Sindicato entregou terça-feira (11) as exigências aprovadas por mais de 800 servidores
Categoria decidiu, por unanimidade, decretar "estado de greve"Divulgação / Amapergs Sindicato
Os
servidores penitenciários do RS decidiram, por unanimidade, decretar "estado
de greve". Conforme deliberado em assembleia da categoria
realizada nesta terça-feira (11) pela manhã, o Sindicato dos Servidores
Penitenciários do Estado do Rio Grande do Sul (Amapergs Sindicato) entregou ao
governo estadual as exigências aprovadas pelos servidores, com prazo até final
de janeiro para atendimento das solicitações. De acordo com o sindicato, se o
Executivo não ceder, uma greve será desencadeada.
Na
tarde desta terça, os servidores fizeram dois atos, no Centro Administrativo
Fernando Ferrari (CAFF) e em frente ao Palácio Piratini. No CAFF, por volta das 14h,
a Amapergs Sindicato entregou ao secretário da Secretaria de Justiça e Sistemas
Penal e Socioeducativo (SJSPS), Mauro Hauschild, as deliberações. A entidade
representa mais de sete mil servidores penitenciários que atuam em 150 casas
prisionais em todo o RS.
"O governo Eduardo Leite precisa ter essa sensibilidade. O sistema prisional, os servidores, estão no limite e a greve é iminente. O governo precisa ceder para que o pior não ocorra" — ressaltou o presidente da Amapergs Sindicato, Saulo Felipe Basso dos Santos.
Mais
de 800 servidores penitenciários aprovaram uma série de exigências:
· Substituição
do atual superintendente da Superintendência dos Serviços Penitenciários
(Susepe), José Giovani Rodrigues;
· Publicação
das promoções dos servidores penitenciários até o final do mês. Em dezembro de
2021, o governo do Estado permitiu o avanço nas carreiras, por antiguidade e
merecimento, de 2.162 servidores da Brigada Militar, da Polícia Civil, do Corpo
de Bombeiros Militar e do Instituto-Geral de Perícias. Apenas os servidores
penitenciários ficaram de fora — fato que causou revolta na categoria, que
agora ameaça parar as casas prisionais no Estado;
· Responsabilização
da Susepe e SJSPS por descumprimento do decreto que obriga a publicação das
promoções;
· Manutenção
da carga horária de trabalho sem qualquer alteração, contra mudanças.
· Índice
de reposição inflacionária salarial igual ao que for concedido às demais forças
da Segurança Pública do Estado, como Brigada Militar e Polícia Civil;
· Agilização
na regulamentação da Polícia Penal, que transforma servidores penitenciários em
policiais penais. Após aprovação de emenda constitucional pelo Congresso em
2019, os servidores serão equiparados às demais polícias, sem acréscimo
salarial, podendo realizar boletim de ocorrência, termo circunstanciado e
operações de busca e recaptura. Além disso, receberão armamento do Estado. No
entanto, a emenda precisa ser regulamentada pelos Estados, e, de acordo com a
Amapergs, o RS é um dos mais atrasados no processo. O Palácio Piratini enviou à
Assembleia Legislativa o texto que regulamenta a Polícia Penal em junho de
2021.
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