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sexta-feira, 7 de julho de 2017

No Estado/RS já no 3º ano, o governador Sartori é um governicho

Assembleia aprova fim da licença-prêmio

Proposta do Executivo, analisada ontem, transforma o benefício em licença-capacitação. Texto ainda passará por duas votações na Assembleia

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A base do governo aprovou, ontem, duas propostas de emenda à Constituição (PEC) do pacote de ajuste financeiro proposto pelo Piratini no ano passado. Passaram pelo crivo dos deputados a PEC 261/2016, que acaba com tempo fictício para benefícios a servidores, e a PEC 242/2015, que transforma a licença-prêmio em licença-capacitação. Os textos terão de ser votadas mais uma vez na Casa.

A PEC 261/2016, que teve pleito adiado por mais de seis meses, prevê o fim o uso de tempo fictício de trabalho no serviço público estadual para a concessão de benefícios a servidores. O texto passou com 36 votos a 18. O governo só conseguiu aprovar a medida após apresentar emenda definindo que apenas novos funcionários serão atingidos pela regra. A alteração acalmou os ânimos dos partidos independentes, que não garantiam os votos necessários para a aprovação da proposta. O Piratini prometeu “melhorar” o texto nos próximos meses, deixando a questão mais clara por meio de nova proposta.

"Sempre que for necessário, faremos alterações nas matérias do governo, desde que não atinjam ou anulem o mérito principal das ações que é modernizar estrutura pública do Estado" – relatou o líder de Sartori na Assembleia, deputado Gabriel Souza (PMDB).
A aprovação do texto foi criticada pela oposição, que acusa o Piratini de culpar o servidor público e as estruturas públicas pela crise financeira do Estado. O deputado Pedro Ruas (PSOL) sugere que o Executivo apresente outras formas de conter o déficit nas contas:
"O governo não apresenta nenhum projeto para combater a sonegação ou para diminuir os benefícios fiscais concedidos."
A outra PEC polêmica da ordem do dia, que acaba com a licença-prêmio, foi aprovada com 35 votos favoráveis e 16 contrários. O texto transforma o benefício em licença-capacitação. A medida valerá apenas para servidores que forem nomeados a partir de sua promulgação, o que não tem data prevista para ocorrer.

LDO é admitido com 33 votos favoráveis

Os parlamentares governistas também conseguiram garantir a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2018. O projeto passou pelo crivo dos deputados, com 33 votos a favor e 12 contra. Esse foi o último texto aprovado ontem. Para 2018, o governo fechou acordo com outros poderes para congelar os gatos.

Nas sessões de ontem, também foram aprovados os projetos que concluem a separação do Corpo de Bombeiros da Brigada Militar (BM) e a matéria que estabelece a possibilidade de celebração de convênios entre a Assembleia Legislativa e entidades mantenedoras de rádios comunitárias. Os deputados devem retomar votações na próxima terça-feira.

MATEUS FERRAZ/ZH
PRINCIPAIS PONTOS
PEC 261/2016 - TEMPO FICTÍCIO
A Acaba com o tempo fictício — artifício que permite a contagem dos anos trabalhados em outras esferas do poder público para obtenção de vantagens na carreira — de trabalho no serviço público estadual para a concessão de benefícios a servidores. A aprovação da emenda definiu que apenas novos funcionários serão atingidos pela medida. A mudança não afeta diretamente a aposentadoria dos servidores.
A O tempo de contribuição para o INSS ou para outras instituições previdenciárias públicas continuará valendo. Mas, o Piratini criou um dispositivo para evitar que licenças-prêmio não retiradas possam ser indenizadas. Atualmente, o Estado já não paga nessa situação. O benefício é adquirido judicialmente.
PEC 242/2015 - LICENÇA-PRÊMIO
-Transforma a licença-prêmio em licença-capacitação. Matéria prevê que os trabalhadores do Executivo terão folga de três meses a cada cinco anos trabalhados, desde que comprovem a realização de cursos de qualificação. Medida valerá apenas para servidores que forem nomeados a partir de sua promulgação. PEC também prevê que as licenças não retiradas perderão a validade em três anos.
A O servidor não será indenizado caso não peça formalmente a folga remunerada de três meses. Caso ele faça a solicitação, indicando qual curso pretende fazer, e não receba resposta do Estado em três anos, será indenizado com o valor do salário. No entanto, não poderá mais usar o tempo de licença não utilizado para poder se aposentar antes do previsto.
PL 78/2017 - LDO
- Estabelece os critérios para o exercício econômico-financeiro do Estado, prevendo as prioridades e as metas para a administração pública no ano vigente. Para 2018, o governo fechou acordo para congelar os gastos.
A Conforme o texto, os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública terão de manter o valor destinado ao custeio com despesa pessoal e encargos sociais nos patamares de 2017 e a correção de 3%.

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