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sábado, 22 de dezembro de 2018

Sartori: o pior governador do RS de todos os tempos

Governador chega ao fim de seu mandato sem conseguir contornar o principal desafio de sua gestão: sanar as contas do Estado. MENTIRA

O governador José Ivo Sartori (MDB) chega ao fim de seu mandato, em 31 de dezembro, após quatro anos de malabarismos nas finanças do Estado. Ao passar o cargo para Eduardo Leite (PSDB), no final da tarde de 1º de janeiro, o governador terá acumulado um déficit de cerca de R$ 10 bilhões. Os servidores do Executivo, com 36 meses de atrasos nos salários, e a saúde pública, refém de dívida média de R$ 500 milhões mensais do Executivo com hospitais e prefeituras, foram a face mais visível da crise.
O gringo é dos piores, vai para a Caxias do Sul na colônia.

terça-feira, 2 de outubro de 2018

As útimas pesquisas para governador do Estado RS e presidente do Brasil

Para o Brasil são extremistas, um direita e outro esquerda, Bolsonaro e Haddad

Quem ganha o país: os dois são péssimos, um fascista e outro comunista, os dois são ditaduras e corruptos

Para o Estado do Rio Grande do Sul (RS) os dois primeiros são "vaselinas"...


domingo, 8 de julho de 2018

Juízes criticam governo do RS ao negarem pedido para manter líderes de facções em outros Estados

Dos 27 presos transferidos ano passado, 17 poderão voltar para cadeias gaúchas por ordem judicial

A decisão de juízes da Vara de Execuções Criminais (VEC) de Porto Alegre contrária à permanência de 17 líderes de facções criminosas em cadeias federais de segurança máxima fora do Estado, contém pesadas críticas ao governo gaúcho.
A ordem judicial é alvo de indignação por parte da Secretaria da Segurança Pública (SSP), que  considerou a medida absurda, e o Ministério Público prometeu recorrer ao Tribunal de Justiça do Estado. Há um ano, 27 condenados por delitos graves no Estado foram transferidos para prisões em Mato Grosso do Sul, Rondônia e Rio Grande do Norte.
Os pedidos de renovação das transferências dos apenados para presídios federais partiu da SSP. Ao negar 17 deles, os juízes da VEC, Patrícia Fraga Martins, Paulo Augusto Oliveira Irion, Sidinei Brzuska e Sonáli da Cruz Zluhan discorrem uma série de anomalias protagonizada pelo governo.
As críticas se reproduzem quase que simultaneamente nos 17 despachos referentes aos apenados sob a jurisdição da VEC da Capital. Os demais presos deverão seguir longe do Estado, pois juízes de outras comarcas se manifestaram favoráveis aos pedidos.
Os juízes da VEC da Capital afirmam que o Estado tem obrigação de propiciar segurança pública, não podendo se eximir de suas responsabilidades, e que até causa "certa estranheza" o pedido mencionar a "caótica situação do sistema prisional, tais como superlotação das cadeias e o comando de certas unidades por facções". Situação essa, conforme os magistrados, decorrente "de problemas de gestão prisional". Ou seja, deficiências do próprio governo. 
O texto diz que a solicitação de prorrogação teria de conter algo novo, "com capacidade de evidenciar a imperiosa necessidade", não bastando repetir os mesmos argumentos do pedido inicial de remoção. Os magistrados afirmam que a medida anterior não contribuiu de modo significativo para melhores condições de segurança pública e lembram da recente chacina com sete mortes em Viamão, ocorrida em 18 de junho.  

"Constante desrespeitador da lei"

Os juízes criticam a inércia do Estado, mencionando o fato de a única cadeia, que seria capaz de conter presos de grande periculosidade, a Penitenciária de Alta Segurança (Pasc), de Charqueadas, já ter perdido este status por causa de precariedades estruturais – desde 2015 é considerada de média segurança pela Justiça, e alvo de incontáveis pedidos de providências e melhorias por parte da VEC.
Os magistrados também lembram a situação do Presídio Central de Porto Alegre, que ganhou nome de Cadeia Pública e onde foram construídos dois centros de triagem sem direito de visita aos presos. A troca da nomenclatura é citada como estratégia insuficiente para alterar o quadro de calamidade com superlotação e abrigando presos condenados, "desrespeitando uma decisão judicial de mais de duas décadas, assim como decisão cautelar da Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos e recomendação do Conselho Nacional de Justiça no sentido da gradativa desocupação"
"Nesta esteira, este mesmo Estado não pode querer transferir todos esses problemas à existência de facções criminosas que, diga-se de passagem, somente se criam em decorrências das omissões e lacunas deixadas pelo próprio estado, que, em sede de execução penal, é um constante desrespeitador da lei."
Os magistrados argumentam que as transferências caracterizam uma excepcionalidade, e a permanência deles fora do Rio Grande do Sul por mais um ano — foram levados em 28 de julho de 2017 — é "mais excepcional ainda".
Ao se referirem a um determinado detento, os magistrados reconheceram que ele exerceu liderança e teve envolvimento com crimes violentos. Entretanto, afirmam:
"Entendemos que o fato de já estar afastado do Estado, pelo período de um ano, já faz com que se acredite na perda da sua função de liderança na facção, já que neste terreno, como é sabido de todos, os espaços não ficam vagos".
O despacho expressa que os apenados em cadeias federais estão privados de visitas – previstas na Lei de Execução Penal –, em razão das grandes distâncias. 
"Ora, não é retirando-se a possibilidade de contatos com apenados com seus familiares e amigos, quando das visitações, que se alcançará a reintegração social do condenado".
Embora tenha negado as renovações, a VEC da Capital deferiu três novos pedidos de transferências feitos pela SSP. São apenados que estão coordenando crimes de dentro das cadeias, entre elas, a Pasc. O critério para deferir o pedido foi o mesmo  adotado quando das remoções autorizadas ano passado. 
Nos bastidores do Judiciário, a transferência de presos é encarada como marketing eleitoral do governo Sartori, e os Juízes da VEC não estariam dispostos a envolvimento com política. Quando da transferência já havia ocorrido um estremecimento, pois o pedido inicial do governo era de remover 46 apenados. 
GaúchaZH procurou os juízes da VEC neste sábado (7), mas eles não foram localizados.

O outro lado

Desde a tarde de sábado, a reportagem aguarda posicionamento da SSP sobre as críticas dos magistrados. Na sexta-feira (6), o secretário da Segurança Pública, Cezar Schirmer, recebeu com indignação a decisão judicial. Schirmer disse que ainda não se sabe quantos serão beneficiados pela decisão, nem a data para o retorno.
"Já conversei com o procurador-geral de Justiça e vamos nos encontrar segunda-feira para buscar alternativas para revisão dessa decisão junto ao Tribunal de Justiça" — declarou.
De acordo com o secretário, a decisão da Justiça compromete o planejamento estratégico de enfrentamento do crime.
"Não foi uma decisão impensada. Nós lastimamos profundamente essa decisão absurda, totalmente contrária ao interesse da segurança pública dos cidadãos" — completou na ocasião. 
*Colaborou Anderson Aires

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Pesquisa Methodus aponta cenários para o governo no RS

Governador Sartori (MDB) tem 17,5% das intenções de voto, seguido de Jairo Jorge (PDT) com 10%

No 2° Turno, Jairo Jorge 38,1%, Sartori 26,5%

Eu nunca votarei em Sartori e Miguel Rosseto; o primeiro, é contra os servidores públicos, principalmente com os Executivos com os menores dos salários, em quatro anos como governicho ficou pior a educação, segurança, saúde, etc.; o segundo é o PT, que ele acha que o Lula, Dilma e outros do partido não são corruptores.

Eu votarei em Jairo Jorge, que tem projetos na segurança e educação, por agora.

O Instituto Methodus realizou pesquisa em 25 municípios no Rio Grande do Sul, entre os dias 19 a 25 deste mês, sobre a intenção de voto do eleitor gaúcho para governador e presidente da República. A amostra é composta por 1.000 entrevistas, com eleitores de ambos os sexos. A margem de erro da pesquisa é de 3,0 pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número RS-05933/2018.
No cenário estimulado de primeiro turno, quando os nomes dos candidatos são apresentados aos entrevistados em um disco e com a pergunta “Se a eleição fosse hoje e os candidatos fossem estes, em quem você votaria para governador do Rio Grande do Sul?”, o atual governador José Ivo Sartori (MDB) aparece com 17,5% das intenções de voto, seguido de Jairo Jorge (PDT) com 10%. O candidato Miguel Rossetto (PT) aparece com 8,1%, em empate técnico com Eduardo Leite (PSDB), que tem 8% das intenções de voto. Brancos e nulos somam 22,6% e 21,6% dos eleitores declaram não saber em quem votar. Na menção espontânea para governador, Sartori (MDB) é o nome mais lembrado, com 5,2%. 
Na rejeição múltipla, onde o entrevistado pode declarar que não votará de jeito nenhum em mais de um candidato, José Ivo Sartori (MDB) aparece com 47,7%, seguido de Miguel Rossetto (PT) com 24,6% e Abigail Pereira (PCdoB) com 17,1%. Roberto Robaina (PSol) tem 16,6%, Eduardo Leite (PSDB) tem 16,2%, Jairo Jorge (PDT) tem 15,9%, Luiz Carlos Heinze (PP) tem 15,7% e Mateus Bandeira (Novo) aparece com 14,3%. Entrevistados que não rejeitam nenhum são 27,2% e não sabem 5,2%

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

A Crise do salário no Estado do RS

Em 1980 eu fiz concurso para entrar no funcionalismo público, na Superintendência dos Servidores Penitenciários (Susepe), naquela data, o governo do Rio Grande do Sul já falava em crise do Estado. Depois, realizou-se a primeira eleição para governador, em 1982, depois de vinte anos com a ditadura no Brasil, ganhou o Jair Soares, ele disse que o estado passava por uma crise e todos os outros governadores agiram igual.


Por que esta crise abrange mais os servidores públicos exatamente no Executivo, que depende do governo no Estado. Essa crise não afeta os salários do Tribunal de Contas, Assembleia Legislativa, Ministério Público, Judiciário e agora, no Defensores Públicos, estes são muito ricos. Saem do Tesouro Estadual, mas o governo só quer frear o dinheiro para pagamento do Executivo.

Para o Judiciário e o Ministério Público os salários são ótimos e ainda tem a sua disposição dependências específicas na capital e interior do estado. Para o Executivo nada.

O Tribunal de Contas tem os melhores rendimentos, chega a 50 mil mensais. Já os Defensores Públicos recebem mais de 25 mil. Para a Assembleia além de bons salários os deputados e seus assistentes, recebem verbas e diárias, são ricos. Os servidores do Executivo recebem os piores salários e 13º com parcelamento! Sim, só os piores rendimento são parcelados!!!!

Os juízes, promotores, auditores (TCE), deputados e outros recebem integralmente os salários e o 13º, como diz a Constituição Federal e Estadual, e deveria ser assim também para os funcionários do Executivo.
"Executivo tenta barrar projetos ligados à Justiça com impacto no orçamento ao mesmo tempo em que busca emplacar medidas impopulares para renegociar a dívida com a União. Enquanto tenta convencer os deputados a adotarem medidas impopulares, como o fim do desconto no IPVA aos bons motoristas, o governo do Estado busca frear uma pauta-bomba que pode aumentar os gastos públicos em, no mínimo, R$ 364,6 milhões em três anos. As despesas estão previstas em 12 projetos de autoria do Judiciário, do Ministério Público (MP), do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e da Defensoria Pública" – no ZH.

Nunca vi um governo barrar os aumentos dos salários para os ricos. Só tem que pagar o Ministério Público, Judiciário e Tribunal de Contas para ficar bem com eles e ter os projetos aprovados, para não entrarem contra o governo.

Isso é uma vergonha do governo do Estado do RS.

terça-feira, 31 de outubro de 2017

RS é o segundo Estado no país com mais chacinas

Dados do anuário da Segurança Pública revelam ainda que, a cada hora, sete pessoas são assassinadas no Brasil

O Rio Grande do Sul é o segundo Estado do país com maior número de chacinas. Em 2016, foram 26 homicídios com três ou mais vítimas, deixando 90 mortos no Estado - no ano anterior, foram registradas 15 chacinas, com 50 mortos. Conforme o levantamento do 11º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, somente o Rio de Janeiro, com 136 vítimas em 41 chacinas, está à frente na estatística que escancara o clima de guerra entre facções criminosas rivais. No ano passado, o RS ultrapassou São Paulo nesse levantamento. Lá, houve metade das vítimas nesse tipo de homicídio.
O anuário foi apresentado na manhã de ontem pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, com a constatação de que o Brasil chegou, em 2016, a um recorde de mortes violentas intencionais. Foram 61.619 casos. Em média, sete pessoas são assassinadas por hora no país.
"É a demonstração de que já atingimos um estágio acima da disputa territorial e comercial entre grupos de traficantes. Os homicídios não se limitam mais a um rival atacando o outro com um alvo determinado. São, em boa parte dos casos, criminosos levados de outra região, sem qualquer vínculo com o local que é alvo, muito bem armados e inconsequentes. Então, até existe um alvo, mas quem estiver junto é encarado por eles, naturalmente, como também vítima em potencial" - explica o diretor de investigações do Departamento de Homicídios de Porto Alegre, delegado Gabriel Bicca.
Segundo o policial, a intenção na maior parte das vezes é a demonstração do poder de fogo de um grupo sobre outro. A tomada de pontos de tráfico virou objetivo secundário.
"Se formos analisar o público consumidor de drogas em um bairro como a Restinga, por exemplo, não haveria motivo para um grupo tentar tomar o ponto do outro. Cada boca tem sua lucratividade. Mas a questão não parece ser mais comercial" - preocupa-se o delegado.
Conforme o levantamento da editoria de Segurança dos jornais Zero Hora e Diário Gaúcho, a Região Metropolitana concentra a maior parte dos casos de chacinas. Foram pelo menos 49 vítimas em 15 ataques. Foi assim na noite de 6 de junho do ano passado, no bairro Cidade Verde, em Eldorado do Sul.
Cinco homens foram mortos e um ficou ferido em um ataque a tiros que teve início na esquina de um bar. Segundo a polícia, o local funcionava como ponto de tráfico, mas os homens mortos, incluindo um adolescente, não seriam os alvos dos atiradores. Estes teriam sido levados até lá por um comparsa, no que é conhecido como um bonde.

Autores de mortes foram denunciados

Quatro homens foram denunciados pelo Ministério Público como autores da chacina. Todos eram integrantes de uma facção, e moradores da zona norte de Porto Alegre.
O crime foi gravado em áudio por eles. E demonstra característica comum às últimas chacinas no Estado. Ao retornarem ao carro para fugir do local, um dos criminosos questiona se as vítimas eram mesmo os alvos. Outro responde:
"Se não era, azar."
Segundo a delegada Patrícia Sanchotene, num primeiro momento, a motivação deles era a vingança pela morte do irmão de um dos réus.
"Acabou se tornando uma questão de demonstração de poder da facção mesmo. Queriam mostrar que são melhores armados e não poderiam ser desafiados" - avalia a responsável pela investigação.
Para o sociólogo Rodrigo de Azevedo, que integra o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o dado das chacinas não chega a surpreender.
"Reflete bem o ambiente de guerra entre grupos rivais. O mercado da droga aumenta o seu poder com armamentos, diante da falência do Estado. O anuário é um retrato do desastre anunciado" - critica.
Outros crimes graves e que apresentam dados alarmantes no Estado (veja dados abaixo nessas páginas) também foram divulgados: homicídios, latrocínios, feminicídios, mortos pela polícia e roubos de veículos.
EDUARDO TORRES e LETICIA MENDES/ZH

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Mais esse governicho: "com crise e homicídios, qualidade de vida no RS cai"

Estado teve segundo ano consecutivo de queda no Índice de Desenvolvimento Estadual

Atingido pela crise na economia e com homicídios crescendo, o Estado teve o segundo ano consecutivo de queda na qualidade de vida da população, destoando da média nacional, que segue avançando. As conclusões fazem parte da quarta edição do Índice de Desenvolvimento Estadual — Rio Grande do Sul (iRS).
O indicador, elaborado com dados de 2015, mostra que os gaúchos permaneceram em quarto lugar no ranking geral, mas aumentou a distância em relação a Santa Catarina, na terceira colocação, enquanto o Paraná, na quinta posição, se aproxima.Uma novidade deste ano é o aperfeiçoamento metodológico na dimensão da educação. Além de levar em conta o desempenho nas séries iniciais, avaliado pela Prova Brasil, e o grau de distorção entre a idade ideal e a efetiva no Ensino Médio, foi agregada a análise da taxa de matrícula, também no Ensino Médio. Com isso, toda a série histórica foi revisada.
A intenção foi robustecer o indicador com a inclusão de dado que retrata um problema central da educação atual, o atendimento aos jovens pelo Ensino Médio. O ajuste não alterou as colocações do Estado no índice geral do iRS nos anos anteriores. Outra inovação diz respeito ao formato de discussão das conclusões. Nos anos anteriores, eram promovidos debates separados sobre cada uma das dimensões, para estimular a troca de ideias e tentar encontrar soluções em cada área.
Agora, será realizado em 22 de agosto, na PUCRS, um fórum único para discutir os resultados do iRS e as perspectivas para o Estado. O evento será aberto ao público. À frente da equipe que elabora o iRS, o coordenador do curso de Economia da Escola de Negócios da PUCRS, Ely José de Mattos, avalia que a iniciativa está cumprindo o seu papel:
"O iRS completa quatro de anos de contribuição ao debate sobre desenvolvimento no Estado. Como ressaltamos desde a primeira edição, a ideia desse projeto é provocar o debate e não encerrá-lo, pois não existe consenso. O que buscamos é incentivar a sociedade para discutir, para que seja protagonista diante dos desafios que temos pela frente" — afirma Mattos.
Em 2015, último ano em que todos os dados analisados estão disponíveis, o Rio Grande do Sul permaneceu entre as cinco unidades da federação com melhores indicadores, mas o índice final, de 0,646, teve o segundo recuo consecutivo e, desta vez, mais significativo, de duas casas depois da vírgula – o que é significativo em um índice que varia entre zero e um. Enquanto isso, a média nacional, mesmo abaixo do índice gaúcho, seguiu avançando.
Mesmo assim, o Estado manteve as posições nas dimensões avaliadas: quinto em padrão de vida, terceiro em longevidade e segurança e, no quesito onde o Estado tem a pior posição relativa, educação permaneceu na oitava posição, fora do pelotão de elite.Na dimensão padrão de vida, o Rio Grande do Sul teve queda. Vale lembrar que foi o ano em que o Brasil entrou oficialmente em recessão e o recuo também foi observado nas demais unidades da federação. Em educação o avanço foi tímido, também em linha com o país. Com isso, uma das principais influências veio da dimensão que avalia longevidade e segurança. O Estado até melhorou, mas foi um avanço inferior na comparação com a média nacional e os principais pares. 
Pelo lado positivo, o Rio Grande do Sul teve melhora na expectativa de vida e redução nas mortes por acidentes de trânsito. Pesou contra, porém, a piora, também pelo segundo ano seguido, da variável de homicídios, na contramão da média nacional e da maior parte das unidades da federação. No ranking geral da qualidade de vida, uma novidade em 2015: o Distrito Federal assumiu a ponta no país. Tirou a liderança que São Paulo tinha desde o início da série.

Por que os dados são de 2015?
 
O iRS avança até o ano dos dados mais recentes disponíveis para todas as variáveis. O atraso das estatísticas é um problema comum em função do tempo de coleta, processamento e divulgação das informações. O iRS busca utilizar as alternativas mais rápidas para reduzir ao máximo este tempo.

segunda-feira, 19 de junho de 2017

O maior contragolpe contra o crime

Em abril deste ano, uma ação conjunta entre Polícia Civil, Ministério Público e Susepe transferiu 13 líderes do tráfico do presídio de Caxias do Sul para a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). A ação, denominada Serrania, de acordo com o diretor do Departamento de Segurança e Execução Penal da Susepe, Ângelo Carneiro, é considerada o modelo ideal adotado atualmente para barrar o avanço das facções criminosas no Interior.

"Detectamos na Serra e em outras regiões uma facção que estava criando ramificações importantes a partir dos presídios. Agimos diretamente no foco do problema, tirando as lideranças do meio das massas. Hoje, na Pasc, eu asseguro que é possível isolar os presos e desarticular essas associações" – destaca.
A Serra concentra um dos braços mais independentes da facção Os Manos. A investigação constatou que as lideranças haviam se unido e tomavam o controle tanto da cadeia quanto das ruas. Essa facção seria um dos motivos para a explosão dos homicídios em Caxias do Sul no ano passado, quando 150 pessoas foram assassinadas na cidade.

Agora, porém, a polícia investiga a possibilidade de consequências nas ruas da ação de abril. No último final de semana, quatro pessoas foram vítimas de uma chacina em uma casa que era usada como ponto de tráfico de drogas no bairro Pioneiro. Uma das linhas de investigação apura a possibilidade de criminosos ligados aos Bala na Cara terem executado o crime para tentar tomar o ponto dos rivais.

"Comprovando o aporte de mais uma facção criminosa e em disputa pelo mercado, nós alcançamos o mesmo patamar da Região Metropolitana. Precisamos nos preparar para este tipo de investigação, não somente do tráfico de drogas isolado, mas também quanto ao modo de ação destas facções" – alerta o delegado Rodrigo Kegler Duarte, da Delegacia de Homicídios de Caxias do Sul.
Outra linha de investigação demonstraria que a ação de abril foi insuficiente para desarticular a facção. Seria uma represália do grupo contra traficantes locais que, na ausência dos líderes, teriam passado a traficar de maneira independente. Neste ano, Caxias do Sul já registrou 53 assassinatos.

Região era investimento da facção

No começo do ano passado, temendo uma consequência trágica, a mãe do adolescente Luís Ricardo Rodrigues da Silva, 16 anos, retirou-o da Região Metropolitana, onde o envolvimento com uma facção criminosa tornou o seu destino muito arriscado. Mandou o rapaz para Santa Maria, na Região Central.

No dia 1º de junho de 2016, o adolescente foi executado no bairro Itararé. O inquérito ainda não foi encaminhado à Justiça, mas a Delegacia de Homicídios local já teria identificado a autoria. A suspeita é de que ele tenha sido morto a mando dos Bala na Cara.

Há pelo menos dois anos a polícia tenta barrar o fortalecimento do grupo na cidade. Mesmo assim, o bando conseguiu se estabelecer sobretudo na região oeste de Santa Maria, reduto de um traficante. No primeiro trimestre deste ano, 13 pessoas foram assassinadas. Uma estatística que vem se mantendo nos últimos três anos, mas com uma característica peculiar.

"Nos crimes relacionados à facção, notamos que os atiradores geralmente vêm de outros lugares, a mando e orientados por criminosos locais" – explica o delegado Gabriel Zanella, da Delegacia de Homicídios de Santa Maria.
Outro sinal da presença do crime organizado na cidade, de acordo com o titular da Delegacia de Furtos, Roubos e Capturas de Santa Maria, delegado Sandro Meinerz, é a alta nas apreensões de maconha. Neste ano, 250kg da droga foram apreendidos só pela Polícia Civil. Nos últimos cinco anos, foram duas toneladas.
"Quando deflagramos a Operação Palco, em 2015, havia um plano bastante ousado de investimento da facção nessa região. Tentaram se estabelecer no Beco da Tela, que não é muito distante do centro da cidade. Despejariam drogas e colocariam integrantes da Região Metropolitana para tomar o controle dos pontos" – relata.
Por trás do financiamento estava o assaltante José Carlos dos Santos, o Seco, vinculado aos Bala na Cara, que teria conhecido o traficante local, em Charqueadas. A partir de lá, comandavam a tomada da cidade na Região Central.
"Eles não conseguiram cumprir o plano que tinham, de dominar toda a região e controlar diversas áreas da cidade. Mas na mais empobrecida de Santa Maria, exercem poder. Tudo isso alimentado pelo que atraía o investimento do Seco: o potencial de consumo de maconha da cidade" – explica o delegado.

A guerra invadiu o cenário interiorano

Passava do meio-dia de segunda-feira, 24 de abril, quando três homens armados com pistolas 9mm desembarcaram de uma caminhonete em uma das ruas de chão batido do bairro Getúlio Vargas, próximo à área central de Santo Augusto, na Região Noroeste. Dispararam dezenas de vezes contra quem estava na frente de uma das casas de madeira. Mataram Irineu Camargo, 69 anos, um dos mais conhecidos moradores da cidade, famoso pelos salames que a família produz. Deixaram feridos ainda a mulher dele e o filho, de 33 anos, conhecido como Pelezinho no futebol amador local, e que hoje vive o drama de perder os movimentos de uma das mãos. Eles não eram o alvo dos bandidos. E sim um vizinho, que tomava chimarrão com Irineu naquele momento.

"Ninguém consegue esquecer. Todo mundo caminha na rua olhando para os lados, cuidando os movimentos. Nunca se sabe quando uma desgraça pode acontecer de novo" – conta uma moradora de 27 anos, que prefere não ser identificada, por medo de represálias.
Recentemente, moradores perceberam a movimentação de duas caminhonetes com placas da Região Metropolitana e acionaram a Brigada Militar. Os policiais logo chamaram reforço regional e, em alguns minutos, todos no município percebiam as viaturas por todos os lados. Era alarme falso. O susto foi porque os atiradores que mataram Camargo eram de Novo Hamburgo e agiram, segundo o delegado Gustavo Fleury, a mando de um traficante local, atualmente foragido.

A Região Noroeste virou ponto estratégico para a facção Os Manos. O grupo fornece, da Região Metropolitana, crack e cocaína para abastecer o tráfico local. Em troca, recebe maconha que é trazida da fronteira local com a Argentina. Para adquirir a droga no lado estrangeiro, são comuns as trocas por motos roubadas no lado brasileiro. Os roubos de veículos aumentaram 166% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado no Noroeste. De acordo com o delegado que investiga o caso, o estopim para a tentativa de matar o vizinho de Irineu Camargo em Santo Augusto foi justamente uma moto roubada.

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Piratini anuncia construção de presídios no RS

Governador Sartori confirmou que Estado terá mais três complexos, além de nova central de triagem

Por: Mateus Ferraz e Marcelo Kervalt/ZH
O governador José Ivo Sartori anunciou, na manhã desta segunda-feira (12), medidas para o sistema penitenciário gaúcho. Conforme o governador José Ivo Sartori, três presídios serão construídos no Rio Grande do Sul, além de um centro de triagem em Porto Alegre.
Charqueadas terá um presídio federal de segurança máxima, em área de 25 hectares, próximo à RS-401. A capacidade será para 208 apenados, de alta periculosidade. O investimento estimado no complexo é de R$ 40 milhões e é resultado da adesão ao Plano Nacional de Segurança Pública.
Sartori também confirmou a construção de presídio estadual em Viamão, com capacidade para 430 lugares, em área de 10 hectares. Os R$ 26 milhões das obras serão custeados com recursos federais.
O terceiro presídio anunciado pelo governador será em Alegrete. Em processo de licitação, o complexo estadual terá custo de R$ 16,5 milhões e será financiado pelo Estado e pela União. Com capacidade para 286 apenados, o lugar ficará em uma área de 10 hectares, próximo ao posto da Polícia Rodoviária Federal.
Ao todo, serão 924 novas vagas em penitenciárias.

Já o centro de triagem da Capital poderá abrigar 96 detidos. O investimento será de R$ 2,9 milhões, com recursos do Estado. O centro ficará em área anexa à Cadeia Pública de Porto Alegre e, segundo Schirmer, substituirá o ônibus-cela Trovão Azul.
"Não podemos descansar nem recuar. O enfrentamento da criminalidade precisa desse esforço diário, constante e concreto" — disse o governador durante a coletiva de imprensa.
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"Piratini anuncia construção de presídios no RS"... Em Charqueadas será o empregado o dinheiro para construção de Presídio Federal e está em processo de licitação, porém quanto às demais cidades, sequer há processo de licitação em andamento, nem dinheiro, como é o caso do presídio de Viamão. O presídio de  Alegrete é antigo, assim como os de Passo Fundo, Lageado, Bento Gonçalves, Canoas, etc. Assim, percebe-se que está mal a Segurança Pública e a Susepe.

Vejam o vídeo:

Susepe projeta abrir mais dois centros de triagem de presos em 60 dias

Superintendente admitiu que sistema carcerário oferece condições de tortura, devido a superlotação

A superintendente é fraca, mas ainda está bonita...

Titular da Superintendência de Serviços Penitenciários, Marli Ane Stock, projetou dois novos centros | Foto: Guerreiro / ALRS / Divulgação / CP memória

A titular da Superintendência de Serviços Penitenciários do Rio Grande do Sul (Susepe), Marli Ane Stock, projetou a abertura de mais dois centros de triagem de presos nos próximos dois meses. Segundo a superintendente, com isso, mais 192 vagas serão abertas para desafogar a superlotação de celas de delegacias. O prazo estimado pela titular da Susepe se deve à perspectiva de lançamento de um dos editais de construção do primeiro centro já na próxima semana.
Acredito que em 30 dias possamos instalar o centro de triagem e mais uns 30 dias até publicar o edital do segundo. Acredito que em 60 dias a gente já consiga ter esses dois em pleno funcionamento. Cada um deles com 96 vagas”, projetou Marli.
Atualmente a Susepe já conta com um centro de triagem localizado em um terreno na zona Leste da Capital. Além das duas obras em dois meses, a superintendente garante que um quarto centro vai ser construído, mas no médio prazo. Engenheiros ainda fazem o projeto da obra. Já o quinto centro de triagem com uso de contêineres, segundo Marli, não está mais nos planos.

Canoas

A superintendente também projetou que mais um módulo do Complexo Penitenciário de Canoas seja aberto até o fim deste mês, gerando oferta de mais 148 vagas. A perspectiva toma como base a conclusão do esgotamento do local, que está sendo feito pela Corsan. Outro problema é a falta de vias internas para deslocamento de veículo no complexo. Segundo a superintendente, a alternativa atual é a construção de uma via de serviço que permita a abertura imediata desse segundo módulo.
Até o momento, só uma unidade do complexo, com 393 vagas, foi aberta. O restante dos módulos vai permitir abrigar mais 2.431 vagas. O complexo chegou a ser inaugurado por Sartori em março do ano passado.
As afirmações da superintendente foram feitas após audiência pública, nessa quarta, na Assembleia Legislativa gaúcha, que tratou da superlotação de celas em delegacias.

Susepe não consegue assumir guarda externa de presídios 

A superintendente também afirmou que a Susepe não dispõe de pessoal para assumir, no lugar da Brigada Militar, a chamada guarda de muros nos presídios gaúchos. Segundo Marli, o mais adequado é que, para ocupar o lugar dos brigadianos, sejam convocados novos servidores, específicos para a atividade.
Hoje não está dentro das atribuições do servidor penitenciário a guarda de muros. Eu acredito que (o governo) já tenha uma proposta para um concurso específico para guarda de muros, que seria o ideal. Porque hoje nós não temos servidores para fazer guarda interna. Então retirar esses servidores e colocar na guarda externa fragilizaria o interior dos estabelecimentos”, disse.
A substituição da guarda externa dos presídios deve ser efetivada caso a Assembleia aprove a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 255/2017, enviada pelo governador Sartori. O projeto retira da Brigada Militar (BM) a exigência de realizar a guarda de muros das cerca de 150 casas prisionais do Rio Grande do Sul. Nos bastidores, um integrante do núcleo do governo já admitiu que a terceirização, com uso de seguranças privados, é uma alternativa projetada para substituição dos PMs.

Susepe admite tortura

Durante a audiência pública, a representante da Defensoria Pública gaúcha apontou que parte dos presos do Estado está em condições sub-humanas. A superintendente admitiu que, nos presídios onde há superlotação, a afirmação de que o sistema carcerário pratica tortura é verdade.
Nós trabalhamos com uma superlotação que é histórica. Não são condições adequadas. Mas nós também cuidamos para que isso não aumente. Hoje os presos, alguns deles, dormem no chão. Isso pode ser considerado uma forma de tortura. Mas o que nós vamos fazer? Onde vamos colocar esses presos?”, questiona.

quarta-feira, 1 de março de 2017

O governicho do Sartori e secretários

Governo do RS reduz investimento em saúde, educação e segurança

Gastos com áreas consideradas prioritárias tiveram queda real de até 11,2% em 2016, quando considerada a inflação do período

Por: Juliana Bublitz/ZH

O governo do Estado fechou 2016 com queda nos percentuais aplicados em três áreas prioritárias: saúde, educação e segurança. Em termos reais, os valores injetados nesses setores também caíram tanto em relação a 2014, último ano da gestão de Tarso Genro (PT), quanto na comparação com 2015, quando José Ivo Sartori (PMDB) assumiu o comando do Palácio Piratini.
Os dados integram a mensagem enviada pelo governador à Assembleia no início de fevereiro. Tradicionalmente, o documento apresentado todo ano contém o resumo das ações adotadas no período e a síntese da situação financeira do Estado.
A área que apresentou a maior redução foi a da educação. Embora o índice tenha se mantido acima do exigido pela Constituição Federal (25% da receita líquida de impostos e transferências), ficou 3,5 pontos percentuais abaixo do registrado em 2014. Em números absolutos, os R$ 8,54 bilhões aplicados no ano passado significaram redução de 11,2%, considerando a inflação do período.
Na saúde e na segurança, o decréscimo real foi menor, de 5% e de 6,3%, respectivamente, mas nem por isso menos preocupante.
Na avaliação de Ronald Krummenauer, diretor-executivo da Agenda 2020, uma ONG ligada às federações empresariais, o quadro é resultado de "decisões irresponsáveis tomadas no passado", que comprometeram as finanças.
"O mais grave é perceber que estamos fragilizando as áreas que deveriam ser as mais importantes" — avalia Krummenauer.
Líderes de entidades ligadas aos setores afetados alertam para o impacto dos números na vida da população. No caso da saúde, o presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Paulo de Argollo Mendes, cita a perda de mais de 400 leitos hospitalares reservados a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) nos últimos dois anos.
"Infelizmente, estamos vendo uma deterioração grave e progressiva da situação" — diz o presidente do Simers. 
O presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Brigada Militar (Abamf), Leonel Lucas, relaciona a redução de verbas na segurança à explosão da criminalidade no Estado. Quanto à educação, o coordenador de comunicação do Cpers-Sindicato, Enio Manica, adverte que "não há como ter qualidade sem investimentos".
"Se continuar assim, as coisas só vão piorar" — conclui Manica.