Powered By Blogger

sábado, 22 de outubro de 2016

Sistema prisional do RS chegou ao fundo do poço, admite Cezar Schirmer

Secretário estadual da segurança prevê criação de cerca de 3 mil vagas até julho de 2017

Cezar Schirmer durante entrevista à Rádio Guaíba |
Foto: Lucas Rivas / Especial / Rádio Guaíba / CP
Com a retenção de presos em viaturas por falta de vagas em presídios e delegacias, o secretário estadual da Segurança Pública, Cezar Schirmer, admitiu nesta sexta-feira, em entrevista à Rádio Guaíba, que o sistema carcerário gaúcho está em colapso. Ele reconheceu a gravidade do problema e lamentou. “Todo o sistema prisional está em colapso no Rio Grande do Sul. Isto não é novo, isso vem acontecendo e se agravando nos últimos 20 e 30 anos, mas agora nós chegamos ao fundo do poço”, reconheceu.
De forma emergencial, Cezar Schirmer informou, durante o programa A Cidade É Sua, que um comitê foi criado com integrantes do governo e Judiciário para traçar um “diagnóstico” do sistema prisional. O decreto autorizando a criação do grupo de trabalho foi publicado nessa quinta-feira no Diário Oficial.
Em meio a falta de vagas em presídios, Schirmer foi categórico ao afirmar que os presos não podem ficar custodiados em viaturas, tampouco em carceragens da Polícia Civil. “Não é papel das delegacias de polícia se transformar em presídios. Isso é rigorosamente inaceitável”, admite.
De acordo com o secretário, o problema pode ter se agravado ainda mais em função do elevado número de prisões realizadas pelas polícias gaúchas. Em 20 meses, segundo Schirmer, mais de seis mil prisões foram realizadas, acarretando também na superlotação das cadeias, sobretudo na região Metropolitana. Cezar Schirmer reafirmou que o problema na área da segurança pública é tratado com primazia pelo Executivo. “A prioridade número um é de enfrentar a realidade do sistema prisional”, frisa.
Com vários presídios interditados, o secretário confirmou que dois centros de triagem serão construídos nos próximos meses. Além disso, reiterou a liberação do Presídio Feminino de Lajeado, em fim de novembro, assim como abertura total do complexo prisional de Canoas, no início de 2017. Com 80% das obras concluídas, os trabalhos na penitenciária de Guaíba também serão retomados para desafogar o sistema. “Ate julho do ano que vem, se tudo der certo, nós vamos ter no de 3 mil a 3,5 mil vagas novas no sistema prisional do Rio Grande do Sul. Estou falando do mínimo dos mínimos”, frisou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário