Para o organizador do livro 'Que conta é essa? O sistema tributário das desigualdades', proposta que tramita no Congresso é tímida.
A tributação no
Brasil é injusta e complexa. A reforma em discussão no Congresso Nacional,
contudo, não traz as soluções necessárias para a desigualdade no País. É o que
pensa o auditor fiscal e cientista político Victor Lins, organizador do livro
“Que conta é essa? O sistema tributário das desigualdades”, lançado pela
editora Insular.
A proposta de reforma
tributária, afirma, é tímida. Por duas razões: “Uma porque falta ousadia para
resolver o principal problema econômico do País, que é a grave desigualdade. A
segunda é que ela faz uma simplificação parcial, e não completa do sistema”,
afirma, em entrevista a CartaCapital. “Portanto, nem faz justiça e não torna o
sistema tão simples assim.”
Para ele, no conjunto
da obra, o Brasil é um “paraíso fiscal” para os endinheirados, "em especial
àqueles ligados aos setores bancário e ruralista.”
“Na hora do retorno,
40% do orçamento federal vai para os bancos e muito pouco chega para o povo”,
diz. “Para resumir, em uma frase dita por algum político: a gente precisa
colocar o pobre no orçamento e o rico no imposto de renda.”
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