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terça-feira, 25 de setembro de 2018

Agente penitenciário é preso suspeito de facilitar entrada de drogas no presídio de Osório

Este é o segundo caso em que agentes públicos são investigados na penitenciária de Osório em dois anos

A Polícia Civil prendeu na manhã desta terça-feira (11) um agente penitenciário de 38 anos suspeito de facilitar a entrada de objetos e drogas na Penitenciária Modulada Estadual de Osório, no Litoral Norte. A operação é resultado de uma investigação de mais de três meses.
"As informações partiram da direção e dos próprios apenados que denunciaram o agente. Foram três meses de investigações que resultaram na segunda prisão de agentes penitenciários em dois anos na penitenciária de Osório" — destaca o delegado João Henrique Gomes. 
As investigações apuraram ainda que o servidor cobraria valores de apenados para facilitar a entrada de bebidas alcoólicas, drogas e celulares para presos do regime semiaberto. Na residência do suspeito foram apreendidos diversos documentos, carregador de pistola, munições e objetos pertinentes aos crimes investigados.
Ainda conforme o delegado, as investigações prosseguem para apurar a participação de mais agentes da penitenciária de Osório. A ação, que tem como objetivo combater os crimes de corrupção passiva e tráfico de drogas, recebeu o nome de Operação Ponto Cego. 
O agente preso está na delegacia de Osório, onde aguarda definição da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) para onde será levado. Ele deve responder a um processo disciplinar e ter suspenso o vínculo funcional com o Estado.

Por meio de nota, a Susepe afirmou que a atitude do agente penitenciário é "inaceitável" e "posturas como essas são exceções". Leia a nota na íntegra:

"A Susepe acompanhou hoje (11) a Polícia Civil na prisão de um agente penitenciário que trabalha na Penitenciária Estadual Modulada de Osório (PMO). Já há algum tempo a Direção do Estabelecimento Prisional desconfiava que o servidor tivesse alguma ligação com o crime, tendo, por isso, a Superintendência designado um corregedor penitenciário para acompanhar especificamente o agente. A suspeita se confirmou durante uma Revista Geral na PMO. Esta ação foi provocada pela Susepe, que solicitou ao Ministério Público e à Policia Civil as averiguações das suspeitas, o que resultou na prisão do servidor, o qual, em seguida, foi conduzido à Cadeia Pública de Porto Alegre. Enquanto isso, todas as medidas de averiguação e sindicância terão continuidade. A Susepe reitera que é inaceitável esse tipo de atitude de um servidor, sendo implacável na reprovação e na repressão a esse tipo de conduta, na certeza de que posturas como essas são exceções que só confirmam a regra geral de lisura e comprometimento de todo o nosso quadro funcional."

As pesquisas nas eleições para governador do RS

Pesquisa Ibope para governador do Rio Grande do Sul

O que têm projetos para a economia, segurança, saúde e educação é Jairo Jorge (PDT). Mas, os leitores em sua maioria votarão para Sartori e Eduardo Leite. O primeiro é contra os servidores públicos (os Executivos) sem aumento nos quatro anos e também atrasando os salários. O segundo é igual, quando foi prefeito de Pelotas, mas as mulheres acham bonito e ele ganha contra o Sartori. Mas ele não têm projetos definidos.
Os gaúchos não sabem quem escolher para votar para governador do RS, por isso a situação está péssima.

Pesquisas para presidente do Brasil

Pesquisa Datafolha para presidente. Quem vota o Bolsonaro é uma badeja para o PT

Os péssimos votam em Bolsonaro e se ele foi no 2° turno ganha o Haddad do PT. Quem votam o Bolsonaro ganha os ladrões do Lula (preso) e vários o PT, com chefe de "facção" e bandidos do Lula e Dirceu (preso) para presidente quadrilhas  do Brasil. Se fosse votar o Ciro, que só ganha no 2° turno do Haddad. O Bolsonaro perde para os ladrões do PT. O capitão do Exército não sabe falar, quando falar é bobagem, foi apoiado a ditadura, censura, torturas, machista, homofóbico, seria um retrocesso se seja o presidente do Brasil. Uma "facção" bandidos e o retrocesso que apoia a tortura. Seria um voto útil. Votar para Ciro que ele vai ganhar do Haddad. Tirão os bandidos e retrocesso para o Brasil. 



Rejeição

O Instituto também perguntou: "Em quais desses candidatos... você não votaria de jeito nenhum no primeiro turno da eleição para presidente deste ano?"
Neste levantamento, portanto, os entrevistados podem citar mais de um candidato. Por isso, os resultados somam mais de 100%.
Confira os números:

 Simulações de segundo turno 



quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Brasil não é sério

Maior parte da verba arrecadada por candidatos a deputado pelo RS vai para quem disputa reeleição

Dos R$ 50,3 milhões obtidos pelos postulantes à Câmara, 61,1% está concentrada em campanhas de 28 parlamentares que buscam manter a cadeira

O dinheiro da campanha eleitoral em 2018 está mais enxuto e concentrado em nomes que já estão no poder. Dos R$ 55,5 milhões arrecadados por todos os candidatos a deputado federal no Rio Grande do Sul, 90,6% (R$ 50,3 milhões) vêm de financiamento público, abastecido pelo fundo eleitoral e pelo fundo partidário. Mais da metade dessa cifra foi distribuída a concorrentes que já têm mandato – em média, os políticos que buscam a reeleição arrecadaram quase 15 vezes mais do que os adversários sem mandato, fato que deve dificultar a renovação de parlamentares, avaliam especialistas. Hoje, 422 candidatos disputam as 31 cadeiras na Câmara.
A maior concentração de dinheiro em candidatos já conhecidos e a grande relevância das doações vindas do financiamento público, via diretórios partidários, ocorre na esteira da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2015, de proibir doações de empresas às campanhas políticas, após as denúncias de corrupção levantadas pela Operação Lava-Jato.

Certo a coluna de Juremir Machado da Silva

"Eu acho que... os gaúchos estão enganados. Nós deveríamos comemorar menos a revolução de 20 de setembro de 1835 e mais a revolução de 3 de outubro de 1930. Muita gente sabe o que foi a primeira e poucos sabem o que foi a segunda. A Revolução de 30 foi comandada pelos gaúchos, foi vitoriosa, mudou o Brasil e suas consequências se fazem sentir até hoje. A Guerra dos Farrapos foi regional, de proprietários e fazendeiros, não mudou nada em nossas vidas e não teve maiores consequências para os dias de hoje, a não ser no imaginário das pessoas em certos festejos e folclore. Ela não foi o que se apregoa nos CTGs, na Semana Farroupilha e tudo o mais. Não foi abolicionista, libertadora, nem emancipacionista. Fazendeiros se sentiam prejudicados em alguns aspectos, como impostos altos e com o desprezo do Império pela província. Eles, no início, não eram republicanos, não pensavam em libertar os escravos, não tinham grandes ideais. Tinham, sim, alguns interesses econômicos e não mais. O processo da revolução os arrastou e eles foram precisando tomar outras posições, como proclamar uma república, que inicialmente nem mesmo Neto e Bento Gonçalves queriam. Eles foram se transformando com o passar dos anos, mas essa transformação nunca fez deles heróis emancipadores. Tentar dizer hoje que eles eram progressistas é falso e isso dá para provar, a começar pelo fato de que o movimento foi financiado, em determinado momento, pela venda de escravos no Uruguai, e isso é uma novidade do meu livro e sobre a qual não adianta eles (os tradicionalistas) espernearem e dizerem que não."

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Tribunal de Justiça do RS é o único do país que ainda não implantou sistema de monitoramento de presos

O TJ garantiu que o Banco Nacional de Monitoramento de Prisões vai estar funcionando até dia 28 de setembro

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul é o único do país que ainda não implantou o Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP 2.0). O projeto, que deveria ser implantado até maio, foi anunciado pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça, Carmen Lúcia, em novembro de 2017.
De acordo com o CNJ, a intenção, ao criar um cadastro unificado no país, é conseguir mapear os principais problemas do sistema prisional e possibilitar políticas públicas. Além disso, através do cadastro é possível traçar o perfil dos presos, os crimes praticados por eles e até mesmo o tipo de prisão. 
"O sistema carcerário é o núcleo da segurança pública. O sistema colabora no sentido de permitir políticas penitenciária, criminal e de garantia de execução penal. Também interessa ao preso, o novo sistema permite ajustes e apontamentos que facilitam ao juiz a tomada de decisões" — afirma o conselheiro do CNJ e Supervisor do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário Márcio Schiefler Fontes
Outra inovação do BNMP 2.0 é a prestação de contas para vítimas e famílias das vítimas da violência. A partir de agora, essas pessoas podem se cadastrar no sistema e ter informações sobre a execução penal dos condenados por crimes contra elas. 

Dados

Conforme o último relatório, divulgado em agosto, são mais de 600 mil presos cadastrados no sistema. No RS, no entanto, existem apenas 177 pessoas, que são detentos de outros tribunais estaduais custodiados no RS e também do Tribunal Federal da 4ª Região (TRF4). O TJ de São Paulo, apesar de concluir a implantação do sistema, não incluiu a totalidade dos dados do presos.
Se comparados os dados da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), de 40 mil presos no RS, com os dados de outros estados no BNMP, o Estado tem a quarta maior população carcerária do país, atrás de Minas Gerais (58.664), Rio de Janeiro (77.950) e São Paulo (174.620, sendo que o número pode aumentar).

O que diz o TJ

Procurado, o Tribunal de Justiça do RS afirmou que o trabalho deve ser concluído até o dia 28 de setembro. Veja nota: 
Foi expedido, no dia 27/08/2018, o Ofício-Circular nº 084/2018-CGJ, determinando o cadastramento de pessoas presas, no BNMP 2.0, a diversas unidades da Justiça Estadual Gaúcha. O trabalho deve estender-se até 28/09/2018.
Além disso, está sendo providenciada a plena integração entre o sistema do CNJ e do Tribunal de Justiça, a fim de simplificar e otimizar a rotina de cadastramento de pessoas privadas de liberdade.
 

sábado, 15 de setembro de 2018

Datafolha: pesquisa para presidente mostra Bolsonaro com 26%, Haddad e Ciro com 13%

Ex-prefeito de São Paulo sobe quatro pontos percentuais na pesquisa e divide o segundo lugar com o candidato do PDT

No 2º Turno talvez ficará Bolsonaro e Haddad, o primeiro apoia a censura e a tortura, e o segundo apoia ladrões de vários políticos do PT. Isso é o Brasil.


sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Líderes de facções não devem entrar em nova penitenciária de Porto Alegre

Previsão é de conclusão da unidade, com 416 vagas, até 25 de setembro, ao lado do Presídio Central

A nova penitenciária de Porto Alegre, construída ao lado do Presídio Central, não deve receber líderes de facções criminosas. A intenção é evitar o controle de galerias por esses grupos, segundo explicou o secretário da Segurança Pública, Cezar Schirmer, em visita ao prédio nesta quinta-feira (13).
"Quando o preso for notadamente  identificado que for do comando, sim (ele não vai entrar na penitenciária)" — afirmou Schirmer.
Entretanto, o secretário salientou que há uma "interpretação equivocada" em relação à proibição de entrada de presos ligados a facções no Complexo Prisional de Canoas e na nova casa prisional. Segundo Schirmer, há uma dificuldade de identificar se o apenado é ligado a uma facção ou não.
"É uma decisão pessoal do preso. Muitas vezes, quando vem ao Presídio Central, que é separado por galerias, ele se declara dentro daquela facção para ficar junto com seus iguais. Agora aqui não: o domínio absoluto  da distribuição dos presos nas celas e nas galerias é do poder público. Aqui não é o preso que vai escolher onde ele quer ficar, aqui é nós que vamos determinar o perfil do preso e onde ele vai."
Conforme Schirmer, a penitenciária está pronta, porém, a empresa responsável pela obra  precisa fazer alguns ajustes necessários, o que deve ser concluído até 25 de setembro.
"Os fiscais e engenheiros identificaram algumas coisas sem muitas significância que estão sendo corrigidas."
 Também ainda resta a instalação de equipamentos na casa prisional, por exemplo, no maquinário para a cozinha.
Com a nova unidade, que passará a ser chamada de Penitenciária Estadual de Porto Alegre, serão abertas 416 vagas no sistema prisional gaúcho. Após a inauguração, prevista para este mês, os dois centros de triagem devem se somar à penitenciária. Com isso, serão mais 212 vagas.
A transferência dos presos deve ocorrer a partir de 27 de setembro. Segundo o secretário, parte dos presos devem vir do Presídio Central.
Ao todo, a nova penitenciária tem 5,8 mil metros quadrados de área construída. No local, haverá espaço para os presos trabalhar e estudar. Conforme o titular da Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), Ângelo Carneiro, ainda não estão definidos quantos devem participar dessas atividades.

Mais de 80 agentes vão atuar em penitenciária

Para a abertura do prédio também é necessário a formação dos agentes penitenciários, que vão concluir o curso em 27 de setembro. Ao todo, 200 encerram o preparatório, mas ao menos 80 serão destinados para a nova penitenciária.
Carneiro observou que os agentes não devem ter contato direto com os presos. Todo o controle de portas das celas deve ocorrer no andar superior, onde ficarão os servidores da Susepe. 
Segundo o secretário, já está em andamento a compra de bloqueadores de celulares para a nova unidade.

Construção de presídio foi permutada por terreno e prédio

Para o edifício ser erguido, o governo precisou autorizar a troca do prédio da Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH), localizado na Avenida Praia de Belas,  pela construção do novo presídio pela Cia. Zaffari. 
A medida foi sancionada pelo governador José Ivo Sartori em setembro de 2016, mas antes precisou passar por votação na Assembleia Legislativa. 

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Pesquisa Ibope mostra Bolsonaro com 26%; Ciro fica com 11%; Marina e Alckmin têm 9%

Bolsonaro é um retrocesso se foi eleito como presidente do Brasil

Ainda bem os eleitos 41% do Brasil são inteligentes. Apesar na última pesquisa tem 26% para o Bolsonaro, mas 41% rejeição para a eleição para ele.

O Bolsonaro é burro, era funcionário do Exército, não trabalhava muito e apoia a ditadura, a privatizar dos servidores públicos e é machista e racista.

Esse candidato é direita apoia a censura e o terrorista contra os que não tinha as mesmas opiniões que o exército que eles queriam.

Ele é um político que trará reprocesso para o país.


terça-feira, 11 de setembro de 2018

Foragido, assaltante de bancos Papagaio é preso no Paraná portando fuzis e arma capaz de derrubar avião

Segundo a polícia paranaense, ele estava com outras três pessoas em uma chácara no município de Agudos do Sul

Estaria envolvido em ataques a carros-fortes e explosão de muro de penitenciária

Um dos mais conhecidos assaltantes de bancos e carros-fortes no Rio Grande do Sul, Claudio Adriano Ribeiro, o Papagaio, foi preso mais uma vez na madrugada desta terça-feira (11), no município de Agudos do Sul, no Paraná. Ele estava foragido do sistema prisional gaúcho desde dezembro do ano passado. 
Segundo a polícia paranaense, ele estava com outras três pessoas em uma chácara na cidade. A Polícia Militar recebeu informações de que o grupo tinha uma grande quantidade de armamento. A suspeita é de que eles tivessem tentado roubar dois carros fortes na tarde de segunda-feira (10). 
Foram apreendidos em cima de uma mesa quatro fuzis, sendo um AK-47, um 5.56, um 7.62 e um .50 (arma usada para derrubar avião e ainda rara entre os bandidos gaúchos), todos municiados. Foram encontrados 14 carregadores municiados e mais de 400 munições de diversos calibres.
Em uma outra peça da casa foram localizadas 16 placas balísticas, usadas em coletes à prova de bala, dois rádios comunicadores, sete toucas ninja, luvas, lanternas e miguelitos. Em um saco, havia três pares de placas de carros sem ocorrências de roubo.  
Além disso, material explosivo — emulsão e pavio — foi encontrado dentro de uma mochila. O esquadrão anti-bombas foi acionado para fazer a remoção. 
Na parte de fora da chácara foram encontrados dois carros. Um Fiat Uno em situação normal e um Mitsubishi Pajero com placas clonadas. A caminhonete era blindada com dois orifícios no vidro traseiro para a colocação de armamento calibre.50 e para efetuar disparos durante perseguições. 
Foi verificado que Papagaio possui dois mandados de prisão emitidos pelo Rio Grande do Sul. Os outros presos são dois homens e uma mulher.
O assaltante ficou conhecido por ser o primeiro preso a fugir da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). Ele foi beneficiado com progressão de regime em setembro do ano passado e fugiu em dezembro
Papagaio é apontado como participante de um ataque a carro-forte em Bento Gonçalves, no mês de fevereiro deste ano.  Um mandado de prisão preventiva contra o foragido foi expedido em junho pela Justiça. Os indícios da participação de Papagaio no ataque surgiram a partir de depoimento dos presos no local do crime e também de testemunhas do assalto.

Progressão de regime

Quando Cláudio Adriano Ribeiro, o Papagaio, foi beneficiado com progressão de regime, a Vara de Execuções Criminais afirmou que considerou parecer favorável do Ministério Público. O órgão, por sua vez, citou que desde o dia 9 de setembro do ano passado o assaltante possuía o direito de progredir de regime. Além do bom comportamento, foi considerada uma avaliação psicossocial que não contraindica a progressão da pena. 
Papagaio soma mais de 55 anos de prisão por assaltos a bancos e carros fortes. Dentro da cadeia, foram descontados 922 dias da pena por atividades realizadas dentro da prisão, como a leitura de livros.  Com isso, o total da pena reduziu para 53 anos e 1 mês.  

Histórico do Papagaio

1999 - Fugiu da Pasc
2000 - Preso novamente no regime fechado
2004 - Foi para o semiaberto por decisão judicial
2005 - Retornou para o fechado
2006 - Progrediu para o semiaberto em junho, fugiu em agosto e foi recapturado em novembro
Setembro de 2007 - Voltou para o regime fechado por decisão judicial, mas progrediu novamente para o semiaberto
Outubro de 2007 -  Fugiu do semiaberto e foi recapturado dias depois e retornou para o fechado
2010 - Voltou para o semiaberto e fugiu no mês de abril. Foi recapturado no dia 24 de dezembro e permaneceu preso desde então
2017 - Foi beneficiado com progressão de regime em setembro e fugiu em dezembro.
2018 - Foi preso no dia 11 de setembro no município de Agudos do Sul, no Paraná.

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Pesquisa do Ibope nas eleições para presidente 2018

Ibope indica cenário eleitoral em aberto

Primeira sondagem realizada após o início do horário eleitoral e o indeferimento da candidatura do ex-presidente Lula, a pesquisa do Ibope divulgada ontem à noite indica que o quadro está indefinido a um mês da eleição. A liderança de Jair Bolsonaro, com 22%, não é garantia de que ele estará no segundo turno, embora essa pareça a hipótese mais provável hoje. A grande novidade da pesquisa é o crescimento de Ciro Gomes, que já havia sido detectado na pesquisa do banco BTG Pactual e que deixou o mercado financeiro em polvorosa.
Ciro subiu de 9% em 20 de agosto para 12% agora, empatando com Marina Silva no segundo lugar. Geraldo Alckmin vem em quarto lugar, com 9%, tecnicamente empatado com Marina e Ciro. Fernando Haddad, que ainda não foi oficializado como substituto de Lula na aliança PT-PC do B passou de 4% para 6%, e João Amoêdo teve o maior crescimento proporcional, de 1% para 3%. Amoêdo virou pesadelo para os bolsonaristas, porque é o candidato dos sonhos dos liberais convictos.
Considerando-se a margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, conclui-se que há vários cenários possíveis de segundo turno. A comparação com pesquisas anteriores, de outros institutos, sugere que Bolsonaro pode estar perto do seu teto. Em tese, Ciro, Marina, Alckmin e Haddad têm potencial para chegar à final. O conceito de "voto útil" pode mudar com as próximas pesquisas.
Apesar da liderança, Bolsonaro tem bons motivos para se preocupar com a pesquisa do Ibope. Embalado pela torcida que o recebe nos aeroportos do país e pela atuação de seus seguidores nas redes sociais, o capitão vaticinou, após carreata no Distrito Federal, que o apoio das ruas indica vitória no primeiro turno. Seus seguidores mais fanáticos e adeptos das teorias conspiratórias passaram o dia especulando que o Ibope teria segurado a divulgação da pesquisa, prevista para terça-feira, para não mostrar a suposta vantagem avassaladora no primeiro turno.
A pesquisa mostra o contrário. Primeiro, que mesmo com o avanço da campanha, Bolsonaro está há várias semanas estagnado na faixa de 20% a 22%. Campeão de rejeição, com 44% dos entrevistados dizendo que não votariam nele de jeito nenhum, o candidato do PSL tem problemas nas simulações de segundo turno. Pelo Ibope, se a eleição fosse hoje, ele perderia para Ciro (44% a 33%), Marina (43% a 33%) e Alckmin (41% a 32%. Nem em uma possível final com Haddad, que no primeiro turno só tem 6%, a situação seria confortável: a pesquisa indica empate técnico, com 37% para ele e 36% para o petista.
Bolsonaro tem um problema adicional: a alta rejeição entre as mulheres, que tende a crescer com a exploração, pelos adversários, de declarações e embates pretéritos.
A boa performance de Ciro na pesquisa (rejeitado por apenas 20%) deve ser creditada mais à sua capacidade de comunicação nas entrevistas do que ao desempenho no horário eleitoral, em que seu tempo é insignificante. A pesquisa foi feita após as entrevistas ao Jornal Nacional. Como os programas dos candidatos a presidente são vistos de dois em dois dias, as inserções distribuídas ao longo da programação acabam se tornando mais importantes.
Emperrado nas pesquisas e ameaçado de ficar fora do segundo turno, o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, partiu para o ataque ao adversário com quem disputa o voto do eleitorado conservador. As críticas, que marcam suas inserções no horário eleitoral, em vídeos e na voz de terceiros, foram incorporadas ao discurso do candidato, ontem, em Goiânia.
- Não vou nem perder tempo com Bolsonaro. É o pior candidato, não há ninguém tão despreparado e iríamos para o caos se ele fosse eleito. Farei o possível para que ele não seja eleito.
Em entrevista na capital goiana, Alckmin reforçou as críticas:
- Um despreparado, que, em 28 anos como deputado, não fez absolutamente nada, a não ser defender o corporativismo, que é o grande mal do Brasil. E votando sempre contra o país, com o PT, de maneira corporativa.
A estratégia do PSDB de partir para o ataque ficou clara já no primeiro dia de propaganda, especialmente nas inserções exibidas ao longo do dia.
A campanha do capitão pediu direito de resposta ao vídeo no qual aparece hostilizando a deputada Maria do Rosário e uma jornalista. Além de chamar a deputada de "vagabunda", ele ameaça agredir fisicamente a colega de Câmara. O vídeo termina com a pergunta: "Você gostaria de ter um presidente que trata as mulheres como o Bolsonaro trata?". O ministro Sergio Banhos, do TSE, negou o pedido.

Eu vou no almoço com colegas da Susepe - "SOU60". Vamos lá!!! Dia 29/09/2018

Leonardo Leiria

"SOU60"
INSCRIÇÕES!!!!!!!!
Veja, atentamente por obséquio:

ADESÕES/INSCRIÇÕES:...
De 15-8 até 15-9
1°PASSO.......................................
Onde fazer o depósito bancário referente a festividade, no valor de 35,00 por pessoa:

B a n r i s u l
AG................0036
CC................35.024.7540-8
Em nome de ROSANA COELHO
CPF..............00646.26.80-66
.............................................
2° PASSO

Remeter o comprovante de depósito ao "MEU WHATSAP"......NUMERO 984833994........
........................................
Após estes momentos acima, de posse do comprovante nominado, farei a publicação da lista, periodicamente, agregando o nome dos anuentes, até o de número " 60".

Será uma belíssima festa!
Garanta seu lugar!!!!!
Dia 29 de setembro- sábado.
Almoço.
Galeto.
Bebidas a parte.
Estacionamento pago no interior do clube, opcional.
Local" galpão crioulo do Teresópolis Tênis Clube

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Os governadores do Brasil são irresponsáveis, burros e ignorantes. Olha a tragédia o incêndio no Museu Nacional no RJ

Manchetes

A tragédia do incendiar o Museu Nacional

A ciência perde com a tragédia no Museu Nacional

Ministério da Educação destinará R$ 10 milhões para reformas emergenciais do Museu Nacional

Incêndio no Rio de Janeiro acende alerta sobre riscos em museus do Rio Grande do Sul

terça-feira, 28 de agosto de 2018

Penas para os políticos condenados por corrupção

Quero que todos os políticos no Brasil, quando condenados por corrupção, tenham como penas, a perda do poder, nunca voltem a ter cargo político e sintam no bolso, tendo que devolver ao poder público todo dinheiro adquirido com corrupção. Também cumpram pena em penitenciária como qualquer ladrão.

São péssimos os políticos candidatos nessa eleição para presidente do Brasil

Os dois líderes nas pesquisas do IBOPE, um deles, o Lula, está em primeiro, está preso e faz parte de uma “facção” do PT, condenado por corrupção e ditadura de esquerda.

O Bolsonaro é burro, era funcionário do Exército e apoia a ditadura de direita, a privatizar dos servidores públicos e é machista e racista. Ele é um político que trará reprocesso para o país.

Se olharmos nessa eleição para o presidente os candidatos são muito fracos. Dos atuais, eu vou votar no Ciro – apesar de estar sozinho na campanha política, tem os melhores projetos, pois não é de esquerda ou da direita, não têm denúncia de corrupção e ele tem as ações para a educação, segurança e saúde do Brasil. Acho que ele após ganhar as eleições irá manter as promessas da campanha e realizar os projetos que está apresentando.

Os outros candidatos são políticos contra o povo, mas muito bom para os empresários, que continuarão sem pagaram os impostos públicos.
 
Assim, está difícil votar este ano, teremos que escolher o menos pior!!!

sábado, 25 de agosto de 2018

Eva Cassidy - Time After Time

Eva Marie Cassidy (Washington, DC, EUA, 2 de fevereiro de 1963 — Bowie, Maryland, EUA, 2 de novembro de 1996) foi uma cantora norte-americana. Embora fosse muito tímida, conquistou reputação local como intérprete de vários estilos musicais: jazz, blues, folk, gospel e pop music. Dona de uma voz de grande expressão e controle, interpretava cada canção de maneira única. Em 1996, ao morrer vítima de câncer, Eva Cassidy ainda era praticamente desconhecida fora de Washington, DC e Maryland. Mas a morte não encerrou sua trajetória musical. Em resenha sobre o lançamento de seu álbum American Tune, de 2003, o jornal inglês Daily Telegraph[1] se referiu a ela como protagonista da "mais memorável carreira póstuma na história da música pop".

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Celulares nos presídios aos presos

Marcos Rolim (*)
A ampla maioria dos agentes penitenciários jamais vendeu nem venderá celulares em presídios. Pelo contrário, esse contingente está diariamente comprometido com tarefas penosas, sem apoio algum do Estado, em regimes de trabalho sem qualquer racionalidade, segurando cadeias superlotadas com efetivos muito abaixo do que seria o mínimo necessário, em espaços produtores de sofrimento não apenas para os internos.
Por Sul21
 Em abril desse ano, tratei aqui dos telefones em presídios no texto “Telefones, prisões e começos” (leia em: https://goo.gl/nPh9Sa). Esta semana, matéria de Zero Hora abordou o mesmo assunto, revelando que, em dez anos, foram apreendidos 72 mil celulares em presídios gaúchos. O jornalista ouviu algumas pessoas, eu entre elas. Na entrevista ao telefone, chamei a atenção para a necessidade de uma nova política que reduza drasticamente o lucrativo mercado clandestino de venda de celulares, sustentando um caminho similar ao que foi construído nos EUA e em vários outros países, onde todas as prisões oferecem a possibilidade dos presos realizarem chamadas por telefones fixos (tipo orelhões), pagando por isso e sabendo que todas as conversas são gravadas. Afirmei, então, que:
As apreensões se repetem e renovam o mercado. Basta um agente corrupto. Há clientela e tem quem forneça. Esse material não entra por visita, mas por nítida prática de corrupção. Hoje, 90% dos aparelhos vêm de servidores que vendem para presos.
Por conta disso, vários servidores da SUSEPE se sentiram ofendidos, como se eu tivesse dito que 90% da categoria é corrupta (!) Outros, claro, percebendo a oportunidade de instrumentalizar politicamente o tema, reproduziram a distorção como se “90% dos celulares serem vendidos por agentes” fosse o mesmo que “90% de agentes vendendo celulares”. Um olhar atento sobre a matéria sequer autorizaria essa interpretação, mas, enfim, os que a reproduziram vivem no mundo da pós-verdade.
Para aqueles que não conhecem minhas posições, assinalo que a ampla maioria dos agentes penitenciários jamais vendeu nem venderá celulares em presídios. Pelo contrário, esse contingente está diariamente comprometido com tarefas penosas, sem apoio algum do Estado, em regimes de trabalho sem qualquer racionalidade, segurando cadeias superlotadas com efetivos muito abaixo do que seria o mínimo necessário, em espaços produtores de sofrimento não apenas para os internos. São servidores muitas vezes ameaçados, expostos a risco dentro e fora dos estabelecimentos, a quem não se oferece formação continuada, nem os recursos tecnológicos elementares para que promovam segurança e se protejam.
E esse percentual de 90% de celulares nos presídios serem resultado da corrupção, de onde saiu? Qual minha fonte para tal afirmação? Chegaremos lá, acompanhem o argumento. Todos os que visitam um presídio ou que trabalham nele deveriam, obrigatoriamente, se submeter a procedimentos de segurança de tal modo que se evite a entrada de objetos como armas, drogas, celulares e carregadores. Nos países mais civilizados, onde o Poder Público oferece segurança com base na lei e no respeito às pessoas, os presídios contam com scanners pessoais e aparelhos de raio X similares aos que existem em aeroportos, entre outros recursos, e todos se submetem a eles, incluindo servidores, fornecedores, advogados, magistrados e autoridades políticas. No Brasil, muitos estabelecimentos penais não contam sequer com detectores de metal e, quando esses aparelhos existem e funcionam, seu emprego não é universal. Em compensação, sempre tivemos a “Revista Íntima” procedimento ilegal e inconstitucional (por violação ao direito à intimidade disposto no art. 5º, X, da CF) que exige das visitas que se desnudem, que se agachem sobre um espelho, que pulem, que arregacem o ânus e a vagina, para que se saiba se esconderam algo em suas cavidades. Crianças não são submetidas ao procedimento, mas se usarem fraldas, essas deverão ser trocadas sob inspeção e, em todas as oportunidades, assistem ao processo a que se submetem suas mães. Estamos tratando de mulheres pobres que irão visitar seus companheiros ou seus filhos e que são submetidas a esse tipo de prática vexatória e humilhante por conta da desídia e da incúria do Estado. No dia que tivermos madames visitando apenados ricos e poderosos, esse tipo de procedimento será considerado indigno por todos, claro.
Em 8 de outubro de 2014, o juiz Sidinei Brzuska prolatou sentença memorável a respeito da “Revista Íntima”, proibindo tal prática no Presídio Central de Porto Alegre e determinando que fossem observadas as normas de revista vigentes em São Paulo, estabelecidas pela Lei 15.552/2014, até que eventual Lei do RS dispusesse de outra forma. Observe-se que o Estado de São Paulo é, reconhecidamente, um dos mais rigorosos do País na área da execução penal e já havia, então, abolido a Revista Íntima. Muito bem, na fundamentação de sua decisão, o magistrado observou:
(….) estatisticamente, a quantidade de bens apreendidos na sala de revista não encontra representatividade dentro do contexto geral do sistema carcerário do Rio Grande do Sul, conforme levantamento feito pela própria SUSEPE:
Basta mencionar que, em 2012, do total de 93.562,81g de maconha e das 10.776 pedras de crack que ingressaram nos estabelecimentos prisionais do Rio Grande do Sul, apenas 8.068,67g e 1.036 pedras, respectivamente, foram apreendidos na sala de revista. Já em 2013, do total de 34.903,05g de maconha e das 4.361 pedras de crack que ingressaram nos estabelecimentos prisionais, apenas 3.166,50g e 384 pedras, respectivamente, foram aprendidos na sala de revista.
Isso significa dizer que apenas 10% da droga aprendida nos estabelecimentos penais, foi apanhada com os visitantes.
No que se refere ao problema dos aparelhos celulares, segundo a planilha de dados indicadores da SUSEPE, Área de Segurança e Execução Penal, em 2012, foram apreendidos 5.755 aparelhos de telefone celular por “outros meios”, 2.394 com presos e 268 com visitantes. No ano de 2013, até o mês de agosto, foram apreendidos 4.207 aparelhos de telefone celular por “outros meios”, 1.552 com presos e 371 com visitantes, ou seja, de um total de 13.908 aparelhos celulares, somente 649 foram encontrados com visitas.
Não se pode, portanto, atribuir aos visitantes dos presos a responsabilidade pelo problema que envolve os telefones celulares. Afinal, somente 4,6% dos aparelhos apreendidos no Estado do Rio Grande do Sul, nos anos acima mencionados, foram pegos com as visitas.
Mais adiante, o Juiz de Direito mostra, ainda, que, no Presídio Central, o percentual de apreensões de celulares com as visitas, nos anos de 2012, 2013 e 2014, representou 02% do total de celulares apreendidos.
Muito bem, a evidência que amparou minha estimativa foi, assim, produzida pela própria SUSEPE e referida em fundamentação de importante sentença judicial que eu pensava ser amplamente conhecida.
Na verdade, no período considerado pelo magistrado, 95,4% dos telefones celulares não entraram nos presídios pelas visitas, o que mostra que minha estimativa foi conservadora (considerei, de fato, a necessidade de uma margem para situações diversas não ligadas à corrupção). Se tomarmos essa proporção como a média da última década, estamos falando de cerca de 68.688 celulares apreendidos com presos. Se não entram pelas visitas, então como entram? Bem, há casos registrados e que se repetem especialmente em alguns estabelecimentos de arremessos de celulares por sobre os muros da prisão. Sim, sem dúvida. Ocorre que essas tentativas são quase sempre frustradas pelo trabalho dos agentes e não há como se sustentar que 68 mil celulares tenham chegado às mãos de internos por esse caminho. Seria ficcional, resultado de ingenuidade ou má fé. Celulares não chegam até os presos por caminhos misteriosos, nem por arremessos, nem por drones. Também não foram teletransportados. O processo que os conduziu foi alimentado por uma antiga lei: a da oferta e da procura. Quanto mais rigorosas forem as normas e a vigilância contra a entrada de celulares e quanto maiores e mais frequentes forem as apreensões, maior o valor do aparelho intramuros. Se fosse simples introduzir um celular em um presídio, se as visitas o fizessem com naturalidade, não haveria um próspero mercado ilegal nas instituições.
O mercado existe e é, obviamente, fortalecido pelas apreensões – ainda que essa dinâmica não seja percebida. Um celular comum pode valer muito na cadeia. Há situações já documentadas no Brasil de celulares sendo vendidos por até 15 mil reais, como se soube na Paraíba, em 2016 (leia aqui: https://goo.gl/PuJdSK ). O valor aparentemente recordista de venda de celulares em prisões brasileiras foi alcançado em um dos mais rigorosos presídios, o de Presidente Prudente, em São Paulo, onde estão algumas das lideranças do PCC. Nesse estabelecimento, o Ministério Público descobriu que alguns agentes cobravam 25 mil reais por aparelho (leia aqui: https://goo.gl/Kze4fD). Em todo o Brasil, casos de prisão de servidores (agentes ou não) envolvidos com a venda de celulares e drogas têm se multiplicado, o que está correlacionado ao aumento da lucratividade derivada das dificuldades impostas. O mercado é uma instituição fortíssima. Nisso, os liberais têm toda a razão.
(*) Doutor e mestre em Sociologia e jornalista. Presidente do Instituto Cidade Segura. Autor, entre outros, de “A Formação de Jovens Violentos: estudo sobre a etiologia da violência extrema” (Appris, 2016)

Controle de presídios por facções é resultado da ausência do Estado, admite Jungmann

Lotação carcerária e facções que comandam o crime organizado de dentro das cadeias são alguns dos problemas do sistema prisional brasileiro e que precisam ser combatidos. Para isso, existem, pelo menos, quatro medidas para tentar solucionar esta crise.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou que “a ausência do Estado leva a esse tipo de problema” com facções “recrutando” novos apenados, por exemplo.
Segundo ele, o sistema prisional deveria atuar como um “subsistema” de Justiça e servir para ressocialização, mas, em nível federal, “é o home office” do crime organizado.
 “A primeira coisa [a fazer] é o Estado recuperar o controle. Como o Estado não consegue garantir a vida do preso, quem vai garantir são as facções. Quem foi para lá por furto, por exemplo, tem que fazer juramento a facções, e isso vale dentro e fora do presídio. Então a ausência do Estado é que leva a esse tipo de problema”, disse.
Essa é minha nêmesis, o que me tira o sono”, completou o ministro.
Você tem dois sistemas penitenciários, um é federal. Neste não tem celular, não tem nenhum tipo de problema, mas nas 1,3 mil unidades prisionais dos Estados a situação não é a mesma. Temos situação muitíssimo grave. Brasil tem 70 facções de base prisional, elas surgem, crescem e controlam o sistema prisional”, explicou.
Para controlar a situação, Jungmann apresentou quatro pontos, entre eles está a criação do Sistema Único de Segurança, que permite que integre as operações no plano federal e estadual.
É preciso que se entenda que o Governo federal não tem poderes para interferir no sistema prisional dos Estados. O sistema vai nos possibilitar trabalhar em conjunto com Estados”, completou.
O segundo ponto é o projeto de lei que está no Congresso, de autoria de Alexandre de Moraes, que institui o parlatório dentro do sistema prisional. 
Brasil tem a jabuticaba que é a visita íntima e social. Extinguir isso e colocar um parlatório gravando tudo”, explicou.
O terceiro ponto para solucionar a crise seria colocar, pelo período de um ano, os chefes de facções criminosas em presídios de segurança máxima.
Ampliar as atividades laborais dentro e fora dos presídios é o último ponto apresentado pelo ministro.
Se presidiário chega lá dentro, não tem segurança e precisa de facção, se ele não gera renda e não tem trabalho, mais ainda fica na mão de facções. Acabamos de criar, por decreto, a política de trabalho para presos e egressos”.

Deputado pede que governador se desculpe por vídeo em convenção

Imagem do Presídio Feminino de Lajeado foi utilizada no lançamento da candidatura de José Ivo Sartori

O vídeo produzido pela pré-campanha do MDB e apresentado na convenção do partido, realizada no domingo em Porto Alegre, reverberou na Assembleia Legislativa. Na tarde de ontem, o deputado estadual Enio Bacci (PDT) cobrou que o governador do Estado peça desculpas para a comunidade de Lajeado. Trecho do vídeo dá a entender que a construção do Presídio Feminino é uma obra do Executivo estadual. 
"No sistema prisional, Sartori concluiu o moderno complexo de Canoas, para quase três mil apenados, e iniciou a construção do presídio de Bento Gonçalves. Lajeado ganhou um presídio feminino e reformas revitalizaram as unidades de Santiago e Camaquã", diz a narração.
Bacci destaca que a construção não teve nenhum dinheiro público. 
"A duras penas, com muito trabalho e suor, o presídio foi construído."
Segundo ele, foi preciso que o Judiciário pressionasse o governo para que o Presídio Feminino entrasse em funcionamento. Bacci frisa que os responsáveis pela obra foram o líder comunitário Léo Katz e o juiz Luís Antônio de Abreu Johnson.
Procurada pela equipe de O Informativo do Vale, a assessoria de imprensa do MDB respondeu que o vídeo era para exibição exclusiva na convenção partidária. Em nota, o partido diz que "a construção do Presídio Feminino de Lajeado, com capacidade para 84 vagas, é uma iniciativa louvável da comunidade local, do Poder Judiciário e da prefeitura.
"Na resposta, o MDB frisa que cabe ao Estado a manutenção da casa prisional, o que inclui a cobertura das despesas e a disponibilização de pessoal para sua administração. A legenda ressalta que não consta no vídeo que o governo do Estado construiu o presídio, mas que a cidade ganhou a unidade".
Em notícia publicada no blog do jornalista Felipe Vieira, o diretor do Foro da Comarca de Lajeado, juiz Luís Antônio de Abreu Johnson, disse ter sido pego de surpresa com o vídeo e que a comunidade de Lajeado e do Vale do Taquari construiu e entregou ao Estado o presídio. Ele afirmou que espera que Sartori e o secretário de Segurança, Cezar Schirmer, determinem a retirada da veiculação desta parte do vídeo.

Relembre o caso

O projeto da ala feminina do Presídio Estadual de Lajeado iniciou-se em 2012, com uma promessa de contrapartida do Estado de 60% do valor. Diante da demora do governo em repassar qualquer tipo de recurso ou confirmar o aporte, a obra saiu do papel em março de 2015, quando as lideranças e autoridades regionais decidiram fazer a construção sem intervenção do Estado.
Com verbas da Prefeitura de Lajeado, Judiciário de Lajeado, Estrela e Teutônia, e doações da comunidade, foram investidos cerca de R$ 900 mil na construção do presídio feminino e do novo albergue masculino.
A estrutura foi entregue pela comunidade ao governo do Estado no dia 25 de novembro de 2016 e, na ocasião, a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) prometeu que a ocupação da casa prisional começaria em até duas semanas, já que dependia apenas da oficialização de transferência dos agentes para trabalhar no local. Porém, as primeiras detentas foram recebidas apenas em janeiro de 2017, depois de uma decisão judicial em que era determinada a ocupação do estabelecimento em até 72 horas.