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quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Condenação mantida, para o ex-presidente Lula. Se fosse o Brasil mais sério, ele estava na cadeia

Os três desembargadores do TRF4 confirmaram a punição do ex-presidente por corrupção passiva e lavagem de dinheiro e ampliaram a pena de nove anos e seis meses para 12 anos e um mês em regime fechado. O placar unânime reduz alternativas de recursos para que o petista possa concorrer em outubro.

Manifestantes comemoram condenação de Lula no Parcão

Dezenas de manifestantes vestidos de verde e amarelo comemoraram a confirmação da condenação de Lula por 3 votos a 0 na tarde de ontem no Parque Moinhos de Vento, o Parcão. A movimentação ocorreu na esquina da Avenida Goethe com a Rua Mostardeiro.
Posicionados no entorno do cruzamento, os manifestantes celebravam com os carros que passavam buzinando. Um dos presentes ao local empunhava um caixão vermelho com a foto de Lula. O barulho foi intensificado quando o resultado do julgamento foi noticiado - alguns acompanhavam por meio do celular. A chuva que caiu, em alguns momentos bastante intensa, parece ter afastado muitos manifestantes do local.
"Foi uma vitória para toda a nação porque mostra que ninguém está acima da lei. É um dos fatos mais importantes do século 21 porque os poderosos começam a cair" - disse o publicitário Régis Schuch Jr., 41 anos.
Desde o meio da tarde, um grupo favorável à intervenção militar bradava palavras de ordem em um caminhão de som que ficou circulando na área. O MBL - com apoio do Vem Pra Rua Porto Alegre - iniciou sua festa com a Banda Loka Liberal depois do grupo favorável à intervenção, a partir das 19h30min.
A coordenadora do MBL no Estado, Paula Cassol, avaliou que a decisão dos desembargadores seguiu critérios técnicos:
"As provas foram bem embasadas. É um ganho para a democracia. Lula nada mais é do que um cidadão comum. A aplicação da lei foi feita com base nos fatos."

Militância do PT e movimentos sociais fazem vigília e caminhadas (esses não trabalham)

O julgamento no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) levou a Porto Alegre líderes do PT de todo o país e milhares de militantes pró-Lula. Eles se reuniram, desde a manhã, em vigília na Avenida Edvaldo Pereira Paiva e se distribuíram entre o Anfiteatro Pôr do Sol e a Avenida Aureliano de Figueiredo Pinto.
Pelo caminhão de som, passaram lideranças de diversos Estados, como Reginaldo Lopes (MG), Fátima Bezerra (RN), Carlos Zarattini (SP) e Miguel Rossetto (RS).
"Chegamos ao dia 24 com a sentença de Moro desmoralizada" - avaliou Rossetto, em discurso no início do dia.
Presidente do PT, a senadora Gleisi Hoffmann (PR) não se importava em não acompanhar ao vivo o julgamento - transmitido em caixas de som longe do tumulto.
"Estamos tranquilos porque sabemos que estamos ao lado da causa justa" - disse, sob o sol forte, antes de o primeiro desembargador concluir sua fala.
No decorrer da sessão no tribunal e com o início da chuva, a aglomeração na orla do Guaíba desidratou. Quando a decisão estava consolidada, ao final da tarde, representantes de movimentos sociais discursaram em apoio a Lula e criticaram a 8ª Turma do TRF4.
Presidente da Central Única dos Trabalhadores no Rio Grande do Sul (CUT-RS), Claudir Nespolo afirmou que o resultado "não surpreendeu" e comemorou que não houve violência nas manifestações:
"O dia 24 não é o fim. Haverá recursos e toda uma luta social. O alinhamento geral é de que hoje foi apenas um passo."
Também ocorreram, no início da manhã, caminhadas. A primeira se iniciou na Zona Leste, e a outra, no Centro Histórico.

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