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terça-feira, 8 de outubro de 2019

Empresa anuncia conclusão das obras do presídio de Sapucaia do Sul

Cadeia que vai abrigar 600 presos é uma das alternativas mais próximas para desafogar delegacias
Em julho, na última visita de GaúchaZH ao local, obra estava com 63% de conclusão
A obra do Presídio Estadual de Sapucaia do Sul está recebendo os últimos retoques e será finalizada ainda nesta segunda-feira (7). A garantia é da empresa Verdi Sistemas Construtivos, a responsável pela construção. A cadeia terá 600 vagas e é considerada a alternativa mais próxima para amenizar o problema da falta de vagas no sistema prisional gaúcho.
Com o término da construção, falta agora a parte do governo gaúcho. Primeiro, a Secretaria da Administração Penitenciária (Seapen) precisa revisar a obra, para verificar se não há algo a ser corrigido. Depois, quando receber as chaves em definitivo, deve fazer a alocação de servidores e instalação de equipamentos, desde os itens de cozinha até dispositivos de segurança, como scanner corporal.
A assessoria de imprensa da Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) declara que precisa de até 90 dias para fazer os seus procedimentos internos e inaugurar a cadeia. No entanto, o órgão trabalha com a expectativa de começar a receber presos até o final de 2019.
Em julho, a Verdi explicou que o trabalho transcorreria num prazo mais rápido do que outras cadeias devido à tecnologia empregada. De acordo com a construtora, cerca de 65% do que precisava ser feito foi preparado pela empresa ainda antes de chegar à obra.
A obra durou exatos nove meses, dentro do prazo inicial dado pela empresa. Foi em 7 de janeiro que a primeira máquina da Verdi entrou no terreno, que fica em uma área verde e pouco habitada ao lado do zoológico de Sapucaia. Foram 72 trabalhadores mobilizados diretamente no canteiro. Na fábrica onde ocorreu a preparação das áreas pré-moldadas, outras 118 pessoas trabalharam. Há ainda uma projeção de que outros 150 empregos indiretos tenham sido gerados.
A penitenciária está projetada para receber 552 presos em celas nas quatro galerias. Há ainda uma área de isolamento, com oito celas para dois presos cada, e uma ala para detentos que trabalharão na cozinha e na lavanderia, com mais 32 vagas.
Permuta
A construção da penitenciária de Sapucaia do Sul foi viabilizada por permuta. A empresa responsável pela obra receberá terrenos do governo do Estado. O principal é o do antigo ginásio da Brigada Militar, na esquina da Rua Silva Só com a Avenida Ipiranga, na Capital. Foram cedidos também terrenos do Instituto de Previdência do Estado (IPE). O valor total das áreas entregues é de R$ 44,3 milhões.
O Estado, no entanto, só entregará o terreno para a empresa Verdi quando a penitenciária estiver concluída e revisada. A construtora afirma que ainda não definiu o que fará no endereço da Capital.
A existência de uma nova casa prisional no Rio Grande do Sul é alvo de impasse desde a metade de 2017. Inicialmente, foi anunciado que Viamão receberia a penitenciária. Depois, o local foi alterado devido a divergências com a administração municipal.
Em outubro de 2018, o Piratini confirmou a troca do terreno pela construção da penitenciária. Mas quando a obra estava prestes a começar, surgiu um novo entrave: o Ministério Público (MP) entrou com uma liminar que suspendia a licença ambiental da prisão, pegando de surpresa o Executivo. À época, o então secretário da Segurança, Cézar Schirmer, estava pronto para fazer o anúncio do início das obras quando foi informado da medida judicial. Só no final de dezembro de 2018 um acordo firmado entre a PGE e o MP finalizou o embate jurídico.
O MP inicialmente questionou a escolha da área — um terreno de 900 hectares da Fundação Zoobotânica. A alegação era de que o local poderia conter espécies de árvores nativas. O Estado, no entanto, explicou que a prisão vai ficar em um espaço de quatro hectares, em um trecho não considerado vulnerável do terreno.
Segundo o MP, o governo estadual se comprometeu que, em contrapartida à construção da penitenciária, iniciará estudos para criação de uma unidade de preservação integral em parte do terreno. É cogitada a criação de um parque ou uma reserva biológica.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Nova cadeia de Caxias do Sul fica para o segundo semestre de 2020

Susepe prevê mais seis meses para licitação e um ano de construção

Terreno da nova cadeia fica anexo a Penitenciária, no Apanhador
O terceiro presídio de Caxias do Sul deverá ficar pronto no segundo semestre de 2020. Este é o prazo mínimo estimado pela Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). A ser construída com verba federal, a nova casa prisional é anunciada como uma cadeia pública destinada a receber presos provisórios, ou seja, que ainda não tiveram condenação. O modelo complementaria o serviço da Penitenciária Estadual, da qual será vizinha na localidade do Apanhador, que, em teoria, só deveria receber presos condenados.
Neste mês, uma empresa contratada iniciou o estudo de solo necessário para o projeto de fundações. As perfurações e análises tem prazo de execução de 30 dias.


"O projeto foi doado pelo governo federal e estamos adaptando ao terreno. Com esses elementos técnicos, iremos concluir a planilha orçamentária e enviar este "kit" pronto do processo licitatório para Brasília. Temos o objeto aprovado pelo governo federal, mas agora precisamos aprovar o projeto com todos os elementos que cabem ao Estado" — explica o superintendente adjunto da Susepe e diretor do Departamento de Engenharia Prisional, Alexandre Niccol.
Inicialmente, o governo estadual previa que a obra poderia iniciar ainda em 2018. Um dos empecilhos teria sido o direcionamento da equipe para projetos de reforma de casas prisionais que foram incendiadas em rebeliões no Estado. Agora, a Susepe estima que ainda são necessários mais seis meses para a etapa de aprovações e a contratação da empresa que construirá a nova cadeia. A partir da assinatura da ordem de início, a empreiteira terá 12 meses para entregar a obra.
"Por isso, falamos em um ano e meio para a entrega do presídio, se tudo ocorrer dentro da normalidade" — aponta Niccol.
O novo presídio terá 5,6 mil metros quadrados e disponibilizará 388 vagas. A obra tem custo estimado em R$ 16 milhões e a verba já está garantida pelo governo federal. Hoje, Caxias do Sul registra uma das maiores populações carcerárias de sua história, somando mais de 1,4 mil recolhidos. Contudo, o número atualizado de detentos recolhidos não foi divulgado pela Susepe.