqui
no Rio Grande do Sul. Estão golpeando a nossa jovem democracia. Até quando?
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Nelcir André Varnier
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