Estruturas têm capacidade de abrigar 32 presos, evitando que fiquem em viaturas
Foto: Rodrigo Ziebell |
As duas contêineres-celas instalados no Instituto Penal de Novo
Hamburgo entram em operação a partir desta quinta-feira, após terem sido
instalados há seis meses. Eles podem abrigar até 32 presos enquanto
aguardam vagas no sistema penitenciário. Atualmente os presos ficam recolhidos
nas celas das Delegacias de Polícia de Pronto Atendimento (DPPAs) de Novo
Hamburgo e São Leopoldo ou nas viaturas da Brigada Militar estacionadas nos
dois locais.
O
secretário adjunto da Segurança Pública do Estado, Marcelo Gomes Frota,
explicou que a guarda externa será realizada em um primeiro momento pela tropa
da Força Gaúcha de Pronta Resposta e depois pelos policiais militares da
reserva remunerada vinculados ao Programa Mais Efetivo, que serão chamados e
receberam instrução de atualização. Ele observou que o período estimado para
essa transição é de aproximadamente duas semanas. “À Superintendência dos
Serviços Penitenciários caberá o manuseio com os presos que forem destinados ao
espaço, além de atendimento médico, refeições, trâmite administrativo de
recepção e de encaminhamento dos custodiados para as vagas no sistema
prisional”, esclareceu.
Frota
acredita que se trata de mais uma medida para amenizar o problema. “Os
contêineres-celas oferecem uma melhor condição aos presos se comparada à
situação de custódia nas viaturas e delegacias. Outra vantagem é que demandará
um número menor de policiais na custódia, permitindo que sejam empregados na
sua atividade fim, ou seja, o policiamento ostensivo”, ressaltou o secretário.
Os
contêineres-celas são feitos de aço e possuem 6 metros de comprimento por 2,44
metros de largura e 2,60 metros de altura. A estrutura foi modificada e cada
unidade possui bancos de madeira maciça, divisória interna para sanitário,
grades antivandalismo, iluminação, ar-condicionado e sistema de água e esgoto.
O equipamento foi orçado em cerca de R$ 70 mil, tendo o seu valor custeado pela
Vara de Execuções Criminais de Novo Hamburgo, com recursos oriundos de
transações penais.