Imagem do Presídio Feminino de Lajeado foi utilizada no lançamento da candidatura de José Ivo Sartori
O vídeo 
produzido pela pré-campanha do MDB e apresentado na convenção do 
partido, realizada no domingo em Porto Alegre, reverberou na Assembleia 
Legislativa. Na tarde de ontem, o deputado estadual Enio Bacci (PDT) 
cobrou que o governador do Estado peça desculpas para a comunidade de 
Lajeado. Trecho do vídeo dá a entender que a construção do Presídio 
Feminino é uma obra do Executivo estadual. 
"No sistema prisional, Sartori concluiu o moderno complexo de Canoas, para quase três mil apenados, e iniciou a construção do presídio de Bento Gonçalves. Lajeado ganhou um presídio feminino e reformas revitalizaram as unidades de Santiago e Camaquã", diz a narração.
Bacci
 destaca que a construção não teve nenhum dinheiro público. 
"A duras penas, com muito trabalho e suor, o presídio foi construído."
Segundo 
ele, foi preciso que o Judiciário pressionasse o governo para que o 
Presídio Feminino entrasse em funcionamento. Bacci frisa que os 
responsáveis pela obra foram o líder comunitário Léo Katz e o juiz Luís 
Antônio de Abreu Johnson.
Procurada pela equipe de O Informativo do Vale, a assessoria de imprensa do MDB respondeu que o vídeo era para exibição exclusiva na convenção partidária. Em nota, o partido diz que "a construção do Presídio Feminino de Lajeado, com capacidade para 84 vagas, é uma iniciativa louvável da comunidade local, do Poder Judiciário e da prefeitura.
Procurada pela equipe de O Informativo do Vale, a assessoria de imprensa do MDB respondeu que o vídeo era para exibição exclusiva na convenção partidária. Em nota, o partido diz que "a construção do Presídio Feminino de Lajeado, com capacidade para 84 vagas, é uma iniciativa louvável da comunidade local, do Poder Judiciário e da prefeitura.
"Na resposta, o MDB frisa que cabe ao Estado a manutenção da casa prisional, o que inclui a cobertura das despesas e a disponibilização de pessoal para sua administração. A legenda ressalta que não consta no vídeo que o governo do Estado construiu o presídio, mas que a cidade ganhou a unidade".
Em 
notícia publicada no blog do jornalista Felipe Vieira, o diretor do Foro
 da Comarca de Lajeado, juiz Luís Antônio de Abreu Johnson, disse ter 
sido pego de surpresa com o vídeo e que a comunidade de Lajeado e do 
Vale do Taquari construiu e entregou ao Estado o presídio. Ele afirmou 
que espera que Sartori e o secretário de Segurança, Cezar Schirmer, 
determinem a retirada da veiculação desta parte do vídeo.
Relembre o caso
O projeto
 da ala feminina do Presídio Estadual de Lajeado iniciou-se em 2012, com
 uma promessa de contrapartida do Estado de 60% do valor. Diante da 
demora do governo em repassar qualquer tipo de recurso ou confirmar o 
aporte, a obra saiu do papel em março de 2015, quando as lideranças e 
autoridades regionais decidiram fazer a construção sem intervenção do 
Estado.
Com verbas da Prefeitura de Lajeado, Judiciário de Lajeado, Estrela e Teutônia, e doações da comunidade, foram investidos cerca de R$ 900 mil na construção do presídio feminino e do novo albergue masculino.
A estrutura foi entregue pela comunidade ao governo do Estado no dia 25 de novembro de 2016 e, na ocasião, a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) prometeu que a ocupação da casa prisional começaria em até duas semanas, já que dependia apenas da oficialização de transferência dos agentes para trabalhar no local. Porém, as primeiras detentas foram recebidas apenas em janeiro de 2017, depois de uma decisão judicial em que era determinada a ocupação do estabelecimento em até 72 horas.
Com verbas da Prefeitura de Lajeado, Judiciário de Lajeado, Estrela e Teutônia, e doações da comunidade, foram investidos cerca de R$ 900 mil na construção do presídio feminino e do novo albergue masculino.
A estrutura foi entregue pela comunidade ao governo do Estado no dia 25 de novembro de 2016 e, na ocasião, a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) prometeu que a ocupação da casa prisional começaria em até duas semanas, já que dependia apenas da oficialização de transferência dos agentes para trabalhar no local. Porém, as primeiras detentas foram recebidas apenas em janeiro de 2017, depois de uma decisão judicial em que era determinada a ocupação do estabelecimento em até 72 horas.
