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quinta-feira, 23 de julho de 2020

Parecer da PGE destrava as aposentadorias dos servidores da Susepe


Aqueles com direito à aposentadoria ganharam uma boa notícia
Após gestão da Seapen para que fossem analisados os pedidos de aposentadoria que estavam sobrestados desde 2018, foi publicado, no último dia 14, o Parecer PGE n.º 18.312/2020, que assegura o direito à aposentadoria especial a todos os servidores penitenciários que implementaram, até 18 de fevereiro de 2018 (data da promulgação da Lei Complementar 15.453/20), os requisitos previstos na Lei Complementar 13.259/09, viabilizando, assim, seja dado encaminhamento aos processos administrativos.
A iniciativa ganha especial relevo diante da ação judicial que tramita no Supremo Tribunal Federal, em que se pretende a suspensão da eficácia da legislação que concede aposentadoria especial aos servidores da Susepe, pedido que, uma vez deferido, frustraria a expectativa dos servidores.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Nova Previdência prevê que o setor público terá mais tempo mínimo de contribuição do que o privado

Versão mais recente do projeto propõe que servidores trabalhem pelo menos 25 anos para garantir aposentadoria - 10 anos a mais do que outros trabalhadores

A nova proposta do governo Michel Temer para a reforma da Previdência traz poucas modificações em relação ao relatório que foi aprovado anteriormente pela comissão especial que trata do tema na Câmara. 
O Planalto recuou na tentativa de aumentar o tempo mínimo de contribuição para servidores do setor privado, que permanece como é hoje (15 anos).  Já para o servidor público foi mantida a proposta de 25 anos.
A mudança entre a previdência pública e privada será usada como mote do governo para difundir a ideia de que está “acabando com privilégios”, e não “cortando direitos”. Para entrarem em vigor, as novas regras precisam ser votadas em dois turnos na Câmara e no Senado. 
"Achamos que é razoável que aquele que tem a garantia da estabilidade ter um tempo maior de contribuição para se aposentar" – afirmou Maia, explicando a diferença entre o tratamento aos contribuintes dos setores público e privado.
A idade mínima para a aposentadoria ficou em 65 anos para homens e 62 para mulheres. No entanto, esse teto só seria atingido em 20 anos. Até lá, valeria uma regra de transição, iniciando em 55 para homens e 53 para mulheres, com acréscimo de um ano a cada biênio.Para professores, a idade mínima ficaria em 60 anos. Para policiais e contribuintes que trabalham em funções que tragam risco à saúde, seria de 55 anos.
Como já havia sido anunciado pelo governo – inclusive em propagandas na TV –, a aposentadoria rural não será alterada, assim como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoas com deficiência carentes.
Outra mudança foi a proteção dos recursos da seguridade social da Desvinculação das Receitas da União (DRU). Na prática, a alteração é apenas simbólica. Em 2016, o governo usou R$ 30 bilhões do fundo, mas aportou R$ 150 bilhões para cobrir o déficit da Previdência.

Busca por apoio

Os dados foram apresentados a aliados em um jantar no Palácio da Alvorada, na noite desta quarta-feira (22), onde eram esperadas 300 pessoas. No entanto, o quórum não alcançou 200 presenças. Nos bastidores, relatos de deputados da base – em especial do centrão – boicotaram o evento. A principal reclamação é referente à manutenção do tucano Antônio Imbassahy na Secretaria de Governo.
Na projeção do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a votação em primeiro turno da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que institui a reforma poderia ocorrer no dia 6 de dezembro e o segundo turno uma semana depois. No entanto, se o governo não tiver a garantia dos 308 votos, poderá recuar.
"Depois de tantos percalços que a Câmara enfrentou, tantas dificuldades, é natural que haja um clima político mais difícil para nós avançarmos em um tema que é sempre árido e difícil" – comentou Arthur Maia.

Proposta mais enxuta

Após o enxugamento, o novo texto reduz em 40% a estimativa de economia com aposentadorias em 10 anos. Os R$ 800 bilhões previstos no projeto inicial caíram para R$ 480 bilhões. O dado foi informado nesta quarta-feira (22) pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, após reunião-almoço do presidente com governadores no Palácio da Alvorada na qual o deputado Arthur Maia antecipou a versão atual da proposta.
"Segundo nossos cálculos, (a economia fiscal se a nova proposta for aprovada) deve dar ao redor de 60%. Já vinha dizendo que seria substancialmente superior a 50%, pode ser um pouco menos que 60%, um pouco mais que 60%, estamos acertando a sintonia fina."
Essa redução se dá porque foi preciso ceder em mais pontos – além daqueles que haviam sido negociados para aprovação da proposta na comissão especial, em maio, que já reduzia o original a 75%. O novo texto mantém o tempo mínimo de contribuição para aposentadoria em 15 anos, com previsão de benefício equivalente a 60% da média dos salários recebidos pelo contribuinte. Para os servidores públicos, o mínimo será 25 anos, com benefício de 70% do valor total.
Os percentuais sobem gradativamente, até chegar em 100% para quem tiver 40 anos de contribuição. A equipe econômica chegou a defender uma fórmula mais dura, de 44 anos, que compensaria parte da perda fiscal da nova proposta.
"Há aí um incentivo para as pessoas trabalharem um pouco mais para terem uma aposentadoria melhor" – afirmou Meirelles.
O governo enfrenta resistências na proposta de idade mínima para aposentadoria. Integrantes da base aliada na Câmara articulam nos bastidores meios para emplacar idades menores, de 60 para homens e 58 para mulheres. A equipe econômica do governo discorda da ideia. 
No Alvorada, os governadores ou vices de 16 Estados ouviram apelos de Temer para atuarem em favor da aprovação da reforma. 
"Acredito que os governadores vão apoiar, o Brasil vive um momento diferente e sabemos que as reformas são importantes, independentemente de eleição" – afirmou a vice-governadora do Paraná, Cida Borghetti (PP), mulher do ministro da Saúde, Ricardo Barros.
O governador José Ivo Sartori se manifestou por nota após o encontro. Citou alterações no sistema previdenciário do Estado e disse que o momento exige mudanças que atendam às necessidades de toda a sociedade. 
É preciso muita coragem para fazer as transformações que todos sabem que são necessárias. São remédios amargos, mas a história será justa com a tentativa de recolocar o país nos trilhos”, diz o peemedebista no texto.

Por apoio, anúncio de ministro e recuo

A costura política que o Planalto tenta fazer para garantir apoio à reforma da Previdência teve anúncio de ministro seguido de recuo. O nome do deputado Carlos Marun (PMDB-MS) chegou a ser noticiado como substituto de Antonio Imbassahy (PSDB-BA) na Secretaria de Governo e a posse foi anunciada pelo governo para ocorrer à tarde, com a de Alexandre Baldy (sem partido-GO), que assumiu o Ministério das Cidades.
O martelo havia sido batido pelo presidente Michel Temer em favor de Marun um pouco antes de um almoço com governadores. Uma ala do governo defendia a busca de opção de maior consenso, mas o PMDB pressiona pela retomada da pasta para o partido. No final da tarde, o cenário se alterou, e o próprio Marun negou ter sido convidado para o cargo.Uma nota do Planalto comunicou que Imbassahy seguia à frente da articulação política na Secretaria de Governo. O presidente também se reuniu com Marun e líderes no Congresso, além do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). 
O nome do deputado não está descartado, mas antes da nomeação Temer precisa acalmar outras siglas, que dizem não aceitar aumento da concentração de forças do PMDB no Planalto.