Em seu depoimento, na condição de testemunha, Freire Gomes confirmou a presença de Bolsonaro e do ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, nas reuniões em que a trama golpista foi discutida.
Por Redação – de Brasília
Ministro
da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, o deputado licenciado
Paulo Pimenta (PT) afirmou que os militares “se sentem traídos” por Jair
Bolsonaro (PL) devido à sua fuga para os EUA, após o fracasso da tentativa de
golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT). Segundo Pimenta, o ex-mandatário “botou pilha” e “na hora H sumiu”.
"Chegou na hora,
preparou tudo, vamos fazer o golpe? Pegou o avião e foi para os Estados Unidos.
Aí o (Mauro) Cid vai acabar com a carreira dele, Bolsonaro milionário, filho
milionário e eles (militares) presos? Tudo destruído e porque na hora H sumiu,
covarde" — avaliou o ministro nesta quarta-feira em conversa com jornalistas.
Inquérito
A declaração de Pimenta acontece logo
após o general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército no governo
Bolsonaro, prestar um depoimento de quase oito horas à Polícia Federal (PF), no
âmbito do inquérito que apura o planejamento do golpe de Estado fracassado no 8
de Janeiro.
Em seu depoimento, na condição de
testemunha, Freire Gomes confirmou a presença de Bolsonaro e do ex-ministro da
Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, nas reuniões em que a trama golpista foi
discutida, incluindo as duas versões de uma minuta que anularia as eleições e
manteria o então ocupante do Palácio do Planalto no poder.
Bolsonaro é investigado, ainda, em uma
série de outros inquéritos. Entre eles, a evasão de divisas e furto qualificado
de jóias avaliadas em mais de R$ 16 milhões, doadas sabe-se lá por qual motivo
pela realiza da Arábia Saudita, no ano passado.
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