O
Presídio Central de Porto Alegre serve de ponto de partida para a produção, que
realizou uma radiografia do sistema prisional
Tatiana Sager e Renato Dornelles, diretores do documentário ‘Central’ |
Um dos maiores sucessos de
bilheteria entre as produções gaúchas na última década, o longa-metragem
“Central - O poder das facções no maior presídio do Brasil” já foi visto
gratuitamente por mais de 300 mil pessoas na internet, em pouco menos de dois
meses. O longa-metragem usa como ponto de partida o Presídio Central de Porto
Alegre para traçar uma radiografia da crise no sistema prisional. A produção
foi inspirada no livro “Falange Gaúcha - A História do Crime Organizado no RS”,
de Renato Dornelles. Dirigido por Tatiana Sager e codirigido por Renato
Dornelles, o filme está disponível no canal Falange TV, no YouTube, desde
dezembro.
https://www.youtube.com/watch?reload=9&v=7lbSBVpo9JA
Em 2017, a produção foi aclamada pela crítica
especializada e atingiu a marca de terceiro documentário mais assistido nos
cinemas em todo o país, ficando atrás apenas de “Divinas Divas”, de Leandra
Leal, e “Axé: Canto do Povo de Algum Lugar”, de Chico Kertész. O documentário
também traz o olhar dos próprios presos. Com câmeras nas mãos, os detentos
captaram imagens diretamente nas galerias onde cumprem suas penas.
Superlotação, falta de infraestrutura, má alimentação e uso de drogas fazem
parte da rotina.
A partir de depoimentos de policiais militares,
familiares, presos, o sociólogo Marcos Rolim e autoridades - como o juiz
Sidinei Brzuska, da Vara de Execuções Criminais de Porto Alegre, e o promotor
de Justiça Gilmar Bortolotto - o filme desnuda as diversas faces de uma mesma
história, procurando expressar a autenticidade de um mundo marginalizado. Mas
que está absolutamente integrado à estrutura social e afeta, de forma mais
inquietante, os familiares dos presos. No ar desde julho de 2020, o canal no
YouTube Falange TV tem como objetivo abrir espaço para o debate e entrevistas
sobre temas ligados aos Direitos Humanos.
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