fevereiro 15, 2023 https://mariomarcos.wordpress.com/
Fiz um pequeno texto nessa terça-feira, nas redes sociais, de alerta sobre os perigos representados pela invasão de empresas de apostas no Brasil, especialmente no futebol.
Elas começam a dominar programas
esportivos, clubes de futebol, espaços comerciais – que, perigosamente, se
misturam aos jornalísticos. Estão por tudo, distribuindo muito dinheiro.
E onde circula dinheiro fácil, vocês
sabem, é um campo fértil para corrupção – como o futebol italiano e outros
descobriram há bem pouco tempo.
Pois bem, no final do mesmo dia em
que fiz a nota, casualmente, estourou um escândalo no futebol de Goiás
envolvendo apostas suspeitas em três jogos da Série B.
O Ministério Público investigou e já
tem nomes envolvidos. Jogadores recebiam 150 mil reais para provocar pênaltis,
por exemplo (tudo pode ser apostado, do número de faltas ao de escanteios). Os
nomes não foram divulgados ainda, mas os promotores já chegaram aos corruptos e
corruptores.
Os vigaristas das apostas agem assim
– e, muitas vezes, as próprias empresas são vítimas. Não tentam a corrupção nos
grandes jogos, nos clássicos, mas naqueles menos badalados, sem uma grande
atenção da imprensa.
Só são flagrados quando alguém
desconfia dos valores envolvidos ou de um lance incomum. Neste caso de Goiás
foi um pênalti, que despertou a desconfiança de um dirigente.
O perigo não está apenas nas
empresas, mas no mundo que se forma em volta delas.
Preparem-se: vem mais por aí.