De mariomarcos https://mariomarcos.wordpress.com
quarta-feira, 8 de setembro de 2021
terça-feira, 23 de março de 2021
Presidente do Brasil não sabe nada. VACINA PARA TODOS A PARTIR DE 2021
Bolsonaro sobre sugestão de lockdown nacional: "não sabemos onde isso vai acabar, se vai acabar um dia"
Em uma cerimônia no Ministério da Educação, na tarde desta segunda-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro respondeu ao manifesto assinado por 500 economistas, empresários e integrantes do mercado financeiro (leia íntegra no final da nota abaixo).
Como a proposta mais polêmica era a avaliação de um lockdown nacional, foi nessa que Bolsonaro se fixou:
"Se ficar 30 dias em lockdown e acabar com o coronavírus, eu topo. Mas não vai acabar. Se me convencerem do contrário, faço, mas não me convenceram ainda."
Segundo Bolsonaro, o fato de a Itália estar se encaminhando para a terceira onda sustenta sua tese de ineficiência do lockdown.
"Não sabemos onde isso (a pandemia) vai acabar, se vai acabar um dia. Vamos ficar fechados até quando?"
O que economistas, empresários e grandes agentes do mercado financeiro defendem, baseados em critérios científicos, é uma parada para evitar o agravamento do colapso na saúde no Brasil neste momento, em que se teme inclusive falta de medicação usada para entubar pacientes. E além do lockdown, o manifesto faz um apelo para uma condução serena e racional da crise.
Bolsonaro voltou a usar, como já fizeram parlamentares do PSL em ocasiões anteriores, um trecho de uma entrevista de um enviado especial da Organização Mundial da Saúde (OMS), David Nabarro, que supostamente questiona a eficiência do bloqueio total de atividades.
Conforme checagem do projeto Comprova, o trecho da declaração citado por Bolsonaro, de que lockdown só "deixa os pobres mais pobres" foi tirado de contexto. Nabarro critica o uso do lockdown como método de controle primário, ou seja, principal. A OMS apoia restrição a atividades em momentos críticos de contágio, como o Brasil vive atualmente. Bolsonaro chamou de "estado de sítio" o conjunto de restrições adotados por unidades da federação, como o Distrito Federal.
A "resposta" de Bolsonaro não foi surpresa para muitos dos signatários do manifesto. Antes disso, o ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega, havia afirmado, à GloboNews, que não esperava qualquer mudança de posição do presidente, mas considerava fundamental alertar a sociedade para a "irresponsabilidade" do presidente, que boicotou, segundo ele, três das quatro formas de controle da pandemia: uso de máscara, distanciamento social, vacinação. Só teria sobrado, conforme o ex-ministro, a higiene das mãos.
AS QUADRO MEDIDAS PROPOSTAS
1. Acelerar o ritmo da vacinação. O maior gargalo para aumentar o ritmo da vacinação é a escassez de vacinas disponíveis. Deve-se, portanto, aumentar a oferta de vacinas de forma urgente. A estratégia de depender da capacidade de produção local limitou a disponibilidade de doses ante a alternativa de pré-contratar doses prontas, como fez o Chile e outros países. Perdeu-se um tempo precioso e a assinatura de novos contratos agora não garante oferta de vacinas em prazo curto. É imperativo negociar com todos os laboratórios que dispõem de vacinas já aprovadas por agências de vigilância internacionais relevantes e buscar antecipação de entrega do maior número possível de doses. Tendo em vista a escassez de oferta no mercado internacional, é fundamental usar a política externa – desidratada de ideologia ou alinhamentos automáticos – para apoiar a obtenção de vacinas, seja nos grandes países produtores seja nos países que têm ou terão excedentes em breve. A vacinação é uma corrida contra o surgimento de novas variantes que podem escapar da imunidade de infecções passadas e de vacinas antigas. As novas variantes surgidas no Brasil tornam o controle da pandemia mais desafiador, dada a maior transmissibilidade. Com o descontrole da pandemia é questão de tempo até emergirem novas variantes. O Brasil precisa ampliar suas capacidades de sequenciamento genômico em tempo real, de compartilhar dados com a comunidade internacional e de testar a eficácia das vacinas contra outras variantes com máxima agilidade. Falhas e atrasos nesse processo podem colocar em risco toda a população brasileira, e também de outros países.
2. Incentivar o uso de máscaras tanto com distribuição gratuita quanto com orientação educativa. Economistas estimaram que se os Estados Unidos tivessem adotado regras de uso de máscaras no início da pandemia poderiam ter reduzido de forma expressiva o número de óbitos. Mesmo se um usuário de máscara for infectado pelo vírus, a máscara pode reduzir a gravidade dos sintomas, pois reduz a carga viral inicial que o usuário é exposto.22 Países da União Europeia e os Estados Unidos passaram a recomendar o uso de máscaras mais eficientes – máscaras cirúrgicas e padrão PFF2/N95 – como resposta às novas variantes. O Brasil poderia fazer o mesmo, distribuindo máscaras melhores à população de baixa renda, explicando a importância do seu uso na prevenção da transmissão da Covid. Máscaras com filtragem adequada têm preços a partir de R$ 3 a unidade. A distribuição gratuita direcionada para pessoas sem condições de comprá-las, acompanhada de instrução correta de reuso, teria um baixo custo frente aos benefícios de contenção da Covid-1923. Considerando o público do auxílio emergencial, de 68 milhões de pessoas, por exemplo, e cinco reusos da máscara, tal como recomenda o Center for Disease Control do EUA, chegaríamos a um custo mensal de R$ 1 bilhão. Isto é, 2% do gasto estimado mensal com o auxílio emergencial. Embora leis de uso de máscara ajudem, informar corretamente a população e as lideranças darem o exemplo também é importante, e tem impacto na trajetória da epidemia. Inversamente, estudos mostram que mensagens contrárias às medidas de prevenção afetam a sua adoção pela população, levando ao aumento do contágio.
3. Implementar medidas de distanciamento social no âmbito local com coordenação nacional. O termo “distanciamento social” abriga uma série de medidas distintas, que incluem a proibição de aglomeração em locais públicos, o estímulo ao trabalho a distância, o fechamento de estabelecimentos comerciais, esportivos, entre outros, e – no limite – escolas e creches. Cada uma dessas medidas tem impactos sociais e setoriais distintos. A melhor combinação é aquela que maximize os benefícios em termos de redução da transmissão do vírus e minimize seus efeitos econômicos, e depende das características da geografia e da economia de cada região ou cidade. Isso sugere que as decisões quanto a essas medidas devem ser de responsabilidade das autoridades locais.
4. Criar mecanismo de coordenação do combate à pandemia em âmbito nacional – preferencialmente pelo Ministério da Saúde e, na sua ausência, por consórcio de governadores – orientada por uma comissão de cientistas e especialistas, se tornou urgente. Diretrizes nacionais são ainda mais necessárias com a escassez de vacinas e logo a necessidade de definição de grupos prioritários; com as tentativas e erros no distanciamento social; a limitada compreensão por muitos dos pilares da prevenção, particularmente da importância do uso de máscara, e outras medidas no âmbito do relacionamento social. Na ausência de coordenação federal, é essencial a concertação entre os entes subnacionais, consórcio para a compra de vacinas e para a adoção de medidas de supressão.
segunda-feira, 8 de março de 2021
Senado aprova a PEC DA CHANTAGEM que retira direitos dos servidores públicos
sexta-feira, 5 de março de 2021
Além o presidente é burro, agora também é louco: "Chega de frescura e mimimi. Vão ficar chorando até quando?", diz Bolsonaro após recorde de mortes por covid-19
Na quarta-feira, Brasil registrou 1.910 óbitos por coronavírus em 24 horas
Na
semana com os piores números da pandemia da covid-19 no Brasil, o presidente da
República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta
quinta-feira (4) que é preciso "enfrentar o problema de peito aberto"
e parar de "frescura". Bolsonaro voltou a apelar para que
governadores e prefeitos não adotem medidas restritivas para conter a crise
sanitária.
O chefe do Executivo
também disse que gostaria de ter o poder para definir a política de
enfrentamento ao vírus. Contrário a medidas de fechamento, Bolsonaro voltou a
elogiar o "homem do campo" por ter continuado a produzir durante a
pandemia da covid-19.
"Vocês (produtores rurais) não ficaram em casa, não se acovardaram, nós temos que enfrentar os nossos problemas, chega de frescura e de mimimi. Vão ficar chorando até quando? Temos que enfrentar os problemas" — disse o presidente da República, em evento de inauguração de trecho da ferrovia Norte-Sul, em São Simão (GO).
"Respeitar, obviamente, os idosos, aqueles que têm doenças, comorbidades, mas onde vai parar o Brasil se nós pararmos? A própria bíblia diz, em 365 citações, ela diz: não temas" —declarou.
O Brasil registrou
recordes de mortes por covid-19 nesta semana. Na terça-feira (2), 1.641 óbitos
contabilizados em 24 horas, e, na quarta-feira (3), 1.910.
Repetições sobre STF
O presidente repetiu o
argumento de que foi impedido de decidir sobre políticas de combate ao vírus no
País, apesar da fala não ser verdadeira.
Desde o ano passado,
Bolsonaro alega que o Supremo Tribunal Federal (STF)
tirou dele a possibilidade de agir na pandemia, deixando isso para os Estados e
municípios. A Corte decidiu em abril de 2020, contudo, que a União, Estados,
municípios e o DF têm "competência concorrente" na área da saúde
pública para realizar ações que reduzam o impacto da covid-19.
"Eu apelo aqui, já que foi me castrada a autoridade, para governadores e prefeitos: repensem a política de fechar tudo, o povo quer trabalhar" — afirmou Bolsonaro.
"Vamos combater o vírus, mas não de forma ignorante, burra, suicida. Como eu gostaria de ter o poder, como deveria ser meu, para definir essa política. Para isso que muitos de vocês votaram em mim" — disse.
Na quarta-feira, após um
ano de pandemia, Bolsonaro afirmou em
entrevista à imprensa que tinha um plano próprio e
pronto para o enfrentamento da doença, mas se recusou a dar detalhes. Ele
argumentou que para colocar o plano em prática precisaria de autoridade e que
para tal aguardava uma autorização do STF.
Nesta quinta, Bolsonaro
afirmou que foi eleito para "comandar o Brasil" e disse esperar
"que esse poder seja restabelecido".
"Até quando vamos ficar dentro de casa? Até quando vai se fechar tudo? Ninguém aguenta mais isso. Lamentamos as mortes, repito, mas tem que ter uma solução" — indagou em sua fala no evento desta quinta.
"Se nós destruirmos a nossa economia, pode esquecer um montão de coisa. Vamos ser algo como países colônias no passado, e não queremos isso. Vamos de peito aberto enfrentar o problema" — declarou.
Vacinas
Sobre a compra de vacinas,
Bolsonaro disse que o governo é responsável e está "fazendo o que é
certo". Ele citou a chegada de 20 milhões de imunizantes neste mês e
outras 40 milhões de doses em abril.
"Nunca nos afastamos de buscar vacinas, mas eu sempre disse uma coisa, elas tem que passar pela Anvisa" (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) — comentou.
Inauguração
O presidente participou
nesta quinta-feira do evento de inauguração de trecho de 172 quilômetros da
ferrovia Norte-Sul entre os municípios de São Simão (GO) e Estrela DOeste (SP).
Na cerimônia, o governo também entregou um ponto do programa Wi-Fi na Praça,
iniciativa do Ministério das Comunicações. Acompanharam a inauguração os
ministros Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), Fábio Faria (Comunicações),
Onyx Lorenzoni (Secretaria-Geral) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança
Institucional).
domingo, 28 de fevereiro de 2021
251 mil mortes por covid-19: Relembre as falas (fezes e genocídio) de Bolsonaro sobre a pandemia
Prestes a completar um ano do primeiro caso de covid-19 confirmado no Brasil, doença causada pelo novo coronavírus, o Brasil ultrapassou nesta 5ª feira (25.fev.2021) a marca de 251 mil mortes pela doença, segundo o Ministério da Saúde. Assista o vídeo abaixo.
O Poder360 coletou em retrospectiva as frases controversas de
Jair Bolsonaro ao longo do primeiro ano da pandemia de covid 19. O presidente
falou sobre a pandemia estar “superdimensionada”, ser uma “gripezinha” e não ser “coveiro”. Confira no vídeo abaixo ou leia as transcrições
na sequência:
“Está superdimensionado o poder
destruidor desse vírus. Talvez esteja sendo potencializado até por questões
econômicas”, disse o presidente durante viagem aos Estados Unidos.
20 de março – “Gripezinha” – 904 casos
acumulados e 11 mortes
Ele disse que não seria uma “gripezinha”
que o derrubaria depois de ter sido esfaqueado em 2018. Também usou o termo em
1 pronunciamento no
mesmo dia.
26 de março – “Brasileiro pula em
esgoto e não acontece nada” – 2.915 casos acumulados e 77 mortes
O presidente Jair Bolsonaro afirmou, ao
chegar à residência oficial do Palácio da Alvorada, que o brasileiro precisa
ser “estudado” porque é capaz de pular “no esgoto” sem que nada aconteça com
ele.
20 de abril: “Eu não sou coveiro” –
40.616 casos acumulados e 2.584 mortes
O presidente Jair Bolsonaro se negou a
responder pergunta de jornalista sobre quantidade mortos por covid-19 no
Brasil: “Eu não sou coveiro”, afirmou.
28 de abril: “E daí, quer que eu faça o
que? – 72.149 casos acumulados e 5.050 mortes
Bolsonaro sobre o recorde de mortes por
covid da época: 5.017 o número total de óbitos provocadas pela doença naquele
mês.
19 de maio – “Cloroquina” e “Tubaína” –
271.628 casos acumulados e 17.971 mortes
O presidente da República concedeu
entrevista ao jornalista e blogueiro Magno Martins. Fez 1 trocadilho ao
aconselhar que pessoas identificadas com a direita usem a cloroquina, enquanto
os de esquerda devem “tomar tubaína“.
2 de junho – “A gente lamenta todos os
mortos, mas é o destino de todo mundo” – 555.383 casos acumulados e 31.199
mortes
Bolsonaro disse a frase após uma
apoiadora pedir uma palavra de conforto para as famílias em luto.
7 de julho: “É como uma chuva, vai
atingir você” – 1.668.589 casos acumulados e 66.741 mortes
Bolsonaro disse, durante entrevista que
revelou ter testado positivo para covid-19, que uma grande parte da população
será atingida pelo coronavírus. Ele afirmou que o vírus é como “uma chuva”.
10 de novembro – “País de maricas” –
5.700.044 casos acumulados e 162.829 mortes
O presidente Jair Bolsonaro disse que o
Brasil tem que deixar de ser 1 país de “maricas” – termo pejorativo para se
referir a homossexuais.
17 de dezembro – “Se tomar vacina e
virar jacaré não tenho nada a ver com isso” – 7.110.434 casos acumulados e
184.827 mortes
Na ocasião, o presidente voltou a afirmar que é contrário à
vacinação obrigatória contra covid-19 e se referiu à vacina da Pfizer. Disse
que o contrato da farmacêutica é claro na parte em que a empresa não se
responsabiliza por possíveis efeitos colaterais causados pelo imunizante.
5 de janeiro – “O Brasil está quebrado.
Eu não consigo fazer nada” – 7.810.400 casos acumulados e 230.034 mortes
No 1º dia de trabalho do presidente em
Brasília depois do recesso de 8 dias na Baixada Santista, litoral de São Paulo,
Bolsonaro afirmou que o Brasil está “quebrado” e que “não
consegue fazer nada”. Também afirmou que o vírus foi
“potencializado pela mídia que nós temos, pela mídia sem caráter que nós temos”,
afirmou a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada.
22 de janeiro – “Não
está comprovada cientificamente” diz Bolsonaro sobre Coronavac – 8.753.920
casos acumulados e 215.243 mortes
segunda-feira, 18 de janeiro de 2021
Cidades de todas as regiões voltam a registrar panelaços contra Bolsonaro
Manifestantes
cobram impeachment
Autoridades e
famosos convocaram
Protestos em todas
as regiões do Brasil
Cidades em
todas as regiões do Brasil voltaram a registrar panelaços contra o
presidente Jair Bolsonaro na noite desta 6ª feira (15.jan.2021).
O protesto
foi convocado por famosos e políticos de
oposição nas redes sociais para às 20h30. O movimento pressiona pela abertura
de um processo de impeachment e por agilidade na aquisição de vacinas contra a
covid-19.
A pauta tomou força depois de hospitais em Manaus, no Amazonas, entrarem em colapso, sem oxigênio suficiente para atender todos os pacientes.
Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Salvador, Porto Alegre, Curitiba, Rio Branco, Maceió, Vitória, Goiânia, São Luís, Belo Horizonte, Belém, Curitiba, Recife, Teresina, Natal, Florianópolis, Palmas e Aracaju registraram os protestos.
Essa já é pelo menos a 9ª vez que manifestações do tipo foram
registradas contra Bolsonaro. A 1ª aconteceu em 17 de março de 2020. No dia seguinte,
apoiadores do presidente também promoveram 1 panelaço a favor do governo.
A última manifestação foi registrada em 7 de setembro de 2020, quando o presidente fez um pronunciamento em rede nacional de rádio e TV.
quinta-feira, 22 de outubro de 2020
Irracional e genocídio esse presidente do Brasil: "Não será comprada", diz Bolsonaro sobre vacina chinesa
Declaração ocorre um
dia após o Ministério da Saúde anunciar a intenção de adquirir 46 milhões de
doses do imunizante que está sendo desenvolvido pela Sinovac, em parceria com o
Butantan
O presidente Jair Bolsonaro afirmou,
nesta quarta-feira (21), que a vacina contra a covid-19 que
está sendo desenvolvida pela chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto
Butantan, "não será comprada" pelo governo federal. A declaração,
feita em rede social, ocorre um dia após o Ministério da Saúde
anunciar a intenção de adquirir 46 milhões de doses do imunizante.
"Presidente,
a China é uma ditadura, não compre essa vacina, por favor. Eu só tenho 17 anos
e quero ter um futuro, mas sem interferência da Ditadura chinesa",
escreveu um usuário do Facebook, ao que o perfil do presidente respondeu:
"NÃO SERÁ COMPRADA", em caixa alta.
Outra
usuária disse para o presidente exonerar o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello,
porque ele estaria sendo cabo eleitoral do governador de São Paulo, João Doria
(PSDB). Bolsonaro então responde que "tudo será esclarecido hoje" e
que "NÃO COMPRAREMOS A VACINA DA CHINA".
Segundo o portal Poder 360, o presidente também enviou uma
mensagem a ministros em que afirma:
"Alerto
que não compraremos vacina da China. Bem como meu governo não mantém diálogo
com João Doria sobre covid-19".
Por volta
das 10h, o presidente postou, em seu perfil no Facebook, uma mensagem sobre o
que chamou de "a vacina chinesa de João Doria". No texto, Bolsonaro
reafirma a decisão de não adquirir o imunizante da Sinovac.
"Para
o meu governo, qualquer vacina, antes de ser disponibilizada à população,
deverá ser comprovada cientificamente pelo Ministério da Saúde e certificada
pela Anvisa. O povo brasileiro não será cobaia de ninguém. Não se justifica um
bilionário aporte financeiro num medicamento que sequer ultrapassou sua fase de
testagem. Diante do exposto, minha decisão é a de não adquirir a referida
vacina", escreveu.
Anúncio de Pazuello
Na
terça-feira (20), o Ministério da Saúde
assinou um protocolo de intenções para compra de 46 milhões de doses da
CoronaVac, a vacina chinesa contra a covid-19.
O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em reunião com os
27 governadores.
Assim,
somando as três vacinas que o governo federal pretende adquirir (AstraZeneca, Covax e
Butantan-Sinovac), haveria 186 milhões de doses para
vacinação da população ainda no primeiro semestre de 2021. Segundo Pazuello, as
doses serão distribuídas a todo o Brasil por meio do Programa Nacional de
Imunizações (PNI).
"Temos a expertise de todos os processos que envolvem esta logística, conquistada ao longo de 47 anos de PNI. As vacinas vão chegar aos brasileiros de todos os Estados. Nossa estratégia prioriza a transferência de tecnologia, o que nos permitirá produzir as vacinas no Brasil" — garantiu.
terça-feira, 29 de setembro de 2020
Proposta de usar precatórios para financiar Renda Cidadã é inconstitucional. Bolsonaro é péssimo presidente do Brasil
Em nota, entidade diz que projeto do governo traz "enorme insegurança jurídica" e é "calote da dívida pública judicial"
Proposta do governo federal para substituir Bolsa Família causa turbulência no mercado
Planalto anunciou que pretende financiar o novo
programa, chamado de Renda Cidadã, com verbas do Fundeb e de precatórios, o que
teve impacto nos juros, no dólar e na Bolsa
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) classificou como
"inconstitucional" e "calote da dívida pública jurídica" a proposta do governo
federal de financiar o Renda Cidadã com recursos destinados ao pagamento de
dívidas da União, os chamados precatórios. A medida foi
anunciada na segunda-feira (28) pela equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro para
bancar o programa, que pretende substituir o Bolsa Família.
Em nota
assinada pelo presidente da entidade, Felipe Santa Cruz, a OAB afirma que a
proposta "já nasceria inconstitucional" e traz "enorme insegurança
jurídica", visto que o Supremo Tribunal Federal
(STF) considerou inconstitucional a ampliação de prazo
para entes que estavam inadimplentes.
"O que
se propõe é um calote da dívida pública judicial. Mas a dívida será empurrada
para os futuros gestores públicos, criando uma bomba armada para explodir no
futuro. A sinalização para investidores, essenciais nesse momento em que se
busca a recuperação econômica do país, não poderia ser pior", apontou
Santa Cruz.
A OAB diz ainda que a proposta é "injusta socialmente",
visto que os credores da União são pessoas físicas e jurídicas que
"esperam há anos o encerramento de uma discussão judicial" para fazer
jus ao pagamento dessas dívidas.
"São
trabalhadores, microempresários, famílias, idosos que têm verbas alimentares a
receber e que, agora, caso a proposta do governo se concretize, levarão um
calote que acarretará danos sociais gravíssimos", apontou o presidente da
OAB.
Críticas
A proposta
anunciada por Bolsonaro prevê que o Renda Cidadã seria financiado com recursos
destinados ao pagamento de precatórios e ao Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), o principal mecanismo de
financiamento da educação. A medida, no entanto, não foi bem vista no
Congresso, que apontou uma espécie de calote por parte do governo.
Precatórios
são dívidas da União com pessoas físicas e jurídicas após sentença transitada
em julgado — ou seja, que não cabe mais recursos. Na prática, a proposta do
governo é destinar um valor menor para quitar as dívidas com empresas e cidadãos,
tornando a espera pelo pagamento ainda mais longa.
sexta-feira, 25 de setembro de 2020
Após discurso de Bolsonaro na ONU, entidades ambientais veem danos para o país
Políticos também questionaram veracidade de pontos levantados pelo
presidente
Organizações
ambientais e políticos criticaram ontem o discurso feito pelo presidente Jair
Bolsonaro na abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas
(ONU).
Sem citar
diretamente o presidente, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís
Roberto Barroso disse que o combate ao desmatamento não é escolha política – e
sim dever constitucional assumido pelo País em acordos internacionais.
Mariana Mota, coordenadora de Políticas Públicas do Greenpeace
Brasil, afirmou que Bolsonaro agrava a situação enfrentada pelo Brasil ao
minimizar o drama ambiental, piorando ainda mais a imagem do País no exterior.
“Ao invés de negar a realidade, em meio à destruição recorde dos
biomas brasileiros, o governo deveria cumprir seus deveres constitucionais em
prol da proteção ambiental e apresentar um plano eficiente para enfrentar os
incêndios que consomem o Brasil”, disse.
Bolsonaro disse nesta terça 22 que é "vítima de uma das mais
brutais campanhas de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal”. Dados
mostram que o Pantanal registra o maior índice de queimadas desde 1998, quando
os incêndios passaram a ser medidos, e a Amazônia volta a se aproximar dos
recordes de destruição ocorridos no ano passado.
O argumento é o mesmo que tem sido ecoado pela base militar que ocupa o Palácio do Planalto e que é alardeado pelo Ministério da Agricultura e pelo próprio Meio Ambiente: países incomodados com a competitividade do agronegócio brasileiro querem prejudicar a imagem do Brasil.
Bolsonaro disse que “os focos criminosos são combatidos com rigor e determinação”, mas programas que existiam para combater os incêndios foram eliminados pelo governo.
Gabriela Yamaguchi, diretora de Sociedade Engajada do WWF-Brasil
disse que o discurso de Bolsonaro foi cheio de “acusações infundadas e ilações
sem base científica”, afirmando ainda que postura não é condizente com o papel
de chefe de Estado.
“Como um roteiro de ficção, o discurso uniu palavras-chave das
Nações Unidas com descrições de um Brasil que não existiu em 2020, em completo
negacionismo da realidade do país e desconsiderando a urgência e seriedade dos
desafios globais que o secretário-geral da ONU, Antonio Guterrez, descreveu em
sua fala.”
O uso de dados distorcidos sobre o meio ambiente também foi
lembrado pela diretora executiva da Oxfam Brasil, Katia Maia.
“O governo atual se especializou em disseminar a ‘pós-verdade’
para eximir-se da responsabilidade pelos graves problemas que o país enfrenta.
E isso em nada contribui para que tenhamos as soluções necessárias.”
Políticos questionaram a veracidade de pontos levantados pelo presidente, como o valor do auxílio emergencial. “Alguém sabe me dizer qual o brasileiro que recebeu esse auxílio emergencial de 1.000,00 dólares que Bolsonaro falou na ONU?”, questionou o líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
O deputado federal André Figueiredo (PDT-CE), líder da oposição na Câmara, chamou o presidente de mentiroso. “Bolsonaro foi à Assembleia-Geral da ONU para mentir. Será demolido pela imprensa internacional e brasileira.”
Líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (Progressistas-PR), assistiu ao discurso junto ao presidente e o parabenizou. “Discurso impecável do presidente, esclarecendo posições de governo com ênfase no meio ambiente”, escreveu Barros.
Supremo
Ao encerrar uma audiência pública no STF para tratar da política ambiental brasileira, Barroso afirmou que o Brasil está entre os sete maiores emissores de gases do efeito estufa, mas diferentemente de outras nações em que a emissão está associada ao “progresso, industrialização e consumo”, por aqui as emissões decorrem de “atividades criminosas, que incluem desmatamento, extração ilegal de madeira e grilagem de terras”.
“Esses são fatos objetivos consensuais. Não são opiniões nem manifestações ideológicas, são fatos, como disse, documentados e consensualmente admitidos. Para resolvermos os nossos problemas, nós precisamos fazer diagnósticos corretos e não criar uma realidade imaginária paralela”, afirmou.