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quinta-feira, 15 de julho de 2021

Incêndio atinge prédio da Secretaria de Segurança Pública do RS

Parte do edifício desabou por causa das chamas

Um incêndio atingiu o prédio da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do governo do Estado, na Avenida Voluntários da Pátria, em Porto Alegre. As chamas começaram por volta das 22h desta quarta-feira (14) e, às 23h13min, parte do edifício desabou. O fogo foi controlado pouco antes das 5h desta quinta-feira (15).

Participaram do combate as chamas todas as guarnições do Corpo de Bombeiros da Capital, além de reforços de Canoas, São Leopoldo, Eldorado do Sul e São Sebastião do Caí. Dois bombeiros estão desaparecidos

Ainda não há informações sobre o que teria causado as chamas. O incêndio teria começado no quarto andar, em uma sala da Susepe, mas se alastrou para as demais partes do edifício.

O vice-governador e secretário da Segurança Pública, Ranolfo Vieira Júnior, afirmou que o prédio foi completamente evacuado.

"É evidente que 100% do prédio de Segurança Pública restou aniquilado. É importante dizer que as primeiras providências todas foram tomadas. Foi evacuado o prédio" — disse o vice.

Ele informou ainda que a "prioridade passa a ser a localização dos dois colegas bombeiros. Ao mesmo tempo em que damos sequência às ações do gabinete de crise, estaremos monitorando os trabalhos". 

A Avenida Voluntários da Pátria foi bloqueada entre as ruas Ramiro Barcellos e Ernesto Alves.  A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) pede que motoristas evitem a área da rodoviária. A Avenida Castelo Branco também chegou a ser bloqueada nos dois sentidos, devido à fumaça. 

Na região, há bastante barulho de sirene, e muitos carros dos Bombeiros e da Brigada Militar entram e saem da área da secretaria.

Segundo o comando dos Bombeiros, o prédio estava com o Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndios (PPCI) em dia. 

A Secretaria de Segurança Pública se mudou para esta sede em 2002. No prédio, funcionam o comando da Brigada Militar, a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), o Instituto-Geral de Perícias (IGP) e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran).

Número 190

A central de atendimento do número 190, de emergências policiais, foi afetada devido ao incêndio que atingiu a Secretaria da Segurança Pública do RS, na Avenida Voluntários da Pátria, em Porto Alegre. As chamas se alastraram por todo o prédio.

Para garantir atendimento à população, a central do 190 está sendo transferida para o 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM). 

Gabinete de crise

Um gabinete de crise será instalado ainda nesta noite para tratar sobre o assunto. O governador Eduardo Leite, que cumpre agenda em Brasília, informou que está retornado ao Rio Grande do Sul. No Twitter,  disse que: "naturalmente, as perícias serão feitas no sentido de apurar as causas do incêndio. Nossa equipe de governo trabalha para dar rápido encaminhamento para evitar solução de continuidade às atividades das secretarias de segurança e de administração penitenciária.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Eduardo Leite prevê mais 3,2 mil servidores para segurança em 2021

Mais servidores

O governador Eduardo Leite ainda informou, durante a livre, que para o próximo ano deve ocorrer a chamada de mais de 3,2 mil novos servidores concursados para a área de segurança: BMPolícia Civil, Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), BombeirosInstituto-Geral de Perícias (IGP). Os novos funcionários serão chamados em março e novembro.

"Estamos diminuindo os índices criminais, faremos investimentos em equipamento e em pessoal para poupar vidas, para diminuir ainda mais todos os tipos de delitos. Vamos continuar avançando para ter um Estado mais seguro, mais tranquilo e mais atraente para investimentos" — disse Leite.

domingo, 22 de abril de 2018

Depois de 10 anos...o IGP terá uma obra de estrutura de sete andares toma forma na entrada de Porto Alegre

Ficha técnica
Sete andares
40,6% das obras concluídas
11.734.44 m2 de área construída
Valor da obra – R$ 28, 97 milhões
Repasse da União – R$ 25, 92 milhões
Do Estado – R$ 3,052 milhões

Cimento, poeira, pedreiros, engenheiros, arquiteto e barulho. Próximo à entrada de Porto Alegre, um prédio de sete andares toma forma. Em construção, o edifício que custará
R$ 28,9 milhões é uma das promessas para mudar o cenário da perícia criminal no Estado. Hoje, o Instituto-Geral de Perícias (IGP) convive com falta de funcionários, com fechamento de unidades no Interior e com mais de 16,4 mil perícias atrasadas nos últimos seis meses.
O contrato para construção do prédio foi fechado em 2015, com previsão de término das obras para 2017. Naquele ano, foi assinado um aditivo, permitindo que o Estado não perdesse a verba federal. Agora, a obra deve ficar pronta em fevereiro de 2019.
A intenção é centralizar serviços e economizar quase R$ 1 milhão por ano após a saída de espaços alugados. O Departamento de Criminalística, por exemplo, está em um prédio locado de três andares na região central de Porto Alegre, desde 2014.
Conforme a supervisora técnica substituta do IGP, Carine da Silva Azambuja, a economia com o aluguel vai permitir que esses recursos sejam reinvestidos.
"Apesar de o dinheiro do aluguel não ser o mesmo da compra de materiais, essa economia possibilita maior investimento em materiais de consumo, como os utilizados nas análises de laboratórios" — observa a perita criminal do IGP.
Três andares serão reservados apenas para laboratórios, mas também haverá outros espalhados pelo edifício (veja gráfico). Um deles será destinado para a análise de incêndios, explosões e desabamentos. Outro espaço terá foco em acidentes de trânsito. O segundo pavimento será praticamente exclusivo para a balística.
Ali, haverá quatro salas de disparo, com linhas de tiro. Três delas são menores e outra mais larga, para simular rajadas a distância. Uma também será usada para demonstrar disparos na água. Conforme o arquiteto e responsável pela obra, Júlio Cesar Amantéa Ferreira, essas salas receberão revestimento especial, com blocos duplos de concreto e chapas de ferro. A proposta é evitar que um projétil escape para o lado de fora do prédio.
"Os blocos de concreto têm resistência superior ao normal e são duplos para dar mais segurança, assim como as chapas de ferro" — explica Ferreira.
Alguns laboratórios, como o de química, devem receber pisos uretânicos (com resistência química e a atritos) que vão servir para evitar a proliferação de bactérias, por exemplo.
A obra está 40,6% pronta. Hoje, pelo menos 80 operários trabalham no local. No próximo mês, o ritmo será acelerado e 150 pessoas atuarão na construção. É que está previsto para maio o começo dos acabamentos da rede elétrica, da instalação de tubulação de gases e forros internos.

800 funcionários poderão atuar no local

Após a entrega do prédio, em fevereiro de 2019, a mudança e ocupação dos espaços devem ser gradativas. Segundo a supervisora técnica substituta do IGP, alguns laboratórios situados em espaços alugados atualmente têm produtos químicos e equipamentos especiais, que requerem cuidados especiais na transferência.
Para Carine, a centralização das atividades no prédio vai permitir maior rapidez para a realização dos laudos periciais, reduzindo o tempo de deslocamento dos servidores envolvidos no cumprimento da mesma solicitação. No prédio, devem trabalhar 800 funcionários entre papiloscopistas, fotógrafos, peritos, técnicos e agentes administrativos.
"Atualmente, temos cerca de 15 mil solicitações mensais de perícias. Sabemos que pode haver consequente ampliação na quantidade de laudos expedidos, mas não sabemos ainda em números" — enfatiza.

Déficit de servidores no instituto é de 62%

Para o presidente do Sindicato dos Servidores do IGP (Sindiperícias), Henrique Bueno Machado, o prédio vai permitir a concentração de vários setores em um mesmo lugar, que hoje estão espalhados pela Capital.
"Estar em um único endereço sempre ajuda, pois permite intercâmbio de informações entre as equipes e facilita a logística."
O sindicalista pondera que, apesar da nova estrutura, é preciso recompor o quadro de servidores. Na última quinta-feira, o governo anunciou a convocação de 106 aprovados do último concurso: são 35 peritos criminais, 35 peritos médico-legistas e 36 técnicos em perícias. Com os novos funcionários, o índice de "efetivo ideal" passará dos atuais 38% para 44%, de 648 para 754 servidores, de acordo com Machado. Por lei, o instituto deveria ter 1,7 mil vagas previstas.
Machado é presidente do sindicato desde 2014, mas é servidor no IGP há 20 anos, passando por diferentes laboratórios:
"A situação sempre foi precária. Com construção do prédio, irá resolver as condições de trabalho."
Para o diretor do Departamento de Homicídios, delegado Paulo Grillo, a construção irá trazer melhorias ao já qualificado trabalho da perícia.
"Nossa relação com o IGP é estreita e com o trabalho deles conseguimos solucionar muitos casos, pois o material genético, papiloscópico e do banco genético é uma das provas mais importantes para a solução de crimes" — analisa.
Conforme Grillo, quando há necessidade de priorizar alguma investigação, os pedidos são prontamente atendidos pelo IGP, apenas havendo pequena demora nos resultados de balística, segundo ele, devido à alta demanda.

Hoje, famílias esperam laudos durante meses

A rapidez no atendimento poderá encurtar o sofrimento de famílias que aguardam por perícia criminal no Rio Grande do Sul. Em 2017, a auxiliar de recursos humanos Sandra de Vargas Cordeiro, 39 anos, teve de esperar três meses para conseguir o laudo de necropsia de seu filho, Eduardo Cordeiro Vigil, 20, após um acidente de trânsito.
"Foi um transtorno muito ruim. Quando ele faleceu, me prometeram o laudo para 20 dias e aquilo se arrastou por meses. Precisava do laudo para dar entrada no DPVAT e pagar a funerária. No fim, acabei passando por mal-educada" – conta a mulher.
Após o acidente, em maio, Eduardo ainda ficou internado por dois meses em atendimento na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) de um hospital de Porto Alegre. Durante o período, a família, que é de Bagé, precisou se dividir entre as duas cidades.
Em 13 de julho, Eduardo acabou morrendo. Por ter falecido em decorrência de um acidente de trânsito, o corpo precisou passar por perícia na sede do DML, em Porto Alegre.
"Aquele dia cheguei ali às 6h e só liberaram o corpo às 18h. Além de perder meu único filho, tive de resolver coisas e só esbarrei em burocracia."