Susepe poderá receber recursos para melhorar estrutura, implementar projetos e adquirir equipamentos
O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço -GZH
Dois anos
depois da efetivação da lei estadual que permite doações privadas para a área da segurança pública em
troca do ICMS devido, o governo do Estado
incluiu a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) no rol de instituições que
podem ser beneficiadas no Programa de Incentivo ao Aparelhamento da Segurança
Pública do Rio Grande do Sul (Piseg/RS). O objetivo é atrair doações, sobretudo
de empresas, para melhorar estruturas físicas, implementar novos projetos ou
adquirir bens e equipamentos para o órgão, responsável pela gestão do sistema prisional do Estado.
A seleção de projetos que receberão recursos do programa será feita pela
Secretaria de Administração Penitenciária (Seapen), mas as unidades prisionais
do Estado terão liberdade para apresentar propostas visando a atender
necessidades específicas. O titular da Seapen, Cesar Faccioli, diz que a opção
por descentralizar a iniciativa permitirá que os próprios servidores que atuam
em uma determinada região tenham o trabalho valorizado pela comunidade.
Secretario da Seapen, Cesar Faccioli |
Nesta
segunda-feira (28), as primeiras orientações sobre a inclusão de projetos no
Piseg foi encaminhada aos delegados regionais. Posteriormente, as informações
serão repassadas aos responsáveis pelas casas prisionais do Estado.
Sancionada e regulamentada no governo de José Ivo Sartori, em
2018, a lei de incentivo à segurança possibilita a empresários destinar a área
até 5% do saldo devedor de ICMS. Na época, a legislação foi apresentada como
uma das principais bandeiras para tentar suprir a falta de recursos para a
segurança pública no RS.
A inclusão da Susepe no rol de entes beneficiados começou
ainda no ano passado. Como a instituição não está mencionada explicitamente na
lei que criou o Piseg, uma sugestão de projeto de lei chegou a ser redigida,
incluindo a Susepe na lista de órgãos públicos aptos a receber o recurso.
Entretanto, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) emitiu parecer argumentando
que a superintendência integra o sistema de segurança do Estado e, por isso,
está apta a receber recursos do programa mesmo sem alteração legislativa.