Entre 
janeiro e junho de 2017, foram recolhidos 20 telefones celulares e 
pacotes com drogas no Presídio de Santa Rosa
O Presídio Estadual de Santa Rosa, na Região Noroeste do Rio Grande do 
Sul, usa desde 2016 um scanner corporal para impedir a entrada de 
material proibido nas celas. Somente no primeiro semestre deste ano, 20 
telefones celulares e pacotes com drogas foram confiscados no local. De 
acordo com a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), no 
ano passado, o registro não chegou a duas apreensões. 
A tecnologia de escaneamento físico foi implementada ao sistema de 
segurança do presídio para auxiliar na fiscalização dos visitantes. 
Santa Rosa é um dos únicos municípios do interior do estado que possui o
 equipamento. Com investimento de R$ 10 mil por mês, o scanner alugado é
 mantido por meio de uma parceria entre a prefeitura, o Conselho da 
Comunidade e o Ministério Público. 
"É um mecanismo que veio nos ajudar. É uma questão de segurança e que proporciona uma sensação ainda maior de segurança, pois evita a entrada de materiais ilícitos", afimou o diretor do Presídio Estadual de Santa Rosa, Rubesmar Goebel.
Segundo a direção do presídio, em média há 400 visitas por semana aos 
detentos. Para entrar no prédio, é preciso passar pela vistoria do 
aparelho. A revista é feita em menos de um minuto e monitorada por um 
agente penitenciário. 
"Nós conseguimos aumentar o isolamento do apenado com o mundo externo e evitar que ele faça uso das estruturas de controle do estado como um meio de aumentar seu poder dentro da organização criminosa", explicou o promotor Manoel Figueiredo Antunes.
Diante do cenário, a alternativa encontrada por alguns criminosos é 
aumentar os arremessos de materias ilícitos no pátio da prisão. Para 
evitar episódios assim, a Susepe trabalha no reforço das telas de 
proteção em toda a casa. 
"As pessoas precisam se conscientizar de que há uma relação direta entre o que acontece dentro dos presídios e a insegurança que as pessoas estão encontrando no cotidiano e nas ruas", disse o coordenador do Núcleo de Apoio à Fiscalização de Estabelecimentos Prisionais de Porto Alegre, GIlmar Bortolotto.
Em nota, a Susepe disse que, devido ao alto custo do scanner corporal e
 à complexa operacionalidade do equipamento, ainda não foi possível 
contemplar as 104 penitenciárias do estado. O órgão informou ainda que 
um conjunto de medidas são tomadas para evitar o ingresso de materiais 
proibidos nos presídios. 
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