Fuga ocorreu em janeiro de 2019 e teria sido facilitada por servidores. Secretaria de Justiça e Sistema Penal do RS pediu acesso às investigações para apurar participação de agentes. Cinco dos nove seguem trabalhando na unidade, diz delegado.
Nove
agentes penitenciários foram indiciados pela Polícia Civil por corrupção ao
supostamente facilitarem
a fuga de presos na Penitenciária Regional de Passo Fundo, no Norte do Rio Grande do Sul. O caso
ocorreu em janeiro de 2019, quando 17 apenados
deixaram a unidade após uma caminhonete derrubar o
portão da cadeia.
O
secretário de Justiça e Sistema Penal do RS, Mauro Hauschild, afirmou que soube
do resultado dos fatos pela reportagem da RBS TV. O titular
da pasta disse que vai solicitar cópia do inquérito à polícia para a possível
tomada de providências.
Ao
todo, 55 presos
foram indiciados por participação no esquema. A Polícia
Civil pediu autorização judicial para cumprir 12 mandados de busca e 21 de prisão. O Ministério Público deu parecer
favorável, mas o Poder Judiciário negou a solicitação.
Por
meio da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do RS, a juíza Mônica
Marques Giordani afirmou que a decisão foi fundamentada e que não pode se
manifestar devido ao sigilo do processo.
Segundo
a Polícia Civil, cinco dos
nove agentes indiciados seguem trabalhando no
presídio.
Nove
agentes penitenciários foram indiciados pela Polícia Civil por corrupção ao
supostamente facilitarem
a fuga de presos na Penitenciária Regional de Passo Fundo, no Norte do Rio Grande do Sul. O caso
ocorreu em janeiro de 2019, quando 17 apenados
deixaram a unidade após uma caminhonete derrubar o
portão da cadeia.
O
secretário de Justiça e Sistema Penal do RS, Mauro Hauschild, afirmou que soube
do resultado dos fatos pela reportagem da RBS
TV. O titular da pasta disse que vai solicitar cópia do
inquérito à polícia para a possível tomada de providências.
Ao
todo, 55 presos
foram indiciados por participação no esquema. A Polícia
Civil pediu autorização judicial para cumprir 12
mandados de busca e 21
de prisão. O Ministério Público deu parecer favorável, mas o
Poder Judiciário negou a solicitação.
Por
meio da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do RS, a juíza Mônica
Marques Giordani afirmou que a decisão foi fundamentada e que não pode se
manifestar devido ao sigilo do processo.
Segundo
a Polícia Civil, cinco dos
nove agentes indiciados seguem trabalhando no
presídio.
Investigação
O RBS Notícias, da RBS TV, obteve
acesso exclusivo aos detalhes da investigação policial. Segundo o inquérito,
até senhas para acessar a internet no presídio eram negociadas com os apenados.
Foram dois anos e meio de apuração. A Polícia Civil
concluiu que houve facilitação na fuga dos 17 presos.
"Nós verificamos através das câmeras de segurança da Susepe que não havia ninguém no local olhando as câmeras. Porque os presos colocaram um pano em uma das câmeras que tinha no telhado e aquele pano ficou mais de 30 minutos", diz o delegado Diogo Ferreira, titular da Delegacia de Polícia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas.
O
delegado afirma que houve facilitação também em outra fuga, ocorrida em 2018.
De acordo com a polícia, havia venda de privilégios
dentro da cadeia, como a RBS
TV mostrou na época.
Áudios
gravados por presos relatavam o pagamento de até R$ 10 mil para transferências
da triagem para o alojamento, considerado mais confortável.
"Uma vaga para chegar até o alojamento lá custava em torno de R$ 2 mil, R$ 5 mil", diz um dos presos em gravação.
Para a
investigação, os presos detinham o controle sobre as decisões internas da
rotina do presídio. A cantina da cadeia era a porta de entrada de drogas e
armas.
O local
ainda vendia produtos com valo bem acima do mercado, como um litro de
refrigerante custando R$ 40. Segundo a delegacia, o espaço movimentava milhares
de reais por mês. A venda de privilégios incluía também a comercialização de
camas e até senhas para acessar a rede de internet da penitenciária.
"Era uma organização criminosa ali dentro. Tanto composta de agentes prisionais como de presos e visando lucro", afirma o delegado Diogo Ferreira.
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