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sexta-feira, 4 de março de 2016

Policiais Civis iniciam operação padrão e anunciam lançamento de movimento

Sem salários, sem trabalhar. 

E o Susepe? Operação padrão com parcelamento dos salários.

Mobilização envolverá outras entidades de classe da segurança pública estadual e federal.

O início da operação padrão na Polícia Civil, coordenada pela Ugeirm Sindicato, foi marcado nesta quinta-feira pelo anúncio do lançamento de um movimento na próxima quarta, dia 9, envolvendo as entidades de classe da segurança pública estadual e federal.
Vamos divulgar uma nota contra o desmonte da área pelo governo Sartori”, explicou o presidente da Ugeirm Sindicato, Isaac Ortiz.
De acordo com ele, a mobilização envolve, por exemplo, os policiais federais e policiais rodoviários federais. 
O dirigente lembrou que “a crise na segurança pública estadual tem se refletido também nas áreas de atuação das instituições federais”.
Em relação à operação padrão, Isaac Ortiz assegurou que os policiais civis vão participar de operações somente no horário regulamentar, das 8h30min às 18h. 
O presidente da Ugeirm Sindicato justificou que os agentes têm trabalhado “sem promoções e diárias e horas extras não pagas”, além de serem atingidos pelo parcelamento dos vencimentos e ameaça de perda do direito à paridade e integralidade na aposentadoria conforme proposta de emenda constitucional do governo. “Há muita revolta e indignação”, avaliou o sindicalista. Uma grande marcha da segurança pública também será organizada, mas a data ainda não está definida.
Dentro da operação padrão, os policiais civis pretendem efetuar os flagrantes, cumprimentos de mandados de busca e de prisão e comparecimento nos locais de crimes somente com a presença dos delegados. 
A gente continua os registros e plantões. O que vamos deixar de fazer são operações fora do horário, nas quais já prendemos dezenas de suspeitos e criminosos. Vamos deixar de fazer porque não temos condições psicológicas para participar de uma operação que é complexa, perigosa, exige estar com espírito muito tranquilo”, declarou.
Conforme a Ugeirm Sindicato, a Operação Padrão na Polícia Civil será mantida enquanto ocorrer o parcelamento de salários ou atraso de horas extras e diárias de viagens.
Sobre o movimento deflagrado pela Ugeirm Sindicato, o Chefe da Polícia Civil, delegado Emerson Wendt, afirmou que haverá necessidade de “continuar do trabalho com a reorganização do horário dentro de um planejamento estratégico, principalmente em Porto Alegre e Região Metropolitana”. Ele esclareceu ainda que o orçamento disponível principalmente para horas extras está contemplado.
O chefe da Polícia Civil revelou que os agentes estão sendo contemplados com mais de R$ 1 milhão relativo às horas extras, divididos em janeiro e fevereiro. 
Agora em março esse valor ainda não bem definido, mas supera R$ 600 mil e deve ter essa marca até junho pelo menos”, emendou.
Quando há necessidade as diárias estão sendo contempladas”, destacou, referindo-se às operações desenvolvidas pela instituição. “Estou fazendo uma readequação interna de gestão”, observou, referindo-se ao fato de ter assumido o cargo em fevereiro. Um dos seus objetivos é regularizar a questão do sobre-aviso até o final deste mês. O delegado Emerson Wendt assegurou também que está sempre aberto ao diálogo com a categoria.
Em nota oficial, a Associação dos Delegados de Polícia do Rio Grande do Sul (Asdep-RS) manifestou “preocupação pela instabilidade financeira quem vem sendo infligida aos servidores em geral e, especialmente aos policiais civis, com os constantes atrasos no pagamento de seus subsídios”. Segundo a entidade, a culpa pela situação financeira estadual “não pode ser atribuída aos servidores públicos”.
No entanto, a Asdep-RS decidiu não adotar “medidas mais contundentes” devido à “situação alarmante por que passa a segurança pública”. A nota, assinada pela presidente da entidade, delegada Nadine Anflor, adverte que “a categoria está trabalhando no limite de suas capacidades e não sabe até quando será possível manter o esforço pessoal de cada policial no combate à criminalidade

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