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sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Controle de presídios por facções é resultado da ausência do Estado, admite Jungmann

Lotação carcerária e facções que comandam o crime organizado de dentro das cadeias são alguns dos problemas do sistema prisional brasileiro e que precisam ser combatidos. Para isso, existem, pelo menos, quatro medidas para tentar solucionar esta crise.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou que “a ausência do Estado leva a esse tipo de problema” com facções “recrutando” novos apenados, por exemplo.
Segundo ele, o sistema prisional deveria atuar como um “subsistema” de Justiça e servir para ressocialização, mas, em nível federal, “é o home office” do crime organizado.
 “A primeira coisa [a fazer] é o Estado recuperar o controle. Como o Estado não consegue garantir a vida do preso, quem vai garantir são as facções. Quem foi para lá por furto, por exemplo, tem que fazer juramento a facções, e isso vale dentro e fora do presídio. Então a ausência do Estado é que leva a esse tipo de problema”, disse.
Essa é minha nêmesis, o que me tira o sono”, completou o ministro.
Você tem dois sistemas penitenciários, um é federal. Neste não tem celular, não tem nenhum tipo de problema, mas nas 1,3 mil unidades prisionais dos Estados a situação não é a mesma. Temos situação muitíssimo grave. Brasil tem 70 facções de base prisional, elas surgem, crescem e controlam o sistema prisional”, explicou.
Para controlar a situação, Jungmann apresentou quatro pontos, entre eles está a criação do Sistema Único de Segurança, que permite que integre as operações no plano federal e estadual.
É preciso que se entenda que o Governo federal não tem poderes para interferir no sistema prisional dos Estados. O sistema vai nos possibilitar trabalhar em conjunto com Estados”, completou.
O segundo ponto é o projeto de lei que está no Congresso, de autoria de Alexandre de Moraes, que institui o parlatório dentro do sistema prisional. 
Brasil tem a jabuticaba que é a visita íntima e social. Extinguir isso e colocar um parlatório gravando tudo”, explicou.
O terceiro ponto para solucionar a crise seria colocar, pelo período de um ano, os chefes de facções criminosas em presídios de segurança máxima.
Ampliar as atividades laborais dentro e fora dos presídios é o último ponto apresentado pelo ministro.
Se presidiário chega lá dentro, não tem segurança e precisa de facção, se ele não gera renda e não tem trabalho, mais ainda fica na mão de facções. Acabamos de criar, por decreto, a política de trabalho para presos e egressos”.

Deputado pede que governador se desculpe por vídeo em convenção

Imagem do Presídio Feminino de Lajeado foi utilizada no lançamento da candidatura de José Ivo Sartori

O vídeo produzido pela pré-campanha do MDB e apresentado na convenção do partido, realizada no domingo em Porto Alegre, reverberou na Assembleia Legislativa. Na tarde de ontem, o deputado estadual Enio Bacci (PDT) cobrou que o governador do Estado peça desculpas para a comunidade de Lajeado. Trecho do vídeo dá a entender que a construção do Presídio Feminino é uma obra do Executivo estadual. 
"No sistema prisional, Sartori concluiu o moderno complexo de Canoas, para quase três mil apenados, e iniciou a construção do presídio de Bento Gonçalves. Lajeado ganhou um presídio feminino e reformas revitalizaram as unidades de Santiago e Camaquã", diz a narração.
Bacci destaca que a construção não teve nenhum dinheiro público. 
"A duras penas, com muito trabalho e suor, o presídio foi construído."
Segundo ele, foi preciso que o Judiciário pressionasse o governo para que o Presídio Feminino entrasse em funcionamento. Bacci frisa que os responsáveis pela obra foram o líder comunitário Léo Katz e o juiz Luís Antônio de Abreu Johnson.
Procurada pela equipe de O Informativo do Vale, a assessoria de imprensa do MDB respondeu que o vídeo era para exibição exclusiva na convenção partidária. Em nota, o partido diz que "a construção do Presídio Feminino de Lajeado, com capacidade para 84 vagas, é uma iniciativa louvável da comunidade local, do Poder Judiciário e da prefeitura.
"Na resposta, o MDB frisa que cabe ao Estado a manutenção da casa prisional, o que inclui a cobertura das despesas e a disponibilização de pessoal para sua administração. A legenda ressalta que não consta no vídeo que o governo do Estado construiu o presídio, mas que a cidade ganhou a unidade".
Em notícia publicada no blog do jornalista Felipe Vieira, o diretor do Foro da Comarca de Lajeado, juiz Luís Antônio de Abreu Johnson, disse ter sido pego de surpresa com o vídeo e que a comunidade de Lajeado e do Vale do Taquari construiu e entregou ao Estado o presídio. Ele afirmou que espera que Sartori e o secretário de Segurança, Cezar Schirmer, determinem a retirada da veiculação desta parte do vídeo.

Relembre o caso

O projeto da ala feminina do Presídio Estadual de Lajeado iniciou-se em 2012, com uma promessa de contrapartida do Estado de 60% do valor. Diante da demora do governo em repassar qualquer tipo de recurso ou confirmar o aporte, a obra saiu do papel em março de 2015, quando as lideranças e autoridades regionais decidiram fazer a construção sem intervenção do Estado.
Com verbas da Prefeitura de Lajeado, Judiciário de Lajeado, Estrela e Teutônia, e doações da comunidade, foram investidos cerca de R$ 900 mil na construção do presídio feminino e do novo albergue masculino.
A estrutura foi entregue pela comunidade ao governo do Estado no dia 25 de novembro de 2016 e, na ocasião, a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) prometeu que a ocupação da casa prisional começaria em até duas semanas, já que dependia apenas da oficialização de transferência dos agentes para trabalhar no local. Porém, as primeiras detentas foram recebidas apenas em janeiro de 2017, depois de uma decisão judicial em que era determinada a ocupação do estabelecimento em até 72 horas.

sábado, 18 de agosto de 2018

Pesquisa Ibope na disputa pelo governo do Rio Grande do Sul

O Ibope divulgou, na noite desta sexta-feira (17), os números da primeira pesquisa para o governo do Estado e para o Senado desde o registro das candidaturas no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e o início oficial da campanha.

No cenário estimulado (no qual o eleitor recebe um cartão com os nomes dos concorrentes), José Ivo Sartori (MDB) lidera com 19% das intenções de voto. Em seguida, aparecem Eduardo Leite (PSDB), Miguel Rossetto (PT), ambos com 8%, e Jairo Jorge (PDT), com 6%. Como a margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, o trio está tecnicamente empatado.
Na pesquisa espontânea (não são apresentados os nomes dos candidatos), Sartori teve 7% das citações, seguido por Jairo (3%), Leite (2%) e Rossetto (2%). O Ibope também perguntou em quem o eleitor não votaria de jeito nenhum: Sartori aparece em primeiro lugar, com 44% das respostas. Em segundo lugar, está Rossetto, com 12%, seguido por Júlio Flores e Roberto Robaina, ambos com 10%. 
A pesquisa foi realizada com 1.008 pessoas em 60 municípios do Estado, entre os dias 14 e 16 de agosto. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. O levantamento foi registrado no TRE/RS sob o número 01969/2018.
Confira os números da pesquisa:

Estimulada

Se a eleição para governador no Rio Grande do Sul fosse hoje e os candidatos fossem estes, em quem o (a) senhor(a) votaria?
José Ivo Sartori (MDB)  - 19%
Eduardo Leite (PSDB)  - 8%
Miguel Rossetto (PT)  - 8%
Jairo Jorge (PDT) - 6%
Julio Flores (PSTU) - 4%
Mateus Bandeira (Novo) - 2%
Roberto Robaina (PSOL) - 2%
Branco/Nulo - 28%
Não sabe/Não respondeu - 22%

Espontânea

Se a eleição para governador fosse hoje, em quem o (a) senhor (a) votaria para governador do Rio Grande do Sul?
José Ivo Sartori (MDB) - 7%
Jairo Jorge (PDT) - 3%
Eduardo Leite (PSDB) - 2%
Miguel Rossetto (PT) - 2%
Julio Flores (PSTU) - 1%
Mateus Bandeira (Novo) - 0%
Roberto Robaina (PSOL) - 0%
Outros - 2%
Branco/Nulo - 20%
Não sabe/Não respondeu - 63%

Rejeição

Dentre estes candidatos a governador do Rio Grande do Sul, em qual o (a) senhor (a) não votaria de jeito nenhum?
José Ivo Sartori (MDB) - 44%
Miguel Rossetto (PT) - 12%
Julio Flores (PSTU) - 10%
Roberto Robaina (PSOL) -10%
Jairo Jorge (PDT) - 8%
Eduardo Leite (PSDB) - 7%
Mateus Bandeira (Novo) - 6%
Poderia votar em todos - 8%
Não sabe/Não opinou - 24%

Expectativa de vitória

Independentemente da sua intenção de voto, quem você acha que será o próximo governador?
José Ivo Sartori (MDB) - 23%
Miguel Rossetto (PT) - 7%
Eduardo Leite (PSDB) - 6%
Jairo Jorge (PDT)-  6%
Julio Flores (PSTU)  - 2%
Roberto Robaina (PSOL) - 2%
Mateus Bandeira (Novo) - 1%
Não sabe/Não respondeu - 52%

Avaliação do governo Sartori

De uma maneira geral, como o (a) senhor (a) classifica a administração do governo José Ivo Sartori?
Ótima - 1%
Boa - 13%
Regular - 30%
Ruim - 17%
Péssima - 36%
Não sabe/não respondeu - 4%

Avaliação do governador

O senhor (a) aprova ou desaprova a maneira como o governador José Ivo Sartori vem administrando o Rio Grande do Sul?
Aprova - 24%
Desaprova - 68%
Não sabe/não respondeu - 8

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Selecionados primeiros presos para a Apac Porto Alegre

Previsão de conclusão das obras em pavilhão que receberá apenados é de 45 dias

Diretores de duas penitenciárias do Rio Grande do Sul fizeram a seleção dos primeiros presos que poderão ser transferidos para a Apac (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados) Porto Alegre. O método foi criado há três décadas no interior de São Paulo, abrangendo apenados de todos os regimes prisionais dispostos a ressocialização por meio de estudo, trabalho, disciplina e construção de valores. 
Segundo o coordenador do Núcleo de Apoio à Fiscalização de Presídios do Ministério Público (MP), procurador de justiça Gilmar Bortolotto, nessa primeira fase são selecionados perfis de presos do regime fechado sem vínculo com facções criminosas. Numa das cadeias, foram selecionados cerca de 40. Da outra, a quantidade ainda não foi divulgada. Juízes de execuções criminais é que definirão a lista final de transferência.
- Agora nós vamos ouvir esses presos para saber se eles querem participar do método Apac. O nosso objetivo é começar a ocupar a Apac até o fim do ano.
Bortolotto preferiu não divulgar de quais as cadeias os presos foram selecionados para evitar expectativa dos apenados. Depois da definição dos nomes, três presos terão de passar por uma espécie de estágio em uma Apac em operação. Minas Gerais é o Estado onde há mais experiência de ressocialização através desse método. No RS, a primeira Apac a operar será a de Porto Alegre. Já existem Apac's constituídas em Canoas, Pelotas, Três Passos e Palmeira das Missões.
- Queremos colocar os presos para estudar. Eles vão participar de oficinas junto com seus familiares. Precisamos criar a  cultura da Apac para acelerar a ressocialização dos apenados.
A Apac Porto Alegre fica no antigo Instituto Penal Padre Pio Buck, no bairro Partenon, cedido pelo Estado. Desde abril, voluntários e órgãos públicos buscam verbas para a reforma dos pavilhões. A estrutura que ficará pronta primeiro tem capacidade para receber até 40 presos. A previsão de conclusão da instalação das grades e do pátio do local é de 45 dias. A instituição conseguiu R$ 200 mil do Judiciário para as obras. Voluntários que vão trabalhar no local já começaram a ser treinados.
O outro pavilhão, que receberá mais 60 presos do regime fechado, também passará por reforma. O terreno ainda tem mais dois pavilhões que deverão receber 100 presos do regime semiaberto.

Custos

- Para cada vaga ocupada na Apac, o Estado repassará para a entidade o valor do custeio, que deve ser equivalente a 40% do custo médio de um preso tradicional. O custo de uma vaga na Apac varia de R$ 10 mil a R$ 20 mil, enquanto, no sistema tradicional, chega a R$ 60 mil.
- A Superintendência dos Serviços Penitenciários terá um núcleo para acompanhar a qualidade do serviço e a utilização dos recursos, que também serão fiscalizados pelo Tribunal de Contas do Estado, Contadoria e Auditoria-Geral do Estado, Tribunal de Justiça do Estado e Procuradoria-geral de Justiça

Controle de presos

- Com recursos oriundo do convênio com o Estado, a Apac contratará empregados para funções administrativas e de segurança, sob supervisão dos voluntários que integram a diretoria da entidade.
- A transferência de apenados dos regimes fechado e semiaberto para a Apac dependerá de autorização judicial com parecer do Ministério Público. Os primeiros apenados deverão ser aqueles de perfil menos agravado. Detentos do regime fechado ficarão em celas com grades.     
- Apenados que praticarem faltas graves como briga, porte de arma, droga ou celular serão desligados da Apac. Retornarão para presídio comuns, entrando outro na vaga.  

As atividades

- A rotina diária na Apac começa às 6h e se estende até as 22h. Os presos trabalharão na cozinha, lavarão a própria roupa e terão outras ofertas de trabalho, estudo, assistência jurídica e à saúde e oficinas de reflexão - ações de construção de valores morais e religiosos, no qual o preso avalia as consequências do crime na vida dele e dos familiares.
- Assim como voluntários e empregados, os detentos também passaram por cursos para conhecimento do sistema Apac que preza o comprometimento do grupo com apenados, ajudando um ao outro, com participação da família e da comunidade.

terça-feira, 14 de agosto de 2018

Encontro com colegas da FPLD, churrasco no dia 09/08

O churrasco foi no Salão de Festas  do condomínio, onde moram Antônio e Neida Cavalcanti.

Fundação Patronato Lima Drummond - Gestão 2018/2020

DIRETORIA
Presidente - Nício Brasil Lacorte
Vice-Presidente - Maria Lúcia Médici
1º Secretário - Neida F. R. S. Holanda Cavalcanti
2º Secretário - Márcia Regina Menezes Dias
1º Tesoureiro - Humberto Luiz Ruga
2º Tesoureiro - Antonio Carlos de Holanda Cavalcanti
CONSELHO DELIBERATIVO
Presidente
Carlos Eduardo Aguirre da Silva
Vice-Presidente
Marise Beatriz Bettio Machado
Componentes
José Dilamar Vieira da Luz
Dani Rudnicki
Eloisa Pitrez Fontana
Rudinei Rupertti Camargo
Maria Antonieta Felippetto
CONSELHO FISCAL
Presidente
Carlos Eduardo Schönerwald da Silva
Componentes
Célia Ferreira Dornelles
Nair Cauduro
SUPLENTES DO CONSELHO FISCAL
Componentes
Maria Cristina Oliveira
Ênio Andrade

As fotos:





Presidente Nício Lacorte

No meio diretoria do FPLD na Susepe
Diretoria e esposa do Presidente Nício Lacorte
Maria Lúcia Medici - Vice-Presidente
O Grande churrasco Cavalcanti

Mais parcelamentos dos salários desse governicho do RS do Sartori

Na coluna da Rosane Oliveira: "Novo Depósito"

"O governo do Estado fez mais um depósito ontem e liquidou os salários de quem ganha entre R$ 4.500 e R$ 8 mil.
Em projeção conservadora, a Secretaria da Fazenda prevê quitar os vencimentos acima desse valor apenas após o dia 21 de agosto.
Para o pagamentos de ontem, o governo usou do ICMS  (R$ 330 milhões) que entraram no caixa desde sexta-feira."

Uma coluna que apenas repete o que fala esse governicho do RS. Ela não tem respostas como uma jornalista, mas somente noticia que o Estado não tem como pagar os salários dos servidores públicos. Mas como ficam os Impostos arrecadados pelo Estado em torno de R$ 2 bilhões por mês? 

E, ainda, os servidores do Executivo, além de terem os salários parcelados, são os que possuem os piores vencimentos do Poder Público, enquanto os deputados, juízes, promotores, auditores do TC ganham mais e não estão com os salários parcelados.

Péssimos políticos e péssimos jornalistas do RS.

domingo, 12 de agosto de 2018

Dos pais

Há pais que só fazem filhos, alguns com mais de uma mulher e praticamente os abandonam, pois não acompanham suas vidas.

Laura 1990

Há pais que têm filhos, são presentes, porém omissos, ao não dar a devida atenção no dia a dia e em todas as fases da vida dos seus rebentos.

 

Há pais que maltratam e até matam seus próprios filhos, fatos que chocam aqueles que não conseguem, como eu, entender como pode alguém, que tem por principal missão proteger, tirar a vida de um ser que gerou.
Há pais que não são bons exemplos para seus filhos, agindo na profissão e no dia a dia sem respeitar princípios éticos, morais e até legais. Alguns desses cretinos até possuem um bom discurso, contudo, na prática, são exemplos daquilo que ninguém deve ser. E os filhos, geralmente, fazem o que os pais fazem e não o que falam.
Laura 2018

Há muitos anos - desde 1982 - eu não tenho pai, que desencarnou muito cedo, aos 57 anos, por problemas de saúde decorrentes do tabagismo que ele nunca conseguiu largar, além do sedentarismo, mal que mata muitas pessoas bem mais cedo do que deveria.
Ele não teve tempo de conhecer minha filha Laura, que nasceu cinco anos depois de sua partida.
Casado com Neida Cavalcanti, o exemplo do que aconteceu com meu pai eu procurei não seguir, principalmente após o nascimento da Laura. Larguei o cigarro há vários anos, sempre procurei me exercitar e cuidar da saúde, tudo para viver o maior tempo possível com qualidade, e assim poder acompanhar o desenvolvimento de minha filha, agindo com parceria e amizade e procurando ser um bom exemplo para ela.
Atualmente ela está com 30 anos e pelos resultados, posso me considerar um vencedor, pois Laura é uma pessoa maravilhosa e muito sociável, talentosa naquilo que faz, inteligente, admirada e amada, não apenas pelos pais, mas também pelas inúmeras pessoas com quem mantém amizade.
Desde o período de gestação, o nascimento, em todas as fases do seu desenvolvimento, sempre procurei estar presente, conversando e brincando com minha filha, protegendo nos momentos em que houve necessidade e participando ativamente em cada apresentação na escola, cada evento que a emocionava.
Um pai deve ser assim, não apenas protetor, não apenas um educador, mas, além de tudo, um companheiro amigo e fiel, com quem seus filhos possam contar por toda a vida.

Um feliz dia dos pais a todos!!!

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Testemunhas depõem sobre caso de 49 agentes penitenciários suspeitos de fraudes em diárias da Susepe

Acusação identificou desvios em pelo menos 769 notas fiscais falsas de hotéis

A 11ª Vara Criminal do Foro Central de Porto Alegre realiza nesta terça-feira (31) uma série de audiências para ouvir dezenas de testemunhas no caso de 49 agentes penitenciários denunciados em 2015 por fraude em diárias da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). Os desvios superaram R$ 1,5 milhão em apenas um ano, mas o Ministério Público acredita que podem chegar a R$ 11 milhões.
Estão sendo ouvidas as testemunhas que residem em Porto Alegre e que envolvem dez réus investigados por crimes contra a administração geral. Na quarta e na quinta-feira serão ouvidas, por videoconferência, testemunhas de outros municípios.
Devido à complexidade dos fatos, o caso foi dividido em três processos. Além deste, há outro sobre crimes contra a administração em geral e um terceiro envolvendo ação de improbidade administrativa. Todos eles têm audiências marcadas para agosto e setembro deste ano. Além da Capital, há testemunhas dos três processos em Pelotas, Ijuí, Charqueadas, Santa Rosa, Taquara, Montenegro, Santo Ângelo, Santa Maria, Cerro Largo, São Luiz Gonzaga, Tucunduva, Bento Gonçalves, além de Florianópolis, Curitiba e Sinop, no Mato Grosso. Alguns deles, bem como réus, pelo menos dois, não estão sendo localizados. 
Em 2015, o Ministério Público denunciou 49 agentes penitenciários envolvidos em esquema para fraudar diárias da Susepe. Só em 2014, o prejuízo foi superior a R$ 1,5 milhão.
Entre os denunciados há dois suspeitos que eram supervisores da divisão de monitoramento eletrônico na época das investigações. Ao todo, foram apontados mais de 900 fatos criminosos resumidos em peculato e falsidade ideológica. Os envolvidos foram investigados na chamada Operação $u$epe, da Promotoria Especializada Criminal.
Na ocasião, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em quatro hotéis da Capital para a localização de registros relativos aos hóspedes dos estabelecimentos, nos anos de 2013 e 2014, bem como as segundas vias das notas fiscais emitidas naqueles anos. Alguns dias depois da ação, a Susepe trocou toda a chefia de monitoramento.
As investigações identificaram desvio de diárias envolvendo 158 agentes penitenciários, que utilizaram nas prestações de contas junto à Susepe pelo menos 769 notas fiscais falsas de hotéis. As notas foram apresentadas por agentes penitenciários que desempenhavam suas funções no monitoramento eletrônico, para a comprovação de hospedagem em Porto Alegre. Os agentes moravam na cidade e estavam lotados apenas formalmente no Interior com o intuito de obter os valores.

Governo do RS perde recursos federais que seriam usados para a construção de presídio feminino de Rio Grande

Vídeo:

https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2018/07/27/governo-do-rs-perde-recursos-federais-que-seriam-usados-para-a-construcao-do-presidio-feminino-de-rio-grande.ghtml

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Justiça penal é péssima no Brasil

Uma semana depois de ser condenado por atear fogo a namorada, homem vai para o semiaberto

Para defesa de Igor Rafael Schonberger, 24 anos, o regime fechado, estipulado pela juíza, estava equivocado pela duração da pena: sete anos e 11 meses de prisão


Bárbara Hoelscher ficou 73 dias internada na UTI com 47% do corpo queimado
 
A defesa de Igor Rafael Schonberger, 24 anos, obteve na quarta-feira (25), decisão liminar permitindo que o jovem cumpra pena no regime semiaberto. Na semana passada, a juíza Larissa de Morais Moraes sentenciou o réu, em regime fechado, há sete anos e 11 meses por tentativa de homicídio com três qualificadoras (meio cruel, recurso que dificultou a defesa e tentativa de feminicídio). Ele foi condenado por colocar fogo na então namorada, Bárbara Hoelscher, 26 anos. 
Anderson Roza, advogado de Schonberger,  afirma que o jovem cumpre os requisitos para cumprir os sete anos e 11 meses no regime semiaberto.
"O regime fixado pela juíza estava equivocado pelo tamanho da pena" —alegou a defesa. 
 A decisão liminar foi tomada pelo desembargador José Antônio Cidade Pitrez.  Schonberger está detido no Presídio Central, em Porto Alegre, onde aguarda determinação da  Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) para qual casa prisional deve ser transferido para seguir cumprindo a pena no semiaberto.
O caso aconteceu no dia 10 de novembro de 2016, na casa onde moravam, em Lindolfo Collor.  Bárbara Hoelscher  ficou 73 dias internada na UTI com 47% do corpo queimado. 
"A ficha não caiu ainda, eu me sinto injustiçada. Tenho medo dele voltar e terminar o que começou" — lamentou a vítima ao saber da decisão liminar. 
A advogada de Bárbara e assistente de acusação do Ministério Público, Caterine Rosa, irá recorrer da decisão do desembargador.

O crime

Denunciado pelo Ministério Público, Schönberger foi preso preventivamente e recolhido ao Presídio Central em 23 de fevereiro de 2017 acusado de tentativa de homicídio quadruplamente qualificado (motivo fútil, recurso que dificultou a defesa da vítima, meio cruel e tentativa de feminicídio). Ele foi pego em uma operação da Delegacia de Capturas do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) em um sítio na cidade de Imigrante, no Vale do Taquari, onde estava escondido há mais de 90 dias.

Igor Rafael Schonberger
Em entrevista a GaúchaZH em 2017, Bárbara contou que, em 10 de novembro de 2016, os dois tiveram uma discussão por volta das 22h, quando foi surpreendida, depois de ser agredida fisicamente, por um jato de inseticida na sua boca. Em seguida, ele teria jogado água sanitária no seu corpo e colocado fogo. Igor admitiu apenas ter riscado um fósforo e ter jogado o palito aceso contra Bárbara. Os produtos químicos,  garante o advogado do preso, ela própria teria jogado em seu corpo. 
As chamas foram contidas debaixo do chuveiro, no momento anterior à correria para chegar ao hospital de Ivoti, de onde foi transferida ainda na madrugada para Novo Hamburgo.

sábado, 4 de agosto de 2018

Os cinco mais dos Clubes nas Américas

Na lista dos 15 clubes mais valiosos das Américas, o Brasil emplacou cinco grandes nomes.

A avaliação é da Revista Fordes, edição de julho, que soma valor do grupo de jogadores, a força da marca e o custo do estádio.

Os eleitos:

1°) Corínthians: R$ 1.7 bilhões
2°) Palmeiras:    R$ 1.6 bilhões
5°) Grêmio:       R$ 1,1 bilhões
11°) Inter:        R$ 753 milhões
14°) Flamengo: R$ 657 milhões

Juntos, os cinco clubes representam 82 milhões de torcedores brasileiros.

Notícia de Dilson Pinheiros Machado

Crise na Susepe

Sistema prisional do RS está 43% acima da capacidade

Com 39.764 detentos, Estado tem déficit de pelo menos 11,9 mil vagas nas casas prisionais

Há um ano e meio, a descoberta do túnel que partia debaixo de uma casa na Rua Jorge Luiz Medeiros Domingues em direção ao Presídio Central, em Porto Alegre, frustrou fuga em massa. Restavam cerca de 60 metros de escavação para chegar até a cadeia com a maior superlotação no Rio Grande do Sul. O plano era usar o caminho como rota para fuga de até mil detentos.
O episódio evidenciou os perigos de um sistema que convive com o colapso. Somente nos últimos quatro anos, quase 15 mil pessoas foram encarceradas no Estado. Em uma equação complexa, o RS está prestes a alcançar 40 mil presos (39.764), maior população carcerária até hoje, e acumula déficit de 11,9 mil vagas, que representa 43% acima da capacidade. Os dados são da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe)
Com mais de duas décadas de atuação na aplicação de penas, o juiz Sidinei José Brzuska, da Vara de Execuções Criminais (VEC) da Capital, entende que a falta de espaço é ainda maior. O magistrado defende que a conta deveria somar outros indicadores, como números de condenados e foragidos. Somente neste ano, 15 mil pessoas receberam condenações no Estado. Há ainda, pelo menos, 12,9 mil mandados em aberto, segundo o Conselho Nacional e Justiça. 
Brzuska afirma que o caos acaba por empurrar para outros tipos de prisão pessoas que deveriam estar atrás das grades. No Rio Grande do Sul, 5 mil cumprem pena em casa.
"Esse sujeito só está solto porque não tem lugar. Se não, estaria preso também. Eles precisam ser contabilizados nesse déficit" — analisa.
O juiz considera que o inchaço no sistema prisional está atrelado ao aumento das detenções por parte das polícias nos últimos anos. Para ele, enfrentar o caos passa por outras medidas que envolvem áreas como educação, esporte e saúde. 
Em solo gaúcho, 61% dos presos tem apenas Ensino Fundamental incompleto. Em contrapartida, apenas 0,4% tem Ensino Superior completo. Para o magistrado, esse fator expõe a necessidade de criar estratégia ampla de combate à criminalidade. 
"É uma violência que se pratica contra a polícia quando se trata como exclusivamente dela uma solução que não pode dar. A polícia responde prendendo mais gente, que é o que pode fazer. Vai ter esses números cada vez mais altos de detidos, mas as pessoas não se sentem mais seguras por isso. Pode fazer vaga de cadeia à vontade que não vai adiantar nada. É preciso tratar como algo transversal" — critica Brzuska.  
Subprocurador-geral de Justiça, Marcelo Dornelles, entende que a gravidade dos crimes praticados justifica o aumento nos números de detenções. 
"O principal problema de segurança do Estado e do Brasil é o sistema prisional. É uma contradição inchar o sistema? Não, não tem muito o que fazer. Deixar os caras livres não pode. A gente tem trabalhado nos dois flancos, nas prisões e no auxílio para criação de vagas" — afirma o representante do Ministério Público
O investimento em casas prisionais com sistema diferenciado, como no Complexo Penitenciário de Canoas, construído para abrigar somente detentos sem vínculo com facção, é visto pelo subprocurador como forma de tentar evitar que novos encarcerados sejam arregimentados pelo crime organizado:
É uma alternativa ao preso que não quer entrar em facção. É preciso tratar o novo de forma diferenciada, isso é fundamental, senão a gente só vai enxugar gelo.