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terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Após gesto que remete ao nazismo, Musk anuncia apoio à extrema direita na Alemanha

Musk pediu aos extremistas da AfD que deixassem o excesso de "culpa pelo passado" em referência ao Holocausto nazista

Por Brasil de Fato

O bilionário conservador Elon Musk, dono da rede social X, participou no sábado (25) de um evento de campanha do partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD), que tem  Alice Weidel como candidata ao cargo de primeira-ministra.

Com discurso hostil aos migrantes, esse partido ocupa o segundo lugar nas pesquisas para as eleições legislativas de 23 de fevereiro, com 20%, atrás dos conservadores do partido Democratas Cristãos (CDU), que têm cerca de 30% das intenções de voto.

Integrante do novo governo de Donald Trump nos EUA, Musk pediu aos extremistas da AfD que deixassem o excesso de “culpa pelo passado”, “pelos pecados de seu bisavós”, argumento utilizado pela extrema direita para retomar o ultranacionalismo em um país com histórico nazista. “É muito importante que as pessoas na Alemanha tenham orgulho de serem alemãs”, enfatizou o empresário em fala transmitida por um telão para uma plateia de 4.500 apoiadores de Waidel em Halle.

Enquanto Musk declarava seu apoio à AfD, dezenas de milhares de alemães se reuniram no sábado contra a extrema direita antes das eleições legislativas.

As maiores concentrações ocorreram em Berlim e Colônia, e a polícia revisou os números de comparecimento para 35 mil e 40 mil, respectivamente. Os organizadores em Berlim afirmaram que 100 mil pessoas participaram dos protestos na capital.

Os protestos anti-AfD ocorreram em cerca de 60 cidades, seguindo os apelos de uma variedade de organizações, atraindo mais pessoas do que a polícia esperava inicialmente.

As manifestações transcorreram de forma pacífica, com faixas dizendo “Fora nazistas” ou “AfD não é uma alternativa”, uma referência ao nome completo do partido de extrema direita “Alternativa para a Alemanha”.

O candidato Friedrich Merz, da CDU,  que lidera as pesquisas também foi alvo de críticas. Muitos manifestantes temem que ele esteja tentado quebrar a política de seu partido de se recusar a fazer uma aliança com extrema-direita para formar governo.

O apoio de Musk ao partido de extrema direita na Alemanha, ocorre em um momento em que Musk é alvo de muitas críticas após realizar duas vezes um gesto, que remete à saudação “fascista” ou “nazista”, durante a posse de Donald Trump na noite de segunda-feira.

Assim como Trump, o AfD se opõe à imigração, nega a mudança climática, é contra a política de gênero e declarou guerra ao establishment político e à grande mídia que, segundo ele, limita a liberdade de expressão.

A fábrica da Telsa em Berlim, capital da Alemanha também foi alvo de protestos contra Musk na quarta-feira (22). O gesto similar ao dos seguidores de Adolf Hitler foi projetado na fachada da empresa automotiva fundada pelo bilionário, pelas organizações alemã Zentrum für Politische Schönheit (Centro para a Beleza Política) e britânica Led By Donkeys (Liderados por Burros, em tradução livre).

Grupo reproduz gesto de Musk em Catanduva

Musk respondeu as acusações e afirmou no X que “ataques do tipo ‘todo mundo é Hitler’ estão desgastados”. O gesto tem encorajado manifestações com referência ao nazismo mundo afora. Em Catanduva, interior de São Paulo um grupo de 10 homens brancos, publicou um vídeo em que aparecem reproduzindo o gesto feito por Musk com referência ao nazismo.

Ao som de Amerika, música do grupo alemão de metal Rammstein, o grupo de catanduvenses repete o gesto, com o braço para frente e a mão espalmada, saudação usada durante o regime de Adolf Hitler.

O gesto de Musk aconteceu na segunda-feira (20)., após o empresário ressaltar que a posse de Trump “marcou um ponto de virada para a civilização humana” e expressar sua empolgação com os planos de pousar uma missão tripulada em Marte durante o segundo mandato do republicano .

Por duas vezes, Musk bateu com a mão direita no peito, com os dedos abertos, e estendeu o braço direito em uma diagonal para cima, com os dedos juntos e a palma da mão voltada para baixo. A primeiira vez voltado aos apoiadores de Trump e, na segunda, fez o gesto voltado para a bandeira dos EUA.

*Com AFP

Uma questão para o torcedor do Grêmio, de Mário Marcos

Depois de rescindir o contrato com o Toluca, do México, o goleiro Tiago Volpi, 34 anos, chegou domingo a Porto Alegre, fez exames médicos na segunda-feira e foi contratado pelo Grêmio. Vai assinar contrato até o fim de 2026. Volpi é o goleiro experiente que o Grêmio buscava para o lugar de Marchezin, que foi negociado com o Boca Juniors.

Ele chega para ocupar o lugar que por enquanto é de Gabriel Grando.

Perguntinha ao torcedor do Grêmio:

É justo que Volpi chegue e ocupe a vaga de titular, passando Grando para a reserva, ou mais correto seria o técnico Quinteros esperar um pouco para definir quem será seu goleiro principal?

terça-feira, 21 de janeiro de 2025

O líder do atraso

No discurso de posse, ameaças e retrocesso

Donald Trump prestou juramento nesta segunda-feira (20) e assumiu como 47º presidente dos Estados Unidos. O evento ocorre na parte interna do Capitólio, em Washington, com a presença de cerca de 800 pessoas. Entre elas, o dono do X, Elon Musk, o CEO da Amazon, Jeff Bezos, e o CEO da Meta, Mark Zuckerberg.

Joe Biden e a primeira-dama Jill Biden também estão na cerimônia, além de George W. Bush, Barack Obama e Bill Clinton.

Líderes internacionais convidados também estão na cerimônia, como o presidente da Argentina, Javier Milei, o vice-presidente da China, Han Zheng, que representa Xi Jinping, presidente do país. O Brasil está sendo representado pela embaixadora do país em Washington, Maria Luiza Viotti. Além disso, uma comitiva de 21 parlamentares de partidos como o PL, Novo, Republicanos e Podemos estão nos Estados Unidos para a posse de Trump.

A partir deste momento, o declínio dos Estados Unidos terminou”, afirmou nesta segunda-feira o presidente Donald Trump em seu discurso de posse, em Washington.

O 47º presidente dos Estados Unidos também prometeu enfrentar o que chamou de “elite radical e corrupta”, que “monopolizou o poder e a riqueza por muitos anos”.

O novo presidente diz que EUA vão reconhecer ‘apenas dois gêneros

Minha vida foi salva por um motivo. Fui salvo por Deus para tornar a América grande novamente”, disse Trump, referindo-se à tentativa de assassinato que ocorreu em um comício político na Pensilvânia no verão passado.

O republicano também afirmou que “a era de ouro de dos EUA começa hoje”.

Desse dia em diante, o nosso país irá florescer e ser respeitado novamente em todo o mundo. Seremos a inveja de todas as nações e não vamos permitir que tirem vantagem de nós”, disse Trump.

No discurso, Trump fez críticas à gestão de Joe Biden. “O governo enfrenta agora uma crise de confiança por muitos anos de establishment errático e corrupto, que tiraram o poder e força da população e deixando a sociedade em completo desespero”, pontuou e disse:

Falha ao não proteger os americanos, mas protegendo criminosos perigosos que entraram legalmente vindos de todo mundo. Temos um país que dá fundos para fronteiras de todo mundo, mas se recusa a defender fronteiras americanas, ou melhor, o próprio povo”.

Donald Trump citou no discurso que irá reverter todo o governo Biden e irá restaurar a capacidade do governo norte-americano. Ele fez um aceno às comunidades latinas e negras, que votaram em peso no republicano em 2024.

Hoje é dia de Martin Luther King Jr. E em sua homenagem, vamos fazer seu sonho realidade. Não vamos esquecer nosso país, nossa constituição e o nosso país”, discursou.

Na fala, Trump afirmou que irá assinar nesta segunda-feira (20) uma série de ordens para restaurar a América. Dentre elas, declarar emergência nacional na fronteira com o México, deter toda e qualquer entrada ilegal e devolver “os criminosos para o lugar de onde vieram”.