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segunda-feira, 19 de junho de 2017

Bando “exporta” o seu estilo

Aconteceu na saída da Rodoviária de Porto Alegre um dos capítulos da disputa de controle orquestrada por uma facção criminosa em São Borja, na Fronteira Oeste, em novembro passado. Bruno Dornelles Ribeiro, 24 anos, que fugia da cidade, acabou morto a tiros logo depois de desembarcar na Capital.

Conforme a apuração da Polícia Civil, o atirador era de Canoas e foi contratado a partir da cadeia, em Uruguaiana. Dias depois, o cunhado de Bruno, Pedro Antônio Martins Pereira, o Dóia, 45 anos, também foi executado, mas em São Borja. Era a eliminação de um foco de resistência aos Bala na Cara que persistia na região.
"São dois grupos que travavam uma guerra pelo controle do tráfico em uma parte da cidade junto ao porto. Não temos nenhuma investigação que demonstre até agora uma articulação mais organizada da facção criminosa para o uso do porto, apesar de encontrarmos muitas pistolas argentinas nas ruas" – aponta o delegado Marcos Vianna.
A guerra de São Borja é muito semelhante às provocadas em áreas da Capital onde os Bala na Cara iniciaram sua atuação. Geralmente, um gerente do tráfico local é municiado para tomar o controle da quadrilha e passar a traficar com a facção. Neste caso, a polícia acredita que a ordem para as mortes tenha partido de um traficante da região, um dos gerentes nos pontos de tráfico mantidos em São Borja. Preso, passou um período em Charqueadas e voltou de lá como integrante da facção. Atualmente está preso em Uruguaiana.

Uma das suspeitas da polícia é de que o controle dos Bala na Cara em São Borja seja uma alternativa ao que já foi constatado em outras investigações com relação a Santana do Livramento, onde um criminoso preso na Região Metropolitana exercia o controle da entrada de armas no Estado em nome da facção.

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