Entre os assuntos tratados nessas conversas com máximo sigilo estão acusações de fraudes nas urnas e ações para explorar o tema. A PF realiza diligências, no momento, para comprovar os relatos do delator. Uma delas é a solicitação de todas as pessoas que entraram no Palácio do Alvorada nos últimos quatro meses do governo Bolsonaro.
Por Redução - de Brasília
O encontro entre Jair
Bolsonaro (PL) e ex-comandantes das Forças Armadas para discutir uma minuta
golpista não teria sido a única conversa delatada por Mauro Cid. Integrantes do
governo Bolsonaro e o ex-presidente foram alertados por fontes na Polícia Federal
(PF) que as outras reuniões realizadas para debater temas golpistas integram o
acordo do ex-ajudante de ordens.
Entre os assuntos tratados nessas conversas com
máximo sigilo estão acusações de fraudes nas urnas e ações para explorar o
tema. A PF realiza diligências, no momento, para comprovar os relatos do
delator. Uma delas é a solicitação de todas as pessoas que entraram no Palácio
do Alvorada nos últimos quatro meses do governo Bolsonaro.
Deprimido após a derrota nas urnas para o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e com uma erisipela na perna esquerda, que o impedia de se locomover, Bolsonaro permaneceu no Alvorada logo após as eleições e, durante o período de convalescença, convocou os comandantes das Forças Armadas para debater o golpe tentado e fracassado em 8 de Janeiro.
Celulares
Outra frente aberta pelos
investigadores para corroborar a delação de Mauro Cid são mensagens de
celulares. A PF faz um pente-fino não apenas no aparelho do tenente coronel,
mas em telefones como o de seu pai, o general Mauro Lourena Cid, e os quatro
celulares do advogado Frederick Wassef. Caso as conversas interceptadas a
partir dos telefones desmintam os relatos de Cid, este corre risco de perder os
benefícios de seu acordo.
A PF tem, ainda, investigado
o aumento no patrimônio de Bolsonaro, o que tem deixado cúpula do seu partido
inquieta.