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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Delegado e comissário são presos suspeitos de financiar quadrilha de roubos de cargas

Como era secretário da Segurança Pública (SSP), Bisol falou: "Organização Criminosa seriam muito poucos sem a Polícia Civil". Era correto, mas na SSP  nunca teria falar nos jornais.

Investigação do MP, em conjunto com a Polícia Civil, apurou que delegado tinha papel de financiador e protetor a grupo criminoso que repassava produtos roubados em empresas de fachada.

Um delegado e um comissário de polícia aposentado foram presos em ação conjunta do Ministério Público e da Polícia Civil na manhã desta terça-feira suspeitos de financiar grupos criminosos envolvidos com roubo de cargas, receptação e estelionatos. 
Foram presos preventivamente o delegado Omar Abud, atualmente titular da 17ª DP, responsável pela área central de Porto Alegre, suspeito de liderar o esquema criminoso, e o comissário aposentado Luis Armindo de Mello Gonçalves. Eles são investigados pelos crimes de lavagem de dinheiro, violação de sigilo funcional e organização criminosa.
Iniciadas em novembro passado, as investigações da Operação Financiador apontam que, por meio de conta corrente de terceiros e de empresas de fachada, os dois policiais financiavam grupos criminosos que praticavam roubos de carga, receptação e estelionatos. Em contrapartida, os investigados recebiam parte dos lucros da atividade criminosa. Até o momento, foi apurada lavagem de R$ 1,1 milhão
A operação surgiu de um desdobramento do caso em que o MP denunciou integrantes de uma organização criminosa que praticava lavagem de dinheiro em um supermercado de Alvorada. De acordo com o promotor Fabiano Dalazen, os policiais financiavam "uma importante facção criminosa do Rio Grande do Sul".
"O papel do delegado era de elo nessa organização. Financiava e controlava o sistema de proteção ao grupo criminoso" — disse o promotor em entrevista à Rádio Gaúcha na manhã desta terça.
Mais três pessoas são investigadas, entre eles um familiar do delegado Abud, sendo imposta fiança para responderem em liberdade. A ação do MP e da Polícia Civil também confiscou quatro veículos de luxo e apartamentos dos investigados em Porto Alegre, Capão da Canoa e Xangri-Lá. Um destes imóveis estaria avaliado em R$ 3 milhões.