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segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Operação Lesa Pátria: 23ª fase, deflagrada nesta segunda-feira, mira suspeitos de financiar atos golpistas

Agendes cumprem 47 mandados judiciais. No RS, policiais federais executam 13 ordens de busca e apreensão.

A Polícia Federal deflagrou, nesta segunda-feira (8), a 23ª fase da Operação Lesa Pátria, com o objetivo de identificar pessoas que financiaram e fomentaram os atos golpistas ocorridos há um ano. Para esta fase, foram expedidos, pelo Supremo Tribunal Federal, 47 mandados judiciais (46 mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva), nos Estados do Rio Grande do Sul, Bahia, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Maranhão, Paraná, Rondônia, São Paulo, Tocantins, Santa Catarina e Distrito Federal. No Estado, policiais federais cumprem 13 mandados de busca e apreensão.

Há um ano, manifestantes invadiram a Praça dos Três Poderes e ingressaram no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal destruindo os prédios.

Foi determinada a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados. Apura-se que os valores dos danos causados ao patrimônio público possam chegar à cifra de R$ 40 milhões.

Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Outras fases da operação

primeira fase da Operação Lesa Pátria, no dia 20 de janeiro, prendeu cinco suspeitos de participação, incitação e financiamento nos atos golpistas. Entre eles "Ramiro dos Caminhoneiros", Randolfo Antonio Dias, Renan Silva Sena e Soraia Baccio.

Na segunda etapa da força-tarefa, policiais prenderam, em Uberlândia (MG), o extremista Antônio Cláudio Alves Ferreira, filmado destruindo um relógio histórico no Palácio do Planalto.

terceira fase da operação prendeu cinco pessoas, incluindo a idosa Maria de Fátima Mendonça, 67 anos, que viralizou ao dizer em um vídeo que ia "pegar o Xandão". O sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro, conhecido como Léo Índio, foi alvo de buscas na mesma etapa.

No dia 3 de fevereiro, a PF abriu a quarta fase ostensiva da investigação e prendeu o empresário conhecido como Márcio Furacão, que se filmou ao participar da invasão ao Palácio do Planalto, e o sargento da Polícia Militar William Ferreira da Silva, conhecido como "Homem do Tempo", que fez vídeos subindo a rampa do Congresso Nacional e dentro do STF.

Na quinta fase da operação, em sete de fevereiro, a Polícia Federal cumpriu três mandados de prisão temporária, um de prisão preventiva e seis de busca e apreensão, no Distrito Federal (DF). Os quatro alvos de ordens de prisão eram ligados à polícia do DF. Sendo eles: o coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, então chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar (PM) do DF; o capitão Josiel Pereira César, ajudante de ordens do comando-geral da PM; o major Flávio Silvestre de Alencar; e o policial Rafael Pereira Martins.

Em 14 de fevereiro, a sexta fase da operação cumpriu oito mandados de prisão em Goiás, Minas Gerais, Paraná, Sergipe e São Paulo. Além das prisões, foi cumprido em Sergipe, um mandado de busca e apreensão contra o bolsonarista Luciano Oliveira dos Santos.

Na sétima fase da Lesa Pátria, a PF conduziu ações em Minas Gerais e no Paraná. Foram expedidos oito mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão.

oitava etapa da ofensiva teve o maior número de mandados — ao todo, 32 investigados tiveram prisão decretada. A oitava fase capturou golpistas como a mulher apontada como responsável por pichar a estátua da Justiça localizada em frente ao Supremo Tribunal com a frase "perdeu, Mané" e o homem que teria levado, da Câmara dos Deputados, a bola assinada pelo jogador Neymar.

Na nona fase da operação, a Polícia Federal prendeu o major da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal, Claudio Mendes dos Santos, por participação nos atos golpistas. Mendes dos Santos foi capturado em Riacho Fundo, no Distrito Federal. De acordo com a PF, o PM da reserva teria ensinado táticas de guerrilha para os participantes do acampamento montado em frente ao QG do Exército, em Brasília, além de ser um dos administradores dos recursos que financiavam as ações.

Em 18 de abril, os agentes da PF cumpriram 16 mandados de prisão preventiva e 22 mandados de busca e apreensão, na décima fase da operação. Expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, os mandatos foram conduzidos nos Estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal.

Na 11ª fase da operação, realizada em 11 de maio, foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão relacionados a suspeitos de financiar os atos golpistas. As buscas ocorreram em Mato Grosso do SulSão Paulo e Paraná, e envolveram empresários, produtores rurais e CACs (colecionadores de armas, atiradores ou caçadores esportivos). A Justiça determinou o bloqueio de bens, ativos e valores dos investigados até o limite de R$ 40 milhões. 

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